quarta-feira, 29 de maio de 2013

Três dicas para que o seu filho não deixe o seu bolso no vermelho - Por Arethuza Helena Zero


Controlar os gastos pessoais é uma tarefa difícil. E quando se trata dos gastos dos filhos, muitos pais não sabem como fazer a lição de casa. A consultora em Educação Financeira para jovens,  Arethuza Helena Zero, formulou algumas dicas que podem ajudar os pais que estão nesta situação.
1-  Nunca é cedo para o seu filho aprender: Quanto mais cedo a criança começa discutir educação financeira com a família, mais fácil será para ela administrar o seu dinheiro futuramente. Desde a infância, é importante ensinarmos para os nossos filhos a diferença entre desejo e necessidade. É fundamental que eles aprendam noções de poupança. Esse exercício pode ocorrer de várias formas, desde o famoso “cofrinho”, até o recebimento de mesada (no momento certo!).
 2-  Tenha critérios: Quando você decidir dar uma mesada para o seu filho, tenha critérios. Leve em consideração a idade e as necessidades dele para estipular um valor. Mas não esqueça, nem todos os produtos consumidos pelo seu filho devem sair da mesasa. Ele não é responsável pela compra do material escolar, por exemplo.
Não altere o valor da mesada aleatoriamente. Utilize um indicador econômico para fazer os reajustes, ou uma data especial, o importante é ser coerente! Se o seu filho recebe uma mesada e o mês ainda não terminou, mas o dinheiro sim, tenha critérios na hora de abrir novamente a carteira. Ele precisa refletir sobre a má administração que fez do dinheiro que recebeu.
 3- Ensine que nem tudo é para ser comprado. É fundamental que através das conversas você explique para o seu filho que nem tudo que ele deseja ou assite na televisão ou outros meios de propaganda é para ser comprado. Ele precisa refletir antes de abrir a carteira.
Procure fazer com que o seu filho crie o hábito de anotar onde e no que ele gasta o dinheiro que recebe. Estimule-o a realizar pesquisa de preço antes de comprar, para ensiná-lo que há diferença de preço.
Continue seguindo as nossas dicas!

Até o próximo!     

Arethuza Helena Zero
Consultora e Educadora Financeira, realiza estudos na área de Educação Financeira para crianças e adolescentes. É autora da série Os primeiros Passos da Educação Financeira.

www.twitter.com/efinanceira



segunda-feira, 27 de maio de 2013

Conhecimento e sucesso financeiro - Por Bernadette Vilhena


O sucesso financeiro está relacionado ao uso consciente do recurso dinheiro e suas implicações. A aprendizagem cotidiana é o caminho mais eficaz para que a criança torne-se um adulto que saiba lidar com o dinheiro de uma forma inteligente.
O primeiro e abundante local de aprendizagem é em casa. Os primeiros e fundamentais mestres são os pais e o cotidiano familiar.
Em meio a tantas coisas para fazer os pais precisam olhar também para as questões financeiras no universo infanto-juvenil. Para começar uma reflexão nesse sentido, eu preciso voltar a uma conhecida afirmação de base: nossas crianças aprendem pelo exemplo, assim o primeiro passo é analisar como você e seu parceiro (a) lidam com as questões relacionadas a esse universo:
·         O clima costuma ficar pesado na hora de pagar as contas?
·         Estranham-se dentro da loja na hora da compra de algum produto?
·         Como anda a consciência ecológica da família?
·         Costumam fazer planejamento mensal ou das próximas férias?
·         Envolvem as crianças nesse planejamento?
·         Qual foi a última vez que levou seu filho ao supermercado e ele te ajudou na pesquisa de preços ou na escolha do melhor produto?
·         Seu filho (a) sabe usar o dinheiro da mesada? O que você faz quando a quantia acaba logo e ele pede mais?
·         A última festinha de aniversário deixou a sua conta corrente no vermelho?
Sempre as questões... Mas sem essa análise fica mais difícil traçar metas sustentáveis e manter uma boa qualidade de vida!
Depois de relembrar que sua criança ou adolescente estão muito atentos a cada atitude sua, procure desenvolver a inteligência financeira deles através de conversas informais sobre conceitos como à vista, a prazo, desconto, renda, mensalidade. Compare valores mostrando a relação custo-benefício, fale da importância de poupar e dos perigos do consumismo. O estímulo aos conhecimentos financeiros provoca muitas surpresas agradáveis.
Não adianta exigir atitudes maduras de seu filho, por exemplo, quando ele vai morar sozinho na época da faculdade... Eu pergunto para você: qual foi o modelo que ele assimilou nos primeiros anos da infância? Quais os valores que foram absorvidos a cada dia? Quais os ensinamentos financeiros e ecológicos que você transmitiu?
Somos falíveis... Não foi possível ou não sabíamos da importância de cuidar da inteligência financeira de nossos jovens e crianças... Ainda assim, com o tempo ele acabará aprendendo as melhores condutas e os comportamentos financeiros adequados, mas o caminho será mais difícil. Os erros, é claro, aprendemos e muito com eles.
Abraço!

Bernadette Vilhena                                                                   
www.vilhenapedagogiaempresarial.blogspot.com

Pedagoga Empresarial, especialista em Gestão de Pessoas  possui estudos na área de Ergologia, Administração, Educação Corporativa e Desenvolvimento Humano.
Educadora Financeira com foco em comportamento é responsável pela seção Pedagogia Econômica do site Dinheirama. Seus artigos abordam as questões ligadas a Educação Financeira Infantil e a Alfabetização Financeira de adultos.  

