quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A tranquilidade financeira e o consumo consciente - Por Mauro Calil



Os motivos que levam grande parte das pessoas a terem o desejo de enriquecer é a possibilidade de ter uma vida confortável e também garantir um futuro mais tranquilo. Entretanto, a maioria acaba tendo seus planos prejudicados por acabarem se deixando seduzir pelas armadilhas do consumo fácil ou, como costumo dizer, tolo.

E basta ligar a televisão, o computador e até mesmo o celular para termos à disposição os nossos sonhos de consumo; e para o nosso conforto, eles podem ser parcelados em várias vezes no cartão de crédito ou financiados. Além disso, somos sensibilizados pelos apelos publicitários de que se vestirmos a roupa x ou usarmos o celular y seremos infinitamente mais felizes.

Esse tipo de situação acaba nos proporcionando uma satisfação rápida, porém, o custo desse consumo costuma nos acompanhar por mais tempo do que realmente desejamos e também nos distancia de termos uma reserva financeira adequada.

Há diversos caminhos que podemos trilhar para alcançarmos um patamar de estabilidade financeira, mas, como em todo percurso, alguns obstáculos precisam ser superados. O primeiro é compreendermos que não podemos ser reféns do dinheiro e das dívidas e condicionarmos nossa felicidade e tranquilidade com a capacidade de consumo.

O segundo passo é sempre avaliarmos qual impacto o consumo desnecessário pode ocasionar em nossa vida. Claro que consumir faz parte do nosso cotidiano, mas isso não significa que compramos de forma saudável e é nesse ponto que caímos nas armadilhas do consumo.

Exercemos um comportamento em que somos dominados pelo dinheiro quando consumimos compulsivamente, e isso pode ser resultado de uma série de fatores, como um longo período sem emprego, momento em que somos obrigados a reduzir o consumo, ou se ascendemos de classe social ao longo da vida. E situações como essas acabam adiando a tranquilidade financeira.

A facilidade do crédito que dispomos atualmente é muito mais farta do que há 20 anos e isso atrai uma grande parcela da população que se sentia excluída do comércio e dos serviços. E isso impulsionou um maior número de pessoas dispostas a realizar seus desejos parcelados. Quem poderia imaginar comprar um carro em até 48 vezes, uma geladeira em 24 meses, pagar uma viagem e comprar um imóvel em prazos tão longos.
Essas oportunidades se estenderam para tudo o que nos cerca e caímos em um círculo vicioso de colocar nosso dinheiro em perigo. A tão desejada tranquilidade financeira não é apenas ter dinheiro aplicado. Ela é um novo modo de viver e usar o dinheiro a seu favor.
Existem diversas formas de alcançar a estabilidade financeira e cada uma tem um perfil adequado. Se espelhe nos exemplos de quem superou crises financeiras, independente de seu tamanho, e adapte as suas necessidades. Assim, além de estabilizar suas contas, você terá uma nova mentalidade relacionada a sua vida e ao que realmente lhe faz feliz.


Mauro Calil é palestrante, educador financeiro, autor dos livros “Separe uma verba para ser feliz” e “A receita do bolo".

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Cuidado em 2015 para não mascarar a febre alta - Por Rogério Nakata


Alguma vez você já tentou alterar a escala do seu termômetro para mascarar a febre?

Bem, foi mais ou menos isso que ocorreu na ultima terça-feira dia 09/12 com a votação da manobra fiscal que permite ao governo fechar as contas no ano. O que na prática ocorreu é que os ilustres parlamentares aprovaram o descumprimento da meta de economia para o pagamento de juros da dívida, mais conhecido tecnicamente como superávit primário, impedindo que a presidente responda por crime de responsabilidade fiscal. É mais ou menos como se você tivesse estourado o cheque especial e mesmo assim o gerente do seu banco lhe proporcionasse mais um aumento no seu limite dobrando a sua capacidade de crédito mesmo sem ter capacidade de honrar com o compromisso assumido. O fato é que mesmo alterando a escala do termômetro ou o limite de seu empréstimo você ainda assim continua febril e endividado correndo risco de ficar de cama por um bom tempo ou de se manter no vermelho e angustiado por um prazo a perder de vista.

Primeiramente precisamos entender o que é superávit ou déficit primário que nada mais é que a entrada de nossas receitas menos o pagamento de nossas despesas desconsiderando as dívidas, com isso, teríamos um superávit (sobra) ou um déficit (falta) em nosso orçamento. No caso do governo seriam as arrecadações realizadas menos as suas despesas principais como, por exemplo, gastos com educação, ou seja, se houver sobra esse é o chamado superávit primário. Ele nada mais é do que o dinheiro que o governo é capaz de economizar para o pagamento de juros da dívida pública.
Quando conseguimos ter um superávit em nosso orçamento temos crédito “na praça” e podemos, se necessário, tomar empréstimos, pois mostramos que possuímos equilíbrio em nossas contas e no caso do governo quando isso ocorre mostra que tem capacidade de pagar o que deve, que tem menor risco de crédito do que outros países e por essa razão mostra para os investidores internacionais que é um porto seguro para seus recursos financeiros.

