Tire todas as suas
dúvidas de finanças com Mauro Calil, especialista do Banco Ourinvest, em tempo
real, pela internet.
sexta-feira, 24 de julho de 2015
terça-feira, 21 de julho de 2015
Inteligente ou sábio? - Por Rogério Nakata
A Grécia com seus 12 milhões de
habitantes já foi reconhecida um dos países mais prósperos e com um dos maiores
Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo. Com uma cultura milenar
e com importantes pensadores como Aristóteles, Sócrates, Platão dentre outros,
possui uma natureza exuberante com mais de 1.400 ilhas e com uma das culinárias
mais ricas e saudáveis do planeta atualmente vive, infelizmente, uma verdadeira
tragédia grega provocada pela alta dívida pública. Um país que está em risco de
não fazer mais parte do maior bloco financeiro europeu conhecido como União Europeia
cuja moeda comum a esses 30 países é o Euro que está atualmente em comparação
ao real valorizado em mais de 3,5 vezes.
Para fazer parte da Zona do Euro os
países necessitam cumprir uma série de requisitos para participar desse
importante bloco econômico sendo que um deles é que os integrantes não devem
ultrapassar um déficit de 3% do PIB do país sendo que a Grécia possui um rombo
orçamentário de mais de 60% que, por si só, representa o limite estabelecido
para os países que compõem a comunidade.
Mas como um país com tanta cultura e
sabedoria pode chegar a decretar moratória a seus credores?
Isso nada mais foi que o resultado de
políticas econômicas equivocadas que resultaram num déficit de 320 bilhões de
euros (equivalente a mais de R$ 1 trilhão), ou seja, o país gastou bem mais do
que arrecadou e tomou mais dinheiro emprestado do que sua capacidade de honrar
com seus compromissos financeiros. Nessa conta estão os pesados empréstimos
realizados junto ao FMI que cresceram ao longo dos anos desde a crise de 2009,
além da baixa arrecadação de impostos, evasão fiscal, corrupção, altos gastos
com funcionalismo público, cujo os salários com essa classe praticamente
dobraram, somado os altos benefícios pagos aos aposentados precoces.
Enfim, será que estamos seguindo o
mesmo caminho? Poderemos um dia chegar a ser uma Grécia? Na minha opinião
precisamos muito mais do que controlar as contas públicas nesse instante é
controlar nossas próprias contas e finanças pessoais pois enquanto o governo
incentivava há 6 anos atrás o consumo desenfreado da população liberando o
crédito fácil e farto à milhares de famílias que se esbaldaram e se lambuzaram
durante todo esse período, muitas delas agora estão endividadas e
inadimplentes. Em nenhum momento foi ensinado à essas pessoas como os produtos
e serviços financeiros funcionavam e diante disso os números demonstram que o
índice de comprometimento de dívidas com bancos já ultrapassa mais de 45% segundo
dados do Banco Central. E isso pode ser apenas o começo pois, com o crescimento
do desemprego, diminuição da renda, alta da inflação e aumento das taxas de
juros esses números só tendem a expandir mês após mês.
Dentre os efeitos que a tragédia
grega pode trazer para o Brasil estão a diminuição dos investimentos dos
europeus nos países emergentes incluindo o nosso, queda nas exportações para a
Europa e o aumento do dólar pois, em situações de crise como esta onde há o
risco da Grécia deixar a Zona do Euro as portas se abrem para que outros países
do bloco sigam o mesmo caminho retornando às suas antigas moedas e colocando em
dúvida o futuro do Euro como moeda única, fortalecendo por sua vez moeda
americana.
Portanto, nesse momento de crise vale
uma reflexão que poderia até ser oriunda do pensamento de um grande filósofo
grego que diz que: "Inteligente é aquele que aprende com seus próprios
erros e sábio é aquele que aprende com os erros dos outros". A
questão que fica é: Será que estamos sendo sábios e aprendendo de fato com os
erros dos outros ou será que nos encontramos atualmente em uma zona de
conforto? Isso é apenas mais uma marola ou estamos prestes a presenciar um grande
tsunami? Será que em caso de crise financeira pessoal poderei contar com alguma
ajuda de algum órgão internacional como o FMI (Fundo Monetário Internacional)?