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Educação financeira começa em casa - Por Mauro Calil



Costumo dizer que o planejamento é apenas uma das muitas facetas da educação financeira e que, sem dúvida, deve começar em casa, com os pais ensinando aos filhos. A criança deve ser educada para que saiba lidar com o dinheiro que tiver ao seu alcance desde sempre, sem falar a importante lição de que dinheiro não nasce espontaneamente na carteira de ninguém.

Saber lidar com o dinheiro é uma habilidade essencial que usamos em todos os momentos da vida, pessoal e profissional. Por isso, trata-se de um tema que deve ser ensinado para as crianças, principalmente para saberem que, na vida adulta, estarão inseridos em um mundo regido pelo dinheiro.

Infelizmente, as escolas não ensinam a forma correta de como lidar com dinheiro, tão pouco os pais – salvo algumas exceções. Da mesma forma, são poucos os cursos superiores que o fazem. Apenas os cursos de Administração de Empresas, Contabilidade e Economia ensinam sobre o funcionamento e a importância das finanças. Tenho certeza que todo mundo conhece alguém incrivelmente bem sucedido e inteligente que tem dificuldade de lidar com dinheiro exatamente por não ter aprendido em casa, na escola ou mesmo na graduação.

Essa falta de informações sobre como lidar com o dinheiro é evidenciada a cada dia, principalmente se observarmos o crescente número de jovens endividados. Assim, desenvolver a habilidade necessária para lidar com o dinheiro em casa pode ser a única oportunidade que seu filho vai ter de aprender sobre o assunto por um bom tempo.

Mas como ensinar uma criança se os próprios pais não conhecem sobre o assunto? A resposta para esta pergunta é a informação. E o que não falta no mercado são livros, cursos, reportagens, entre outros, sobre como cuidar do dinheiro. E não é nada difícil. Um conselho básico para quem quer evitar os problemas com as finanças é usar um caderno ou uma planilha eletrônica para anotar as receitas e cada gasto, por menor que seja.

Para ensinar as crianças, talvez o melhor seja começar com uma brincadeira com moedas. Mostre que, quanto mais moedas, mais o cofrinho fica pesado. No caso de crianças em fase de alfabetização, ensine-as a reconhecer as notas pelos números e letras. E quando já tiverem aprendido as operações matemáticas básicas, pode-se introduzir a mesada. Já os jovens devem ser incentivados a anotar os gastos, com lanches e condução, por exemplo, em um caderno ou agenda.

É importante lembrar que, no caso da mesada, deve-se ensinar os jovens que aquele dinheiro deve satisfazer suas necessidades e vontades, como o lanche da escola ou a compra de algum item de desejo, e que estes recursos são para o mês inteiro. Os pais não podem dar uma mesada e, se o dinheiro acabar antes do final do mês, dar mais. Nesse caso, os pais têm mais uma oportunidade de dar ensinamento, inclusive utilizando da criatividade. O dinheiro acabou e não dá para comprar lanche na escola? Leve o lanche de casa. 
Vale também aconselhar a criança a guardar um pouco da mesada para comprar aquele brinquedo que ele tanto quer. Assim, os pais estarão ensinando que a responsabilidade de conseguir ou não o que se quer é toda dele.

Dar bons exemplos aos filhos também faz parte da educação financeira. Lembre-se que ele se espelha em você. São pequenos detalhes como estes que podem fazer toda a diferença.

Mauro Calil
Palestrante, educador financeiro, fundador da Academia do Dinheiro, e autor dos livros “Separe uma verba para ser feliz” e “A receita do bolo”.  www.calilecalil.com.br

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Planejamento Financeiro: Chega de desculpas! - Por Arethuza Helena Zero




Quando o assunto é Planejamento Financeiro, não faltam desculpas para que ele seja adiado. Há pessoas que pensam que planejamento financeiro é para ricos, por exemplo. Você também acredita nisso? Ou usa essa justificativa para não se planejar. Saiba que você não é o único. E nem esta, é a única desculpa.
Veja as “desculpas” mais comuns:
“Planejamento financeiro é para os ricos.”
MENTIRA! Qualquer pessoa deve se planejar. Saiba que a diferença entre os que alcançam o sucesso financeiro e os que não alcançam, está exatamente no planejamento.

“Meus pais nunca fizeram planejamento financeiro.”
ATENÇÃO! Não esqueça que os tempos mudaram e junto com ele as nossas necessidades, os nossos sonhos e desejos.

“Eu não tenho tempo para me planejar.”
CUIDADO! É preciso reservar um tempo para se planejar.

“Tenho uma vida simples, não preciso de planejamento financeiro.”
TODOS PRECISAM! Você sabe que dinheiro faz parte da vida, precisamos dele para realizar as nossas necessidades e os nossos desejos. Por isso, o planejamento financeiro independe da renda.

“Meus filhos cuidarão de mim, não preciso de planejamento financeiro.”
SEJA INDEPENDENTE! Você prefere depender de alguém ou ter a sua independência financeira? E os seus filhos? Não há garantia de que a situação financeira deles permitirá que eles cuidem de você no futuro.