Agora se você gasta mais do que aquilo que recebe você possui um déficit no orçamento e se o governo gasta mais do que arrecada isso será contabilizado nas contas públicas como um déficit primário. A conseqüência disso é que se esse déficit em seu orçamento persistir ele pode afetar outros setores de sua vida como o familiar, o físico e seu ambiente trabalho inclusive, pois, é comprovado que pessoas que trabalham sobre pressão financeira tendem a produzir menos do que aquelas que não possuem problemas financeiros. No caso do governo contamina-se toda a economia, gera-se dúvida na capacidade de gestão dos recursos arrecadados diminuindo a confiança de investidores internacionais, mas também nacionais e conseqüentemente os investimentos necessários para o desenvolvimento do país principalmente em setores importantes e críticos como o de infra-estrutura. Em suma para aqueles que não se importam com temas que não compreendem isso tem haver e muito com todos nós brasileiros, pois se os gastos públicos continuam aumentando e os investimentos diminuindo as empresas tendem a colocar o pé no freio, investindo menos do que investiriam em novas fábricas, ampliação de seu parque industrial e em tecnologia reduzindo a oportunidade da criação de novos empregos podendo vir até a reduzi-los. Isso tudo porque na economia tudo está interligado não somos uma ilha e por essa razão mesmo gostando ou não do assunto, o dinheiro ou as questões financeiras sempre farão parte do nosso dia-a-dia até o fim de nossa vida. Tanto isso é verdade que, por exemplo, existe até um imposto de “morte” chamado ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação).

Uma coisa importante de salientar para 2015 é que não será um ano fácil, com inflação ainda em alta, aumento de preços em itens que estavam represados como energia elétrica, transporte, combustível, além da desconfiança por parte das indústrias e do mercado financeiro farão com que tenhamos que manter ainda mais o equilíbrio emocional sendo mais racional em nossas decisões financeiras evitando assumir novas dívidas. Prefira, diante disso, rever seu Orçamento Financeiro Pessoal e Familiar e seu estilo e padrão de vida atual e para que assuma o controle de sua vida financeira tentando manter-se superavitário em seu Orçamento Financeiro Pessoal.  Atente-se que esse é um bom momento para pensar em um Planejamento Financeiro para o próximo ano, pois muito além das festas e comemorações é também um período para aproveitar com a família ou consigo mesmo para fazer uma boa reflexão e uma relevante avaliação de como foi o ano e de como será o próximo e porque não os próximos anos de sua vida.

Portanto essa é a hora de avaliar atitudes e de rever conceitos. É a hora de pensar em mudar hábitos financeiros e muito mais do que apenas ganhar dinheiro é o momento de refletir como melhor administrá-lo.

É hora de Sonhar Grande, mas também de colocar esses Projetos na ponta do lápis para que possa transformar sonhos em realidade e que os números, as finanças e os juros compostos possam trabalhar a seu favor.
É hora de acumular mais Ativos geradores de renda do que Passivos geradores de menos fluxo mensal e de dívidas preocupantes.
É hora de plantar e somente depois colher. É hora de fazer mais depósitos do que realizar saques.
É hora de viver mais simples e não de forma simplista. É hora de valorizar quem você é e sua capacidade de transformar a realidade em detrimento a situação financeira atual.
É hora de rever os erros cometidos e de aprender com os mesmos. É hora de dar um passo importante para direção certa ao invés de sair correndo mais uma vez para o lado errado.
É hora de fazer mais com menos. É hora de aproveitar o verão antes que o inverno venha planejando entusiasticamente seu futuro financeiro com a cabeça nas nuvens, mas com os pés no chão.
É hora de consertar o telhado enquanto o sol está brilhando (John F. Kennedy – ex-presidente dos EUA).

E que o planejamento financeiro não seja o seu escravo, mas sim o seu aliado na busca de uma vida financeira mais equilibrada e de um futuro mais tranqüilo. Tudo isso porque o dinheiro foi e sempre será feito para gastar, mas que seja realizado com sabedoria e parcimônia até porque não adianta nada você ser o homem ou a mulher mais rico (a) do cemitério.


Boas Festas e Um Feliz 2015 de Muita Paz, Saúde e $uce$$o em sua vida financeira!

Rogério Nakata, CFP® -  é Planejador Financeiro Certificado pelo IBCF - Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros, Embaixador CFP® para o Vale do Paraíba, Agente Autônomo de Investimentos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Palestrante sobre os temas Educação Financeira e Planejamento Financeiro de grandes organizações (www.economiacomportamental.com.br)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Não confunda poupança, com caderneta de poupança - Por Mauro Calil


Com rendimentos pequenos e fixos de 6,17% ao ano mais TR, a caderneta de poupança é um o segundo pior investimento disponível no Brasil, só ganha do rendimento do FGTS com seus terríveis 3% ao ano mais TR.
Por este, e por outros posts, você já deve ter percebido que sou um grande propagador do mantra “saia da caderneta de poupança e invista melhor”.
Nem todos têm consciência de que a caderneta mal cobre a inflação, e mesmo tendo os investidores resistem em sair dela. Os motivos são sempre os mesmos, segurança e liquidez para o colchão financeiro.

