sexta-feira, 26 de abril de 2013

SELIC - Como o aumento da taxa básica de juros afeta a nossa vida - Por Rogério Nakata




Quando se houve falar de taxa Selic ou no aumento da taxa básica de juros nos perguntamos: O que é que EU tenho a ver com isso?
Meu caro leitor você e eu temos TUDO a ver com o assunto porque a SELIC além de ser um Sistema Especial de Liquidação e Custódia de títulos públicos é também a nossa taxa básica de juros que subiu na ultima quarta-feira  dia 17/04 para 7,50% e que dita o teto para as aplicações financeiras em renda fixa, mas também é o custo do dinheiro que os bancos tomam para poder emprestar aos tomadores, ou seja, quando a taxa básica sobe os empréstimos ficam mais caros desestimulando o consumo das famílias que até então estavam se lambuzando com o crédito fácil e farto. Com isso há a diminuição da demanda por produtos/serviços e com isso supostamente teremos uma queda na inflação que está acumulada em 6,59% acima do centro da meta que é de 6,5% estipulada pelo Banco Central.
Para que você entenda melhor tudo na Economia tem uma relação, pois quando se aumenta a SELIC as empresas também deixam de tomar crédito, pois ele se torna mais caro e, portanto deixam de investir em produção, na expansão de seu parque fabril e na contratação de mão-de-obra podendo até aumentar o desemprego.
Do lado dos investidores eles preferem aplicar seus recursos em ativos livres de risco como a compra de títulos públicos diminuindo a quantidade de dinheiro em circulação e consequentemente os investimentos na economia real, mas também passam a migrar os investimentos da renda variável para a renda fixa devido à sua maior atratividade desestimulando os investimentos em Bolsa de Valores que vem ultimamente andando de lado.
O que o governo tenta fazer com esse aumento de 0,25% é sinalizar que está de olho no velho dragão chamado Inflação, mas o sentimento de que as coisas estarão mais baratas poderá ocorrer apenas seis meses depois na ponta para o bolso do consumidor até lá, talvez, outras politicas ou iniciativas deverão ser tomadas pela equipe econômica do governo para tentar conter a alta generalizada de preços. Resta saber se será suficiente ou se continuaremos a tampar o sol com a peneira deixando de lado a geração de investimentos necessários na infraestrutura para atender a demanda crescente do país por produtos/serviços além, claro, da diminuição dos gastos públicos que continuam exorbitantemente pesados para a manutenção do país.
Diante de tudo isso você e eu não podemos descuidar de estarmos antenados com as decisões tomadas a cada reunião do Comitê de Política Monetária, pois, as decisões ali tomadas afetam não só a maneira de consumir e de endividar-se da população brasileira, mas também nos rumos do crescimento de um país que um dia pretende passar de emergente para desenvolvido e da manutenção dos empregos daqueles que trabalham e anseiam por prosperidade e estabilidade em suas vidas.

Rogério Nakata 
Planejador Financeiro Certificado pelo IBCF - Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros, Embaixador CFP® para o Vale do Paraíba, Agente Autônomo de Investimentos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Palestrante sobre os temas Educação Financeira e Planejamento Financeiro de grandes organizações.
www.economiacomportamental.com.br



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