“Vivo muito bem com pouco dinheiro e quando envelhecer não será diferente.”
IMPREVISTOS ACONTECEM! Infelizmente, não podemos prever o futuro. Principalmente o futuro financeiro de nossa família. Por isso, precisamos ser cautelosos. E se você tiver alguma doença? Sofrer um acidente? Se você morrer precocemente e deixar os seus filhos pequenos?
Chega de desculpas!
Não fique vulnerável às incertezas e riscos. Pense na saúde financeira de sua família e faça um planejamento financeiro.
Tenha uma vida financeira sustentável!

Arethuza Helena Zero

Consultora e Educadora Financeira, realiza estudos na área de Educação Financeira para crianças e adolescentes. É autora da série Os primeiros Passos da Educação Financeira.

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segunda-feira, 20 de maio de 2013

O imediatismo está em moda. O que diz a pesquisa de Educação Financeira do Serasa Experian - Por Rogério Nakata



Segundo recente pesquisa divulgada pelo Serasa Experian de Educação Financeira do Consumidor com 2.002 pessoas consultadas em 142 cidades de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal no primeiro trimestre de 2013 mostra que 48% dos brasileiros não fazem nenhum tipo de investimento pensando em sua aposentadoria.

Bem isso não é novidade, pois sabemos que a maioria de nós brasileiros adoramos uma vida de cigarra, mas diferente da fábula dificilmente teremos apoio em nosso gelado e rigoroso inverno que pode durar não apenas 5, 10, 15 anos, mas para alguns mais 20 talvez 25, 30 anos de recursos para se manter com suas próprias pernas. E se você acha que estamos falando de aposentadoria a resposta é sim, porém, tudo isso parece muito distante, mas um dia ela chegará tanto para mim como para você. Uma das razões que podem explicar essa falta de interesse pelos assuntos relacionados ao dinheiro e poupança é o histórico de hiperinflação que passamos antes de 1994, mas também porque nosso país por mais falta de segurança e mazelas que tenha não passou por guerras, epidemias, terremotos, tsunamis como em outros países, ou seja, vivemos numa terra abençoada e por isso propicia ao comodismo e ao desleixo com relação ao nosso futuro financeiro.

É muito comum ouvir as pessoas dizerem que está muito cedo para pensarem no assunto, porém a vida passa muito depressa e é fundamental que começamos a fazer alguma coisa hoje principalmente por dois motivos simples: o primeiro é que você está em plena fase de geração de receita e o segundo motivo é que se torna muito mais barato começar agora do que deixar suas aplicações para próximo de sua aposentadoria. Apesar de tudo isso muitos acham que não chegarão até lá mas e se chegarem como essas pessoas querem estar no momento em que mais precisarão de recursos financeiros e já não possuem a mesma capacidade de geração de receita, força física e oportunidades profissionais abundantes para a manutenção de suas vidas financeiras?

Uma das coisas que me chamou a atenção nesse levantamento é que somente 2% possui algum tipo de Previdência Complementar e os outros 98% ou receberão o salário integral ao se aposentarem como funcionários públicos ou estarão à deriva vivendo abaixo de seu padrão de vida construído a duras penas ao longo de 35 anos de trabalho duro.

Será tudo isso culpa do imediatismo ou isso é uma moda passageira que passará sem deixar saudades? O pior seria o imediatismo se tornar uma grande tendência que assola um país que está a cada dia que passa perdendo o “timing” do seu desenvolvimento provocado pela falta de investimentos em questões básicas como saúde, educação e infraestrutura. Um país que até 2008 era o queridinho dos investidores internacionais e que abre as portas para a incerteza dos rumos da economia brasileira fazendo com que até países desenvolvidos, em crise, pudessem se reestruturar e começassem a dar seus primeiros ares de recuperação.

Podemos notar esse imediatismo não somente nas famílias, mas também nos jovens que ao conseguirem seu primeiro estágio remunerado, ao invés, de investirem em seus estudos e aprimoramento querem financiar seus carros em 60 meses sem questionarem o quanto pagarão ao final das parcelas e se conseguirão honrar com esse compromisso, mesmo sem antes de estarem efetivados em suas carreiras profissionais. Infelizmente isso é fruto de uma matéria que ainda não é ensinada nas escolas chamada Educação Financeira e que juntamente com português, matemática, inglês, etc. deveria há muito tempo fazer parte da grade escolar das escolas, sejam elas públicas ou privadas.

Na vida das famílias a falta de Educação Financeira representa também problemas de relacionamento causados na maior parte pelo alto nível de endividamento adquirido pelas mesmas, principalmente nos últimos anos, que traz consequências amargas não somente para o convívio familiar, mas para o seu futuro financeiro já que apenas 5% dos entrevistados combinam o INSS com a previdência privada. O pior disso tudo é que muitas instituições ainda fazem simulações com taxas de aplicação de 1% ao mês em suas previdências privadas, por exemplo, mostrando além de um valor acumulado no futuro inconsistente por não considerar obstáculos como a inflação, mas também com valores mensais que não resultarão no patrimônio necessário para que se possa gozar de uma confortável e merecida aposentadoria.

Em suma não podemos deixar de cuidar do produto pelo qual a raça humana trabalha mais de 70% de sua vida e que devemos sem duvida estarmos mais atentos a cada dia às páginas de Economia e não somente pulando direto para as paginas de esporte ou notícias da vida de celebridades.