Então, podemos concluir que para ser
próspero nos dias de hoje devemos confiar mais em nossa capacidade de fazer a
diferença na nossa vida e de nossa família e menos nas instituições que deveriam,
mas, na sua grande maioria, não atendem prontamente as expectativas de seus
cidadãos como fazem com o recolhimento eficiente dos pesados impostos a nós
impostos.
Rogério Nakata é Planejador Financeiro
Certificado pelo IBCF - Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais
Financeiros, Embaixador CFP® para o Vale do Paraíba, Agente Autônomo de
Investimentos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Palestrante sobre os
temas Educação Financeira e Planejamento Financeiro de grandes organizações
(www.economiacomportamental.com.br)
Perdeu nas Ações? Recupere na renda fixa - Por Mauro Calil*
O investimento em ações têm sido amargo para aqueles que se
entusiasmaram porém, não acompanharam mais atentamente as notícias e relatórios
sobre as empresas, principalmente no passado recente.
Aqui não
falo de uma ação específica, tão pouco do investidor que montou sua carteira de
bluechips na década de 1970. Falo sim àqueles que entraram neste investimento
acompanhando a onda do investment grade, ou os fóruns gráficos que, via de
regra, propagam as grandes tacadas vencedoras mas, nunca (ou raramente) os
movimentos perdedores.
Como diz
o ditado, ‘para baixo todo santo ajuda’. Perder 5, 10 ou 30% sempre será mais
fácil que ganhar os mesmos percentuais sobre o valor investido.
Se você
perdeu e pensa algo do tipo “agora vou esperar a recuperação”, Te digo que pode
estar com sorte pois, você pode acelerar a recuperação sem especular ou
arriscar ainda mais. Como? Basta usar a renda fixa turbinada para isto.
Antes
vejamos que ao perdermos 10% em um investimento não basta ganhar os mesmos 10%
sobre a nova quantia para voltarmos ao valor inicial, ou seja, você investiu
1.000,00 e perdeu 10%, terá 900,00. Para voltar aos 1.000,00 iniciais seus
900,00 terão que render 11,111…% pois, se rendessem 10% chegaria somente a
990,00.
Fica mais
claro quando a perda é ainda maior. Investiu 1.000,00 e perdeu 50% , está agora
com 500,00. Portanto, para retornar aos 1.000,00 iniciais, terá que obter 100%
de rentabilidade. Ou seja, subir a ladeira exige planejamento, técnica e tempo.
Mas com certeza você chegará lá.
Por isso,
preparei a tabela abaixo com rentabilidades em aplicações em renda fixa, já
descontadas de IR, que são muito comuns nos dias de hoje, basta procurar na instituição correta. Todas
rentabilidades mencionadas são de produtos financeiros cobertos pelo fundo
garantidor de crédito (FGC), portanto com a mesma segurança da caderneta de
poupança.
Repare
que a grande mudança é trocar a possibilidade de recuperação pela certeza de
que ela ocorra. Por isso contabilize suas perdas em bolsa e, então, se
aproveite das boas oportunidades que alta dos juros te proporcionam neste
momento da economia.
*O professor Mauro Calil
é especialista em investimentos no Banco Ourinvest.
É também palestrante e autor dos livros “Receita do bolo” e “Separe uma verba para ser feliz” e proprietário da Academia do Dinheiro, instituição especializada em cursos de educação financeira e finanças. Possui mestrado pela USP e Pós Graduação em Marketing pela ESPM e certificado pela ANBIMA como CEA.
É também palestrante e autor dos livros “Receita do bolo” e “Separe uma verba para ser feliz” e proprietário da Academia do Dinheiro, instituição especializada em cursos de educação financeira e finanças. Possui mestrado pela USP e Pós Graduação em Marketing pela ESPM e certificado pela ANBIMA como CEA.
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