Quando se houve falar de taxa
Selic ou no aumento da taxa básica de juros nos perguntamos: O que é que EU tenho a ver com isso?
Meu caro leitor você e eu temos TUDO a ver com o assunto porque a SELIC
além de ser um Sistema Especial de Liquidação e Custódia de títulos públicos é
também a nossa taxa básica de juros que subiu na ultima quarta-feira dia 17/04 para 7,50% e que dita o teto para as
aplicações financeiras em renda fixa, mas também é o custo do dinheiro que os
bancos tomam para poder emprestar aos tomadores, ou seja, quando a taxa básica
sobe os empréstimos ficam mais caros desestimulando o consumo das famílias que
até então estavam se lambuzando com o crédito fácil e farto. Com isso há a
diminuição da demanda por produtos/serviços e com isso supostamente teremos uma
queda na inflação que está acumulada em 6,59% acima do centro da meta que é de
6,5% estipulada pelo Banco Central.
Para que você entenda melhor tudo
na Economia tem uma relação, pois quando se aumenta a SELIC as empresas também
deixam de tomar crédito, pois ele se torna mais caro e, portanto deixam de
investir em produção, na expansão de seu parque fabril e na contratação de
mão-de-obra podendo até aumentar o desemprego.
Do lado dos investidores eles
preferem aplicar seus recursos em ativos livres de risco como a compra de
títulos públicos diminuindo a quantidade de dinheiro em circulação e
consequentemente os investimentos na economia real, mas também passam a migrar
os investimentos da renda variável para a renda fixa devido à sua maior
atratividade desestimulando os investimentos em Bolsa de Valores que vem
ultimamente andando de lado.
O que o governo tenta fazer com
esse aumento de 0,25% é sinalizar que está de olho no velho dragão chamado
Inflação, mas o sentimento de que as coisas estarão mais baratas poderá ocorrer
apenas seis meses depois na ponta para o bolso do consumidor até lá, talvez,
outras politicas ou iniciativas deverão ser tomadas pela equipe econômica do
governo para tentar conter a alta generalizada de preços. Resta saber se será
suficiente ou se continuaremos a tampar o sol com a peneira deixando de lado a
geração de investimentos necessários na infraestrutura para atender a demanda crescente
do país por produtos/serviços além, claro, da diminuição dos gastos públicos
que continuam exorbitantemente pesados para a manutenção do país.
Diante de tudo isso você e eu não
podemos descuidar de estarmos antenados com as decisões tomadas a cada reunião
do Comitê de Política Monetária, pois, as decisões ali tomadas afetam não só a
maneira de consumir e de endividar-se da população brasileira, mas também nos
rumos do crescimento de um país que um dia pretende passar de emergente para desenvolvido
e da manutenção dos empregos daqueles que trabalham e anseiam por prosperidade
e estabilidade em suas vidas.
Rogério Nakata
Planejador Financeiro Certificado pelo IBCF -
Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros, Embaixador CFP®
para o Vale do Paraíba, Agente Autônomo de Investimentos pela CVM (Comissão de
Valores Mobiliários) e Palestrante sobre os temas Educação Financeira e
Planejamento Financeiro de grandes organizações.
www.economiacomportamental.com.br
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