Rogério  Nakata

Planejador Financeiro Certificado pelo IBCF - Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros, Embaixador CFP® para o Vale do Paraíba, Agente Autônomo de Investimentos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Palestrante sobre os temas Educação Financeira e Planejamento Financeiro de grandes organizações.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Cada fim é a semente de um novo começo - Por Silvia Alambert



Estamos próximos à metade do ano novamente e quanto de suas promessas de virada de ano você já realizou em quase 6 meses?

Somos tendenciosos a olhar pouco pelo o que construímos e a sensação de que está tudo passando rápido demais faz com que não observemos sobre como estamos construindo nossos sonhos.

Aliás, o grande motivo do estresse nas pessoas vem da própria ignorância em acreditar que tudo é um caso de emergência e isto inclui a própria vida.
Ao entrar nesse ritmo frenético, você talvez nem perceba quanta coisa você já iniciou ou até mesmo realizou até aqui.

De forma acertada ou não, isto não importa agora. O que importa é que se você não parar agora para rever tudo o que realizou e entender como foi que conseguiu (ou não) realiza-las, você muito provavelmente continuará seguindo com sua vida sem aprender: nem pelos acertos e nem pelos erros cometidos.

Dar-se um tempo e olhar para o seu passado recente é uma forma de aprender, de se autoavaliar para, assim, poder redesenhar o seu momento atual e projetar o seu futuro.
Passado, presente e futuro estão interligados.

O que você tem aprendido ao longo da jornada da sua vida? Em qual nível sua vida está agora? Você traçou algum plano e o seguiu para construir seus sonhos ou está construindo “do jeito que der”? Você deu a devida importância ao que deveria ser dada a devida importância ou desviou a atenção no meio do caminho?

Respondendo a si mesmo a essas perguntas simples, você conseguirá enxergar a forma como está construindo o seu futuro e poderá entender porque a sua vida está exatamente onde ela está hoje e conseguirá visualizar como encontrará o seu futuro. Isso é bom ou é ruim? Responda você mesmo.

Cada fim é a semente de um novo começo e, por isso, é importante que você pare de vez em quando para dar uma “espiadinha” na obra que você está construindo para si próprio.

Consulte a “planta” inicial e veja se você se desviou do plano original. Se sim, pergunte-se “Por que?”. Corrija o erro e continue firme em seu propósito.

É preciso que você esteja certo do resultado que quer ver no final e estes pequenos cuidados lhe assegurarão uma construção sobre alicerces firmes e duradouros.

Se você julga que pode melhorar sua vida em vários aspectos, então, melhore. Não fique cheio de planos na cabeça para os próximos seis meses do ano. Coloque-se em movimento agora.
Não lance sua nova semente ao vento. Plante-a em seu jardim e cuide bem dela, pelo seu bem estar.

Vá lá. O ano de 2013 ainda está em curso.

Silvia Alambert

Educadora financeira, Diretora Executiva da The Money Camp Brasil, programa de educação financeira de crianças, jovens e adultos 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Quando devemos fazer um Planejamento Financeiro? Por Arethuza Helena Zero



Gastar dinheiro é fácil! E guardar? Você consegue? Para guardar dinheiro é preciso disciplina e organização. Por isso, talvez seja o momento de você começar a pensar em fazer um planejamento financeiro. Você já parou para pensar como será sua situação financeira no futuro?

Está pensando em fazer uma viagem com a família? Visitar os principais pontos turísticos na Europa? Realizar o sonho de sua filha, a festa de 15 anos? Deseja trocar o carro? Comprar um imóvel?

Então, como fazer para alcançar estes objetivos?

É para ajudar nestas decisões que serve o planejamento financeiro.
Quanto mais complexo o seu sonho, mais tempo e dinheiro ele demandará. E se o seu orçamento for enxuto, mais do que nunca, para realizar os seus sonhos e projetos, é fundamental fazer um planejamento.

Em todos os momentos da vida é preciso ter planejamento, seja no início da vida profissional, no meio do caminho ou perto da aposentadoria.
Um bom planejamento pode ser mais importante para o seu futuro do que muitos anos de trabalho. Além disso, ao contrário do que muitas pessoas pensam, o planejamento não visa apenas o sucesso material, mas também o profissional e o pessoal.

No mundo de hoje devemos ser responsáveis pelas nossas decisões financeiras. Por isso, quanto antes entendermos a importância do planejamento financeiro, melhores decisões financeiras poderemos tomar.

Arethuza Helena Zero
Consultora e Educadora Financeira, realiza estudos na área de Educação Financeira para crianças e adolescentes. É autora da série Os primeiros Passos da Educação Financeira.