Bem a segurança que todos avaliam é dada pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), uma instituição privada, e não pelo governo como a maior parte das pessoas acredita. O mesmo FGC garante, dentro das mesmas condições, o dinheiro depositado em sua conta corrente, suas aplicações em CDB, LCI, LCA e outras mais. Todas muito mais rentáveis que a caderneta.

A liquidez, ou capacidade de transformar seu depósito (ativo) em dinheiro, é imediata. Isso seduz muitas pessoas que usam suas contas poupança como conta corrente, perdendo, em muitos casos a “data de aniversário”, que nada mais é que o dia do mês onde os rendimentos são de fato entregues ao caderneteiro.
Isto posto, quero distinguir o poupador do caderneteiro, termo que acabo de inventar, se for copiar tenha a decência de citar meu nome.

Veja que todo caderneteiro é um poupador mas nem todo poupador é caderneteiro. O caderneteiro é muito limitado, enquanto que os poupadores espertos turbinam seus investimentos, têm um mínimo de administração e de seu caixa e, planejamento financeiro ao menos anual. Portanto raramente usarão a caderneta como instrumento de poupança.
Os poupadores turbinados fazem muito mais com o mesmo dinheiro, usando, inclusive fundos de investimento com rentabilidade já líquida de taxas de administração superiores a 100% do CDI, portanto, ganhando do rendimento da caderneta em qualquer situação, tendo a mesma segurança e liquidez também diária, sem precisar esperar datas de aniversário.


Portanto, quando na roda de amigos ou familiares, alguém te disser que é uma pessoa consciente que poupa todo mês, pergunte com cuidado: Na caderneta de poupança?

Mauro Calil é palestrante, educador financeiro, autor dos livros “Separe uma verba para ser feliz” e “A receita do bolo".

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

O crédito realmente inteligente - Por Mauro Calil


A todo o momento comerciais nos diversos meios de comunicação estimulam a população brasileira a realizar seus sonhos de consumo de uma maneira rápida e fácil, a tomada de crédito. Até mesmo governantes já estimularam este comportamento com a justificativa de manter a economia supostamente pujante. Parece que o resultado durou pouco tempo.
Em se tratando dos juros cobrados no Brasil nas operações de empréstimo à pessoa física, o crédito realmente inteligente via de regra é aquele que não é tomado, raras são as exceções e quase nenhuma está atrelada ao consumo.

Lembro de uma exceção ocorrida com uma de nossas alunas, ela entrou pela primeira vez na sala de aula da Academia do Dinheiro já aos 50 anos de idade, se queixando que sua gerente lhe recomendava títulos de capitalização como sendo o melhor investimento para ela e, ao mesmo tempo, negociava o aumento do limite de seu cheque especial. Cá entre nós, uma maldade. E apesar disto, até aqui nada de exceção, afinal tomava uma linha de crédito caro para girar seu pequeno negócio enquanto “poupava” para tentar sair do aluguel, este sim seu grande sonho.
Logo no primeiro curso de nossa grade, Método FAST de Enriquecimento, baseado no livro “Separe uma verba para ser feliz”, ela viu a tremenda bobagem que estava fazendo. Visitou de forma inteligente sua vida financeira, passou a ter planos para si e para sua empresa e começou a trilhar o caminho do enriquecimento.
Quatro anos mais tarde, no início de 2013, ela nos presenteou com seu depoimento em sala de aula. Zerara as dívidas em menos de 6 meses, acumulou em investimentos turbinados de Renda Fixa e Variável, o suficiente para dar 40% de entrada na casa própria, sendo que as parcelas do financiamento ficaram 30% mais baratas que o aluguel que já estava acostumada a pagar e, devidamente orçado.
Para tal façanha aceitou, inclusive, perder um pouco do que havia colocado nos títulos de capitalização que sequer repunham a inflação do período, e somente davam uma remota chance de contemplação em sorteio, para ter a certeza de rendimentos maiores no tesouro direto que chegaram nos anos de 2011 e 2012.Hoje já migrou para títulos privados de Renda Fixa.
Esta é uma boa exceção, se livrar de um aluguel, que é uma dívida que nada constrói ao inquilino pessoa física, e assumir um financiamento de casa própria cuja parcela é menor que o antigo aluguel.
Dito isso, não saia tomando empréstimos ou parcelando a vida para comprar TVs, carros, viagens, etc. Os juros pagos não deixarão a imagem de sua TV melhor ou farão com que o sinal de seu celular seja infalível. Da mesma forma os juros pagos não deixarão sua viagem mais divertida ou romântica, pelo contrário, podem estragar tudo assim que a conta chegar.

