Hábito é tudo aquilo que você tem o costume
de fazer. Se não faz, é porque não desenvolveu o hábito de fazer. Parece um
raciocínio obvio, mas com as mudanças significativas neste mundo globalizado,
crise econômica, queda nas bolsas mundiais, as pessoas muitas vezes se sentem
como se fossem apenas espectadoras do contexto e não percebem que fazem parte
do que está acontecendo. Além disso, não buscam novos comportamentos para
tentar entender como uma situação de crise em países distantes pode afetar
diretamente suas próprias vidas.
O que percebo ao conversar com as pessoas
sobre quais são os seus sentimentos em relação ao atual cenário econômico, é
que muitas dizem que não tem ideia de como isso poderá afetá-las e dizem que
isso é “coisa de economia” e de quem está perdendo muito dinheiro.
Ressalto que tudo o que acontece em termos de
economia no mundo diz respeito a nós e vai nos impactar de alguma forma, seja
na elevação do preço dos alimentos, diminuição de vagas de trabalho no mercado,
oscilações na taxa básica de juros alterando valores de empréstimos, alimentos
e produtos.
Ao mesmo tempo, nos momentos de dificuldades
apontando no horizonte, é quando o cérebro acelera o seu funcionamento para
buscar alternativas criativas e com isso superar tais obstáculos. Por isso, é
importante que cada brasileiro esteja informado sobre o que acontece na
economia mundial, pois ter um plano “B” na manga pode colocar uma pessoa à
frente de outras.
Quando as pessoas ouvem falar sobre crise
econômica mundial tendem a julgar que alguém vai dar um jeito na bagunça e que
logo estará tudo bem. Em um determinado ponto, elas descobrem sozinhas que
este “alguém” não conseguirá resolver o problema e que elas terão que
dar uma mãozinha, porque o seu dinheiro já não compra mais aquela quantidade de
alimentos no supermercado, por exemplo. Em momentos como esses recorrem a uma planilha improvisada para ver como irão fazer para
apertar o cinto e percebem que os seus
sonhos terão que ser prorrogados.
Isso acontece, pois, a falta de hábito de ter
um planejamento de vida é que leva muitas pessoas a enlouquecerem quando
anúncios sobre grandes crises mundiais aparecem o tempo todo em todos os canais
de televisão. A sensação que se tem é que é um complô para assustar a todos,
mas não. É um sinal de alerta que vamos recebendo, para que sejamos avisados
com antecedência de que é preciso se preparar para algum momento financeiro
delicado. Os brasileiros precisam entender que esse sinal já foi dado.
As pessoas que ainda não mudaram seus hábitos
continuam levando suas vidas como se aquilo fosse um sinal para o “alguém”
(aquele que vai ter que dar conta de arrumar a bagunça), não para eles e assim,
continuam levando suas vidas com seus hábitos de consumo desenfreados, sem nem
sequer pensarem sobre o advento de uma crise financeira.
Além disso, alguns brasileiros já começaram a
puxar o freio de mão e a ajustarem seus planejamentos financeiros. Isto
significa apenas pensar nas melhores oportunidades para o seu dinheiro, ao
invés de gastá-lo em momento de incerteza.
Para as pessoas que ainda mantêm hábitos de
consumo exagerados sem medir conseqüências, deixo em aberto as seguintes
questões para que reflitam e respondam a si mesmas: Quais são os meus hábitos
com o meu dinheiro? Esses hábitos me são úteis ou atrapalham minha vida financeira
e qualidade de vida? Qual é a minha “taxa de desconto” caso eu passe por uma
situação difícil a qualquer momento? Eu estou preparado ou estou me preparando
para as oportunidades que possam surgir na minha vida? Quais os impactos que
uma crise financeira mundial traria para a minha vida neste momento? Eu tenho
um plano consistente de realização de vida ou vivo em um castelo de areia?
Silvia Alambert
Empresária, educadora
financeira, sócia fundadora da The Money Camp Brasil, empresa com foco na área da educação
financeira de crianças e jovens, palestrante e única brasileira licenciada e
autorizada pela Creative Wealth™ International para certificar e licenciar
educadores através da metodologia de ensino do programa The Money Camp ™ no Brasil e em
países de idioma português. Ministra cursos de educação financeira “ In
Company”, em escolas e também realiza
trabalhos com as famílias. Acesse www.themoneycamp.com.br
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