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segunda-feira, 13 de maio de 2013

Acumulador, eu? Por Bernadette VIlhena



Hoje vamos falar sobre o necessário e o supérfluo. Todos nós acabamos caindo na armadilha dos excessos e nem sempre percebemos. É fato de que temos muito mais do que o necessário para viver. Sabe aqueles dias em que decidimos arrumar os armários? Nesse dia fica claro o volume de coisas desnecessárias guardadas. Você já deu uma volta em sua casa analisando armários e gavetas? Você percebeu quantas roupas que há tempos não usa? Quanta coisa comprou por impulso e agora estão ali somente ocupando espaço em seu armário? Pois é isso mesmo! Todos nós acabamos acumulando muita coisa sem a menor necessidade ou sem a menor noção de que fazemos isso... 
Algumas foram úteis e já não são. Outras nunca serviram para nada... E um pensamento vem à tona: Para que tudo isso?
O conhecimento de nossas necessidades reais nos mostra o limite do necessário e o uso consciente de nosso dinheiro.
É preciso atenção para não nos tornamos “acumuladores” de coisas! Comprar mais itens do que o necessário só porque está barato, comprar porque está todo mundo comprando, não se desfazer de objetos que não são usados há muito tempo, não arrumar armários periodicamente nos faz comprar coisas que já temos e havíamos esquecido... Considero esses, alguns indícios que estamos no caminho do supérfluo.
As crianças acabam aprendendo esse comportamento e começam a gerar também “necessidades artificiais”...  Será que elas não têm brinquedos demais? Brinquedos que não usam mais? Que tal uma blitz nos baús e armários? Tenho certeza de que encontrarão muita coisa em ótimo estado que podem ser doadas para instituições infantis. Ações assim estimulam a solidariedade nas crianças!
Conhecer-se, ter um olhar crítico sobre as constantes necessidades e os desejos materiais são caminhos para buscarmos o necessário. Assim conseguiremos promover a saúde emocional e financeira.
Uma sugestão para começar a pensar na relação necessário x supérfluo: reserve um tempo para abrir armários e gavetas. Veja o que ainda usa, encaminhe o que não utiliza mais, recicle. Chame seus filhos para te ajudarem, assim eles sentirão vontade de fazer o mesmo com seus brinquedos e roupas. Lembrando que existe muito ensinamento nessas pequenas iniciativas.

Abraço!

Bernadette Vilhena                                                                   
www.vilhenapedagogiaempresarial.blogspot.com

Pedagoga Empresarial, especialista em Gestão de Pessoas  possui estudos na área de Ergologia, Administração, Educação Corporativa e Desenvolvimento Humano.
Educadora Financeira com foco em comportamento é responsável pela seção Pedagogia Econômica do site Dinheirama. Seus artigos abordam as questões ligadas a Educação Financeira Infantil e a Alfabetização Financeira de adultos.  


sexta-feira, 10 de maio de 2013

Inflação a 6,49% acumulada. Leve 1 e pague 2 - Por Rogério Nakata





Faz quase 20 anos da implantação do Real e muito jovens não fazem nem ideia do que é esse dragão chamado Inflação. Ele nada mais é que o aumento generalizado de preços e só para se ter uma ideia tínhamos uma inflação mensal, antes de 1994, de aproximadamente 40% ou 300% ao ano. Isso significava receber o seu salário e sair correndo para o supermercado antes das famigeradas maquininhas remarcadoras que muitos que estão lendo esse artigo devem se lembrar e que hoje basta apenas um clique para que todos os preços se alterem como num passe de mágica, graças à informatização.
Todos nós sentimos no bolso, pois a inflação anunciada oficial do governo que é o IPCA (Índice de Preços Consumidor Amplo) abrange todos os itens relacionados abaixo e é bem diferente daquela do tomate que subiu 150%, dos serviços em geral como manicure, cabelereiro, tratamentos de beleza, dos remédios (3%), serviços domésticos (8%), ou seja, a inflação ela é distinta de pessoa para pessoa, pois nem todo mundo precisa comprar medicamentos frequentemente ou necessita de uma empregada doméstica, por isso estes sentem mais na hora de pagar por isso. Parece bobagem, mas se você antes pagava num simples corte de cabelo R$10,00 e passa a pagar R$15 o aumento de R$5,00 representa 50% a mais só nesse item. Agora some os demais itens que fazem parte do seu Orçamento Financeiro Pessoal e Familiar e com certeza verificará uma inflação doméstica diferente da projetada.


Agora aguardem, pois, para aqueles que utilizam transporte público vem mais aumento que pode ocorrer em Junho/Julho, pois o governo e as prefeituras adiaram esse feito para tentar conter a alta no início do ano, mas isso não será mais possível.
Nem a retirada dos impostos que oneravam a cesta básica foi suficiente para conter a inflação de 0,55% em Abril que foi superior à Março (0,47%) em função, principalmente, do preço dos remédios, mas por trás disso está ainda um velho problema que enfrentamos a décadas que são os investimentos para atender a demanda do país.
A inflação é ruim não só para as atividades ligadas ao consumo, mas também para o pequeno aplicador que utiliza a Caderneta de Poupança como forma de se proteger, porém, infelizmente, ele já está perdendo para a inflação que está em 6,03% desde Julho 2012 contra um rendimento de 4,46% no mesmo período (desde implantação das novas regras para Caderneta de Poupança), ou seja, - 26%. Agora se você tem um fundo de investimento com taxas de administração altas, dependendo do fundo aplicado, você está perdendo mais dinheiro ainda e não sabe disso.

O que podemos esperar de tudo isso é que não repitamos erros do passado como o controle de preços e a reindexação dos salários que criam mais insegurança para os empresários e empregados que por parte das empresas acabam colocando essa expectativa de alta na inflação no preço de seus produtos e consequentemente tendo que elevar o valor dos salários toda vez que a inflação subir para manter o poder de compra criando um ciclo de aumento generalizado e descontrole perigoso dos preços de todas as mercadorias, bens e serviços. 