Lembre-se: Juro é algo bom de receber, não de pagar.
Mauro Calil é palestrante, educador financeiro, autor dos livros “Separe uma verba para ser feliz” e “A receita do bolo".

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

A explicação matemática para o aumento da inadimplência - Por Mauro Calil


Há algum tempo reencontrei um amigo de infância. Um daqueles com quem jogava bola, ia a shows na adolescência, dormíamos um na casa do outro de vez em quando, nos metíamos nas mais diversas e inocentes encrencas e, também, saíamos juntos delas, enfim amigão mesmo.

Ele me viu na TV, buscou meu nome na internet e me ligou convidando-me a ir visitá-lo em sua casa recém construída. De pronto aceitei o convite.
Obviamente fui muito bem recebido por um casal super orgulhoso de suas conquistas materiais, seu contentamento somente era menor que a felicidade de terem gerado dois filhos. Mostraram cada cômodo da casa, a área de churrasqueira, piscina, lareira, a cozinha com eletrodomésticos novinhos e todas as quatro TVs de tela plana, uma para cada pessoa dentro da casa nova.

Enquanto as crianças brincavam e nossas mulheres se conheciam (àquela época eu era casado), meu amigo fazia o churrasco e relembrávamos as mesmas histórias e piadas de 30 anos atrás (ou mais). Conversa vem, conversa vai perguntei a ele por que ainda não havia colocado vidros nas janelas? Afinal bastava abrir as venezianas para que o vento soprasse muito. Com venezianas fechadas soprava menos.

A resposta foi simples: “Tá louco Mauro? Você viu a quantidade de vidros que tenho que colocar nesta casa? O vidraceiro divide em no máximo três vezes. Assim que terminar de pagar algumas contas, vou juntar para isso.”

Ah OK. Pensei e respondi eu. Afinal trata-se de meu amigo e do dinheiro dele. Mas a atitude dele me fez pensar novamente em prioridades e premissas. Meu raciocínio é simples, para quem possui 4 TVs super modernas, para quem tem uma piscina para manter, acredito que possa comprar vidros para as janelas, afinal seriam mais importantes. Ao menos para mim seriam.

As conquistas daquela família, e de muitas outras, foram galgadas no crediário. Na recém formada cultura financeira do brasileiro encapsulada na frase “cabe no bolso”. Tal cultura é galgada em premissas temporais e por vezes etéreas como, ter um bom emprego e empregabilidade, ou se for mandado embora conseguir uma recolocação rápida. Ou ainda, o Brasil está crescendo e a inflação sobre controle. O fato é que tudo isso está passando, está se deteriorando, e as dívidas dos indivíduos e famílias continuarão.
Já quis estar errado sobre isto mas os números crescentes da inadimplência no Brasil mostram que isto está correto. A inflação em seu voo suave, pressiona orçamentos onde a prestação de quatro televisores que seria plenamente aceitável, não mais será em pouco tempo. Vejamos em números.

Imagine uma família com Receita Familiar total líquida de R$5.000,00, despesas com parcelas de tudo que é pago via financiamento: R$1.750,00 (35%), demais despesas da família R$3.000,00. Portanto sobram R$250,00.
Mesmo que todo o financiamento seja feito em parcelas fixas, as demais despesas como água, luz, telefone, alimentação, escolas, transporte, etc. sofrerão a ação da inflação, que ao alcançar 10%, transformarão os gastos de R$3.000,00 em R$3.300,00, portanto fazendo faltar R$50,00 no orçamento desta família.


Para todos que deram vazão aos seus sonhos de consumo usando o caminho do crédito, incluindo meu amado amigo que permitiu usar seu exemplo neste artigo, sugiro que verifiquem a duração de suas prestações. Tomara que terminem antes da inflação alcançar de forma devastadora as demais despesas e o orçamento familiar.
Rever seu orçamento e investir melhor, com mais rentabilidade mas, a mesma segurança dos grandes bancos, são atitudes que podem eliminar o aperto de qualquer orçamento.

Mauro Calil é palestrante, educador financeiro, autor dos livros “Separe uma verba para ser feliz” e “A receita do bolo".


quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Renda Fixa também exige diversificação



No final de 2008 e início de 2009 os investidores, enfim, enxergaram uma alternativa rentável e segura para investir na Bolsa, os Fundos Imobiliários. Eu fui um dos propagadores deste tipo de investimento que, logo depois, se popularizou. Os investidores que nos seguem e, porventura, investiram no início desta propagação, gozam até hoje dos frutos colhidos, mesmo com a queda do valor das cotas. Os rendimentos mensais ainda são muito vantajosos.
Agora quero tratar de outro assunto, a diversificação em Renda Fixa, que também é necessária. Quem já saiu da cadernetinha, quem já deixou de ser “poupanceiro”, conforme venho sugerindo há tempos, já colhe ótimos frutos em LCI, LCA e outros títulos. Porém, como tenho muitos seguidores e, muitos deles também são formadores de opinião, este investimento já se popularizou, e o resultado é que já começamos a enfrentar a falta de lastro de qualidade, ou seja, faltam títulos que nos rendam ao menos 94% do CDI, quanto menos 98% ou 100%.
A saída para isso é diversificar. E neste sentido, lembro de um questionamento que sempre recebo:

- Professor como que os bancos cobram 4, 5 ou 7% ao mês em seus empréstimos e nos remuneram em menos de 1% nas aplicações?