Rogério Nakata é Planejador Financeiro Certificado pelo IBCF - Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros, Embaixador CFP® para o Vale do Paraíba, Agente Autônomo de Investimentos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Palestrante sobre os temas Educação Financeira e Planejamento Financeiro de grandes organizações.


quinta-feira, 9 de maio de 2013

Anatomia de um golpe - Por Mauro Calil



Seja pela minha caixa postal, Twitter ou Facebook, recebo diariamente consultas sobre diversos temas financeiros. Um tema em especial, de um novo golpe financeiro, chamou a minha atenção nos últimos meses, pois tem aumentado. E tenho recebido essas mensagens de diversas partes do país e com características muito próximas, por vezes até idênticas.
Funciona assim: alguém próximo à potencial vítima comenta sobre os maravilhosos investimentos que está fazendo com um grupo de empresários da cidade. Empresta dinheiro a juros para a elite, que remunera 4% ao mês e paga certinho. Todos os meses, o investidor sabe o quanto possui. Não há risco, afinal, são pessoas que possuem reconhecida reputação e alto patrimônio.
A vítima se interessa e pergunta sobre as garantias. Sempre ouve dois tipos de respostas, primeiro que o negócio tem contrato registrado em cartório e, inclusive, chega a ver o documento, com as firmas reconhecidas e os carimbos de cartório. “Não há erro”, pensa a vítima.
A segunda resposta é de que essas pessoas, consideradas influentes, não aceitam emprestar dinheiro para qualquer um. É preciso uma indicação e uma entrevista com um representante do grupo para checar se você entende e tem condições de participar deste seleto grupo que, afinal, não é para qualquer um.
A aura de sedução em fazer negócios e obter o lucro é grande, assim, a vítima começa a insistir com seu amigo para que este sugira seu nome para a entrevista. Após algumas semanas, a vítima é entrevistada e entrega R$ 20 mil, R$ 50 mil, assina um contrato que tem registro em cartório e já faz planos do que irá comprar quando sacar o dinheiro.
Esse golpe possui algumas características comuns a todos os golpes, primeiro precisa de uma promessa de ganho fácil e elevado que valha e turve a visão dos riscos, neste caso, juros de 4% ao mês vindo dos bolsos da elite da cidade. Segundo, precisa ter características de garantia, por exemplo, um contrato registrado em cartório e com firma reconhecida de um devedor muito rico. O terceiro elemento é o aliciador e o quarto, uma vítima gananciosa.
Mas, neste caso, onde está o golpe afinal? Vamos dissecá-lo:
Todo conto do vigário reside no fato de que a vítima é gananciosa e se acha muito mais esperta que o vigarista, por isso é chamado de “otário” pelo golpista. O contrato registrado e com firma reconhecida, assinatura esta que pode ser de um homônimo e não do próprio empresário, nada mais é do que uma prova inconteste que a vítima é um agiota, ou seja, um criminoso perante as leis brasileiras (Lei nº 1.521, de 26 de dezembro de 1951, Art. 4º, Letra a). No Brasil, emprestar dinheiro a juros é crime e, portanto, a vítima nunca poderá reclamar seu dinheiro a menos que queira se explicar ao Ministério Público.
A única alternativa, já arquitetada pelo golpista, será trazer outro “investidor” para receber uma parcela do que for investido pela próxima vítima, ou seja, formar uma pirâmide financeira, o que é outra ilegalidade.
Todos sabem que não existe uma receita mágica para ganhar bons lucros. Sendo assim, aqueles que desejam prosperar financeiramente devem buscar conhecimento, entender sobre os produtos financeiros e sempre procurar ajuda profissional. Por isso, atenção a qualquer promessa de ganho fácil!

Mauro Calil
Palestrante, educador financeiro, fundador da Academia do Dinheiro, e autor dos livros "Separe uma verba para ser feliz" e "A receita do bolo

terça-feira, 7 de maio de 2013

10 passos importantes na educação financeira de seu filho - Por Arethuza Helena Zero



Administrar corretamente os recursos financeiros é um dos caminhos para um futuro tranquilo. Por isso, nunca é cedo para aprender. Chegou a hora de você cuidar da educação financeira de seu filho. Fique atento as dicas a seguir:

1. Ensine o seu filho, desde cedo, a distinguir os objetos que compramos porque “desejamos” ou  “necessitamos”.
2.  Faça com que o seu filho entenda a importância do trabalho dos pais. Dessa forma, ele estabelecerá uma relação entre o trabalho e o ganho de dinheiro e saberá fazer um uso mais consciente e moderado.
3. Demonstre que existem objetos “caros” e “baratos”. Por exemplo, na padaria, no shopping, no supermercado e em outros lugares que a família frequenta.
4. Se achar conveniente, você pode dar uma mesada para o seu filho. A mesada é um bom instrumento na educação financeira das crianças e dos adolescentes.
5. Mostre a seu filho a importância de não desperdiçar : dinheiro, alimentos, água, etc.
6. Deixe seu filho participar das discussões sobre o orçamento familiar. Suas sugestões podem ser valiosas na redução das despesas.
7. Ensine o seu filho a elaborar listas de compras. Isso o ajudará a não consumir por impulso, evitando gastos desnecessários.
8.  Não estabeleça relação entre o desempenho escolar de seu filho e o dinheiro que ele recebe.
9. Ensine a importância de poupar. Vocês podem estipular uma meta de poupança para ser alcançada.
10.  Não presenteie o seu filho a todo momento, estipule datas e momentos especiais.

Até o próximo!

Arethuza Helena Zero

Consultora e Educadora Financeira, realiza estudos na área de Educação Financeira para crianças e adolescentes. É autora da série Os primeiros Passos da Educação Financeira.

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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Você Quer. Você Pode - Por Sivia Alambert




“ Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez.” – Jean Cocteau

Quando somos jovens, somos sonhadores e realizadores e nada parece ser tão complicado a ponto de deixarmos de, pelo menos, tentar. Nada parece ser sombrio ou ousado demais. O mundo até parece ser pequeno para tudo o que queremos realizar, mas eis que chega um momento na vida que parece que somos atingidos pelo raio sonífero da realidade. E o que é realidade? Realidade é tudo aquilo que os outros querem que acreditemos que seja ao longo de nossa formação e de nosso crescimento:
“ Você não pode fazer isto”; “Ninguém faria uma coisa dessas”, “ Isso não vai funcionar”, “Você acha que isso vai dar certo?”, “ Isso é ilusão”, “ Isto não é para você!”.
Todos os realizadores já devem ter ouvido frases dessa ordem, ainda que tenham se negado a acreditar nelas. Essas pessoas (os sonhadores realizadores) se recusam a aceitar a “realidade” da vida dos outros em sua própria vida e simplesmente seguem acreditando e construindo as pontes que as levará a realização de seus sonhos.
Portanto, não acredite em tudo o que dizem parecer ser impossível ou que não poderá ser  realizado. Acredite em seus sonhos e persiga-os. Permita-se construir sua própria história de vida.
Lembre-se que sonhar é para todos, mas são poucos os que tem a ousadia de transformar um sonho em realidade e, muito provavelmente, são menos ainda os que tem energia  para ao menos tentar  colocar sonhos em um plano real. “ Ah, isso é muito trabalhoso” ou “ Quem iria comprar uma idéia dessas?” é o que a maioria das pessoas pensam e dizem, mas uma coisa é certa: não importa quão magnífico seja seu sonho, ele continuará sendo somente um sonho se você não se puser em movimento.
Se você realmente deseja transformar  seus sonhos em realidade, você terá que planejar e executar, executar e  planejar, ou seja, você precisa se colocar em movimento, em ação. Então:
1)   Esteja decidido sobre o que irá realizar.
2)   Planeje-se para a ação: Por que quero realizar este sonho? Como devo me preparar para tirar este sonho do imaginário e traze-lo à realidade? O que ou de quem exatamente precisarei para me  ajudar a realiza-lo? Quando pretendo realizar este sonho?
3)   Declare sobre o que você decidiu realizar com familiares e amigos – isto já lhe dará meio que uma “obrigação moral”, um comprometimento com você mesmo, de que você irá iniciar seu projeto de vida.
4)   Planejamento: Reveja seus passos iniciais e veja se continua no caminho ou se foi “abduzido” de seu sonho inicial ou se está se distanciando dele.Se necessário, ajuste as velas e avalie-se sempre para ver se está progredindo em seus passos para transformar seus sonhos em realidade.
5)   Celebre. Sim, imagine o tempo inteiro a grande festa de celebração da sua própria vitória. Como vai ser? Quem que você quer que esteja lá vibrando com você e orgulhoso por você?  Donald Trump diz que “ Sonhar grande ou sonhar pequeno, dá o mesmo trabalho”, então SONHE GRANDE.
6)   Continue executando e planejando até que... lá estará você no topo da sua montanha.
O melhor momento de nossas vidas para darmos início à realização de qualquer sonho (viagem de formatura, carreira a ser seguida, casamento, um negócio próprio, uma conta de investimentos, uma viagem pelo mundo, compra da casa própria, seja lá qual for o seu sonho) é HOJE.
Podemos realizar todos os sonhos que desejamos fortemente,  pois só quando realmente queremos e desejamos algo com muita intensidade é que nos colocamos em ação para realiza-lo e, incrivelmente, tudo parece se encaixar perfeitamente para que eles aconteçam; somos fortes e destemidos, tal qual como na juventude.
Então, eu deixo a pergunta para que você reflita: Você tem sido um realizador ou um atropelador de sonhos?

 Silvia Alambert

Educadora financeira, Diretora Executiva da The Money Camp Brasil, programa de educação financeira de crianças, jovens e adultos 

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Valores e dinheiro – Crenças limitadoras - Por Mauro Calil



Aprendemos desde muito cedo um ditado que diz que “é melhor ser pobre e ter saúde do que ser rico sem saúde”. Contradizendo o que diz este velho ditado, a pobreza não é a garantia de ter uma vida saudável e, tão pouco, a riqueza é a sentença para uma vida desperdiçada em enfermarias ou condenada a mazelas biológicas.

Esta frase nada mais é que um consolo, uma compensação para quem continuamente se frustra por não conseguir alcançar a realização de seus sonhos. O mais cruel nisto tudo é que recebemos este consolo das pessoas que mais nos amam e têm responsabilidade sobre nossa formação, nossos pais, avós, educadores etc. Eles não nos dizem isso por maldade, mas, sim, por já saberem que a vida impõe limites e que muitas vezes devemos nos acalmar frente às dificuldades, pois, somente com calma conseguiremos superar os revezes e os limites que nos são impostos.