Obviamente que a diferença é lucro bruto da instituição. Ocorre que algumas instituições repassam grande parte deste lucro de forma segura, via Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) com ratings de investment grade e rentabilidades superiores a 100% do CDI já descontado IR, come cotas e taxa de administração. Mais uma vez, como venho alertando recentemente, isso não é ofertado a qualquer um.
Para esclarecer, FIDCs investem seus recursos em carteiras de recebíveis (empréstimos) de operações realizadas em instituições financeiras, indústria, arrendamento mercantil, hipotecas, prestação de serviços e outros títulos admitidos pela CVM. Os FIDCs foram criados com objetivo de dar liquidez ao mercado de crédito, reduzindo o risco e ampliando a oferta de recursos.

O FIDC não é o único caminho para diversificação, mas caso deseje este investimento, a escolha de um bom FIDC envolve a verificação de seu rating, pois este te dará uma ideia da qualidade dos recebíveis e certeza do fluxo, e logo em seguida dê uma olhada na quantidade de cotas subordinadas versus a quantidade de cotas seniores. Rapidamente as cotas subordinadas NÃO são comercializadas e, ficam com os emissores do fundo, sendo as últimas a receber o fluxo dos pagamentos caso ocorram problemas no recebimento.
Se um emissor retém 10% de cotas subordinadas ele “acredita menos” nos fluxos que outro que retém 20%, por exemplo. Saliento que este é somente um exemplo e a expressão “acredita menos” fica entre aspas. Na prática, um FIDC com 20% de cotas subordinadas poderia ter uma quebra de até 20% nos recebimentos que o investidor não seria prejudicado. Entendeu a sutileza?

Já o grau de investimento das agências de rating começa em Baa3 para Moody’s, e BBB- para S&P e Fitch.

De posse das informações, que tal diversificar e turbinar ainda mais seus investimentos em Renda Fixa, tornando mais segura a travessia para os difíceis tempos que virão?

*Mauro Calil é palestrante, educador financeiro, autor dos livros “Separe uma verba para ser feliz” e “A receita do bolo".


quinta-feira, 17 de abril de 2014

Procure as melhores estratégias a favor de seus investimentos - Por Mauro Calil


Um dos grandes desafios que temos hoje é organizar o nosso tempo. Independente das nossas atividades diárias, estamos cada vez mais ocupados e se organizar tornou-se um verdadeiro desafio. E organizar o orçamento, independente dos valores, também pode se tornar uma adversidade, caso não se tenha em mãos uma estratégia adequada.
Quando tratamos de ter um plano para os nossos recursos, pode ser para realizar um curso, viajar, comprar uma casa, um carro, ter um filho etc, é necessário criar um método que possibilite o alcance dos sonhos, mas que não se crie uma situação de endividamento.
Entre as ferramentas que compõem a estratégia de investimento, o tempo é um dos fatores que mais influenciam o nosso dinheiro. Adquirir um carro pode ser muito mais fácil do que comprar, por exemplo, um imóvel. Isso porque, como a diferença de valores é grande, o tempo para se juntar dinheiro para comprar um carro é bem menor do que comprar um imóvel. O tempo também impacta no valor total pago no bem em caso de financiamento. Como um financiamento de carro tem prazo menor, o planejamento financeiro será diferente do que o necessário para o financiamento de um imóvel. 
Além disso, citando isso como um exemplo mais desejado pelos brasileiros, quando decidimos comprar um imóvel, é necessário ter no mínimo 10% do valor total para ser dado como entrada. Na sequência, temos o financiamento, as taxas de registro, escrituras e certidões. Além disso, é preciso compreender que nos casos de compra do imóvel em planta, é preciso conciliar, por exemplo, com o pagamento do aluguel onde moramos. E nesses casos, é preciso ter mais atenção ao orçamento. 
Se o desejo é comprar um veículo, novo ou usado, não basta pensar no financiamento, também existem outras taxas, combustível, seguro, manutenção, etc. 
Criar um fundo de reserva é uma opção auxiliar nesses casos, pois as despesas serão inevitáveis. Ao ajustar o orçamento, a primeira ação é saldar todas as dívidas existentes. Feito isso, é só buscar as alternativas existentes no mercado que possam oferecer o melhor desempenho.
Naturalmente, existe o risco oferecido pelo mercado, mas como continuamente tenho ensinado, se tivermos boas ferramentas em mãos e nos dedicarmos diariamente a entender os recursos que dispomos, termos grandes possibilidade de realizarmos os melhores negócios. 
Entretanto, a sua estratégia também deve conter as emergências e imprevistos, ao qual todos estão sujeitos. E nesses casos, também são necessários planos alternativos. Se há um valor investido que é melhor ser resgatado em 18 meses, tenha também um montante separado em uma aplicação de menor prazo, no qual as perdas de rentabilidade e os riscos serão menores. 
Se todas as contas já foram feitas, o orçamento foi revisto e mesmo assim não é visto uma solução, pode ser um bom momento para procurar ajuda profissional. Não adianta nada você ter uma dívida de financiamento e para saldá-la você recorrer ao cheque especial.
Passar por uma situação financeira difícil é uma condição ao qual estamos todos sujeitos. Mas esse tipo de problema pode ser resolvido e nos tornar mais capacitados de gerenciar o patrimônio, seja ela de pequeno, médio ou grande valor. 
*Mauro Calil é palestrante, educador financeiro, autor dos livros “Separe uma verba para ser feliz” e “A receita do bolo”, e ex- gerente geral do Instituto Nacional dos Investidores (INI).