Frases como esta eu prefiro designar de crenças limitadoras. Uma crença limitante pode atuar em toda nossa vida, atrasando seu curso contra nosso desejo e, ao invés de servir como um calmante ou um consolo, servirão para aumentar nossas frustrações, atuando contra nossos desejos, promovendo uma autossabotagem, pois passamos a incorporar a crença em nosso conjunto de valores, em nossas verdades conscientes ou não.

Veja como funciona: se te ofereço duas alternativas, a primeira é ter saúde, mas ser pobre, e a outra, ter dinheiro, mas viver internado. Qual você escolheria? Obviamente sabemos que o dinheiro compra o atendimento médico de qualidade, mas não a saúde, e sabemos também que com saúde o pobre poderá viver muito mais plenamente que o rico em um leito de hospital, portanto a vida do pobre saudável é melhor que a do rico enfermo. A escolha é fácil.

No entanto, a vida não tem somente duas alternativas como sugere a crença limitadora. A vida tem tantas alternativas quantas sua mente quiser produzir. E eu sugiro que, dentre muitas opções, você escolha a alternativa que a crença limitadora e seus criadores querem ocultar. Neste caso, ser rico e saudável.
                                                    
Ou seja, não é melhor ser pobre com saúde, esta situação é somente menos ruim. O melhor, de fato, é ser muito rico com muita saúde e existem alternativas ainda melhores que esta.

Muitas outras crenças limitantes sobre a formação de patrimônio volumoso e acúmulo de dinheiro e riqueza existem desde sempre e dia a dia variações do tema são reinventados. Frases como o sujeito é “podre de rico” reforçam a união do ruim (podre) com a riqueza material. Quem quer ser podre?

Uma das crenças limitadoras que julgo das mais hilariantes é “dita” pelos adesivos de carros: “é velho, mas está pago”. Obviamente que é melhor ter um carro pago, que te leve e traga dos diferentes destinos, do que um carro luxuoso, que deixe seu dono atolado em dívidas - perceba aí a semelhança do pobre com saúde. Ora, o melhor mesmo é ter carro zero quilômetro e sem dívidas.

Não se limite acreditando que acumulação de patrimônio não é riqueza. O equilíbrio reside nos diversos níveis patrimoniais e principalmente em você e em seu caráter firme e personalidade segura de si. Receber salário mínimo e ter equilíbrio financeiro é louvável, mas isso não te livrará dos limites apertados da falta de renda. O melhor mesmo é ter renda de R$ 50 mil, R$ 100 mil (ou quanto você sonhar) e não ter aperto algum na vida.

Mauro Calil
Palestrante, educador financeiro e autor dos livros “Separe Uma Verba Para Ser Feliz” e “A Receita do Bolo” – www.academiadodinheiro.com.br




quinta-feira, 2 de maio de 2013

Planejamento Financeiro: bem-estar e liberdade financeira para a sua família. Por Arethuza Helena Zero



As pessoas precisam se conscientizar que a falta de um planejamento financeiro pode ocasionar graves problemas, não apenas na vida de um indivíduo, mas, de sua família, assim como, da própria sociedade. Por isso, é fundamental que ocorra a utilização apropriada dos recursos financeiros.
O dinheiro faz parte da vida, não adianta negarmos! Precisamos saber como adquirí-lo e se portar diante dele. Isso quer dizer, precisamos ganhá-lo de forma ética e honesta e usá-lo de forma consciente, para não cairmos nas tentações do consumismo desenfreado.
Além disso, as famílias  precisam saber que através de um planejamento financeiro é possível melhorar consideravelmente a qualidade de vida de todos.
Melhorar a qualidade de vida da família, provavelmente, é o desejo de todos!
Por isso, precisamos tomar decisões de forma consciente, planejando o futuro. Atitudes conscientes contribuirão de maneira significativa para o bem-estar e liberdade financeira de sua família.
O consumismo e a falta de um planejamento financeiro podem causar diversas adversidades na vida de uma família. Mas de quem é a culpa quando uma família percebe que está numa situação financeira desfavorável?
Atualmente assuntos relacionados a finanças têm sido mais comentados. Frequentemente especialistas estão dando dicas, falando do assunto em telejornais e programas de televisão. Mas, nem sempre foi assim…
Por isso, essas informações estão chegando um pouco tarde para muitos adultos, que já se encontram endividados, atolados em carnês e prestações.
Quando eram jovens, provavelmente não contaram com a ajuda de ninguém que os ensinassem a fazer a gestão de seus recursos financeiros. Dessa forma, tornaram-se adultos irresponsáveis diante de suas finanças, dominados pelo consumismo. Muitos se tornaram compradores compulsivos.
Não podemos passar a vida aprendendo através de tentativas e erros, pois as marcas deixadas pela administração errônea do dinheiro, poderão ser duradouras.
Diante disso, mais uma vez destaco o papel fundamental da Educação Financeira na vida das pessoas, desde a infância. É muito importante que os filhos não repitam os erros dos seus pais. Por isso, a importância fundamental na Educação Financeira desde a infância.
Apesar de ser um tema de relevância para a sociedade, a Educação Financeira ainda não recebeu o destaque necessário, tanto no currículo escolar, como nas discussões familiares.

Arethuza Helena Zero

Consultora e Educadora Financeira, realiza estudos na área de Educação Financeira para crianças e adolescentes. É autora da série Os primeiros Passos da Educação Financeira.

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