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Note! Assessoria de Comunicação
Fernanda Pancheri, Danieli Massone e Daniela Oliveira 
(11) 3796-9067
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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Planejamento financeiro alavanca a carreira - Por Mauro Calil



Cada vez mais, o mercado de trabalho exige melhor qualificação dos profissionais que buscam colocação ou reposicionamento no mercado de trabalho. Dominar mais de um idioma, cursar uma pós-graduação, um MBA no exterior ou qualquer outro investimento na carreira são iniciativas que necessitam de uma estratégia bem definida.

O primeiro passo para um direcionamento de carreira e a identificação das iniciativas que, no mercado almejado, serão bem reconhecidas. É preciso saber onde se deseja chegar e traçar o caminho necessário para se atingir a ascensão profissional.

Executar este plano de carreira nem sempre é tarefa fácil e requer, paralelamente, um planejamento financeiro bem estruturado. Em muitos casos, além do tempo para os estudos, é preciso um amplo investimento financeiro e, neste caso, se os recursos forem bem direcionados, podem alavancar a carreira e, consequentemente, proporcionar uma remuneração mais satisfatória.

Assim como outros planos de nossa vida, o planejamento financeiro específico para a carreira deve contemplar tudo o que é necessário para que o seu perfil possa ser destacado no mercado. E isso vale para todos os níveis profissionais, desde o empregado doméstico até grandes executivos. E, devido às exigências do mercado, essa preparação deve começar cada vez mais cedo.

Há muito tempo, ter graduação e falar inglês deixaram de ser diferenciais no currículo e passaram a ser itens obrigatórios. Hoje, o que conta mais é a nossa capacidade de trocar experiências com outras pessoas, nossa capacidade de planejar, inovar, colaborar e colocar em prática projetos que resultem em boas práticas e que gerem ganho financeiro.
Assim como no planejamento das nossas contas diárias, devemos incluir os imprevistos que possam surgir, como um reparo em nossa casa ou no carro. O planejamento para a carreira também deve incluir gastos extras, aquisição de livros, treinamentos adicionais e até mesmo um terno ou tailleur  novo no guarda-roupa quando surgir uma oportunidade de uma boa entrevista.

Se fizermos uma analogia com o mercado financeiro, o investimento na carreira profissional também contém riscos, mas, com informação e orientação, podem ser bem mensurados. Se for o momento de voltar a fazer um curso, pense na oportunidade de ampliar seus contatos e conhecer outras pessoas. Quem sabe nesse novo ambiente pode estar sua tão aguardada oportunidade profissional?

Se o seu plano for uma mudança na carreira a curto prazo e você possuir uma reserva financeira, invista  em um atividade que possa agregar ao seu currículo os valores que são importantes ao mercado de acordo com  o seu cargo. Caso tenha mais tempo e estabilidade na carreira, procure primeiro rentabilizar o seu dinheiro. Faça um investimento que possa ficar guardado a longo prazo e trace uma estratégia para cursar uma especialização ou até mesmo realizar um ano sabático.

Isso também nos ajuda a estarmos atentos aos custos que essa nova qualificação nos trará em temos de benefícios financeiros. A dica é sempre procurar investir e se qualificar em algo que o coloque acima da média dos profissionais, ou seja, ter diferenciais de destaque.
*Mauro Calil é palestrante, educador financeiro, autor dos livros “Separe uma verba para ser feliz” e “A receita do bolo”, e ex- gerente geral do Instituto Nacional dos Investidores (INI).


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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Detalhar as despesas é o primeiro passo para o enriquecimento - Por Mauro Calil


Hoje temos uma grande vontade de registrar tudo o que acontece na nossa vida. É uma verdadeira tendência mundial disseminada pelas redes sociais, blogs e sites. Se vamos viajar, nossos contatos sabem em tempo real onde estamos por meio de nossas fotos. Ao conhecer um lugar novo, imediatamente queremos opinar sobre ele, seja pela comida, paisagem, pessoas etc, ou só pelo fato de estarmos em um ambiente diferente.

Mas ao contrário do que fazemos nas redes sociais, ainda não temos a rotina de registrar todos os gastos em um caderno ou em uma planilha. E isso nos leva a uma situação muito comum: não registramos todos os gastos e terminamos o mês sem dinheiro ou com o orçamento apertado. E a pergunta que se repete todo mês é: “para onde o dinheiro está indo e porque nunca sobra nada para investir?”.

Esse tipo de situação vem do nosso comportamento de satisfazer necessidades imediatas, sem pensar muito no futuro.

É muito natural e compreensível desejarmos e trabalharmos para ter uma vida confortável. Porém, o desafio para conquistarmos isso é conhecermos o valor do nosso dinheiro e sabermos administrar os recursos, seja o salário ou outra fonte de renda que se tenha.

Muitos elementos contribuem para que tenhamos o descontrole financeiro. No entanto, eles nos são apresentados como benefícios, como a facilidade do crédito, que nos impulsiona ao consumo, o cartão de crédito, que realiza os nossos desejos para serem pagos somente após 30 dias, e o cheque especial, que amplia o nosso limite na conta. Entretanto, em todos esses casos, os juros são muito altos. Somente a taxa de juros cobrada no cheque especial varia entre 23,11% e 234,00% ao ano, segundo ranking produzido pelo Banco Central.

Controlar as nossas despesas diárias não podem ser vistas como um fator limitante, mas ela é o primeiro passo para um futuro tranquilo e próspero financeiramente. E por que não dizer que ela pode nos auxiliar na conquista do primeiro milhão de reais, ou ainda de mais outro milhão de reais. Se não temos conhecimento de quanto temos de renda e de todos os compromissos do mês, torna-se impossível medir nossa capacidade de pagamento e de poupança.

Costumo verificar que aqueles que não conseguem dar esse simples passo, ficam limitados a trabalhar apenas para o pagamento das contas, ficam oscilando entre o pagamento de juros e o ritual de verificar mensalmente o que pode ser cortado ou reduzido dos gastos.

Registrar os gastos nos leva a três fases bem distintas. A primeira é verificar qual o destino do dinheiro - isso incluirá o pequeno lanche, as gorjetas, as pequenas compras. A segunda fase será racionalizar os gastos e eliminar o supérfluo, pagar dívidas e encontrar um investimento eficaz. A terceira etapa é manter o equilíbrio das despesas e turbinar os investimentos.

A partir disso, será mais fácil manter essa rotina. E com o tempo você verá mais resultados no lado dos recursos investidos e da renda valorizada, as despesas estarão equilibradas e você poderá ter mais momentos para serem registrados, mas de uma forma financeiramente tranquila.    

*Mauro Calil é palestrante, educador financeiro, autor dos livros “Separe uma verba para ser feliz” e “A receita do bolo”, e ex- gerente geral do Instituto Nacional dos Investidores (INI).

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Planejador financeiro, o médico das finanças pessoais - Por Rogério Nakata




Estive recentemente fazendo um check-up anual de minha saúde física e conheci o Dr. Klauss um médico tipicamente de família, cabelos todos brancos, esguio, aparentando possuir por volta de 80 anos, clinicando, lúcido e de uma atenção que encanta a todos que passam pelo seu tradicional consultório. Os móveis antigos, livros de papel em sua estante com portas de vidro, sem computador, impressora ou facebook, alguns remédios fornecidos, imagino, por propagandistas sobre a mesa de madeira colonial, estetoscópio no pescoço, um pequeno receituário para descrição de medicamentos aos pacientes e papéis sulfites brancos para anotações são suficientes para seu impecável atendimento. Contudo o que mais me impressionou dos vinte minutos que estive ali não era o rústico consultório do experiente doutor de carreira nem de não ter me liberado rapidamente como em outras consultas que já fiz com outros profissionais da saúde, mas sim o seu profundo interesse em conhecer quem eu era, o que fazia, como era meu estilo de vida, o meu histórico familiar de possíveis doenças, além de medir minha altura e peso, mas também tirar pessoalmente minha pressão arterial, ou seja, uma pessoa profundamente interessada em meu Contexto de saúde. Algo bem diferente do que às vezes percebemos quando entramos numa corretora ou em uma agência bancária onde, em muitos casos, existe um maior interesse em conhecer o quanto temos em nossos bolsos para investir ou vender produtos que não precisamos e que não estão alinhados com nossos Projetos de Vida do que uma profunda preocupação com nosso Contexto. Tudo isso talvez pelo enorme número de clientes a serem atendidos, ficando praticamente impossível dar a atenção necessária e merecida, como a que obtive com o experiente e prestativo Dr. Klauss. 

Ao final do seu atendimento o mesmo me levou até a porta, agradeci a minuciosa consulta, estendi minhas mãos e recebi um caloroso cumprimento juntamente com as seguintes palavras: Não precisa agradecer, disponha, pois esse é o meu trabalho! 

É claro que saindo do seu consultório não pude deixar de fazer a inevitável e reflexiva comparação desse dedicado profissional apaixonado pela sua atividade com a nossa também apaixonante carreira de Planejador Financeiro Pessoal e Familiar que necessita, por sinal, da mesma riqueza de detalhes para cuidar de outro tipo de saúde que é a financeira e que quando mal gerida pode desencadear uma série de doenças patológicas, emocionais e de ordem social. Possuir um profundo conhecimento e interesse genuíno pelo Contexto do cliente é a razão de ser de um planejador que não somente se envolve, mas, se compromete em alinhar os anseios e Projetos de Vida dessas famílias. Não há interesse em vender produtos, porém sim de ajudá-los não só a fazer mais com aquilo que ganham, mas de lhes proporcionar um meio pelo qual possam construir as verdadeiras razões pelas quais eles estarão dispostos a se dedicar para a realização de seus Sonhos. É óbvio que ninguém acorda pela manhã "morrendo" de vontade em contratar um Planejador Financeiro, pois talvez nem conheça a profissão e onde buscar esse auxílio profissional. No entanto, deveria e muito pensar a respeito, pois em países com tradição de 4 décadas como nos Estados Unidos é comum os casais buscarem o auxílio desse profissional para que este possa ajudá-los a dar um primeiro importante passo nesse mundo complexo do dinheiro e das finanças pessoais, pois como Planejadores Financeiros temos a oportunidade de ouvir as pessoas e dedicar integralmente às suas necessidades para que consigam obter um melhor relacionamento com o seu dinheiro buscando não só entender seu Contexto, mas, também em questões relacionadas à diminuição ou eliminação do seu endividamento.  

Um Planejador Financeiro também pode auxilia-lo em questões tributárias, na escolha do melhor regime de comunhão, transferência de patrimônio para as futuras gerações através de um adequado planejamento sucessório, mas também são tratados assuntos nunca antes detalhados e de extrema importância como a garantia da proteção do seu patrimônio começando pelo básico que é a segurança imediata daqueles que dependem financeiramente de você além de ajudá-lo a entender o investidor que você em detrimento ao investimento que você faz. Tudo isso é o que esse profissional pode fazer por sua vida e pela sua saúde financeira e por isso é considerado com umas das 30 profissões do futuro segundo o ranking de Carreiras do Futuro da Revista Você S/A e, portanto, conhecido como o verdadeiro médico das finanças pessoais. Por essa razão quando se tem um problema em seu carro você procura um mecânico e quando está com dor de dente você busca um dentista e não o contrário. Assim para cuidar de suas Finanças Pessoais e de seu Patrimônio Financeiro nada melhor contar com alguém que não se dedica somente a uma árvore, mas que conhece a floresta e que pode lhe guiar pelas trilhas e vales que lhe levarão rumo aos seus cobiçados Projetos de Vida, alicerçados por um adequado e dinâmico Planejamento Financeiro suportado, por sua vez, por um profissional tarimbado e treinado para essa finalidade que é o Planejador Financeiro Pessoal e Familiar. 

Enfim, acho que entendo perfeitamente quando o Dr. Klauss diz que é apenas seu trabalho, pois, a verdadeira recompensa de nossa atividade não está no agradecimento, mas, assim como o médico, está na capacidade de tocar e mudar vidas como também de preservá-las. 

Rogério Nakata é Planejador Financeiro Certificado pelo IBCF - Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros, Embaixador CFP® para o Vale do Paraíba, Agente Autônomo de Investimentos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Palestrante sobre os temas Educação Financeira e Planejamento Financeiro de grandes organizações (www.economiacomportamental.com.br)


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Aproveite o início do ano para fazer um investimento diferente - Por Mauro Calil


Se todo início de ano temos uma tendência de estabelecermos uma série de novos planos, essa é mais uma oportunidade de darmos um novo rumo ao dinheiro, independente se for aquele que já está aplicado ou aquele que anda sobrando na carteira.

Iniciamos 2014 com muitas mudanças na economia e vale a pena listar algumas delas. Para começar temos uma elevação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que se refletiu muito na alta dos preços dos automóveis, móveis e eletrodomésticos. Os impostos como o IPTU, IPVA, além do material escolar e das contas das férias, geralmente chegam com reajuste nos valores.

Também encerramos 2013 com aumento no custo do orçamento doméstico, ocasionado, entre outras coisas, pela inflação que tornou o preço dos alimentos e bebidas 8,48% mais altos. Pode parecer um cenário desanimador, mas para não enfrentarmos os mesmos problemas financeiros de 2013, esse é um bom momento para fazermos algo novo pelo nosso dinheiro. Pois, dessa forma, temos uma boa perspectiva para os outros meses do ano.

Se notamos que mesmo possuindo o dinheiro aplicado não conseguimos elevar nosso padrão de vida, ou o valor investido não foi capaz de trazer mais conforto ou não realizou algum sonho de consumo, essa é a melhor hora de termos um plano alternativo. Isso se remete a comparar os produtos existentes no mercado financeiro com os oferecidos pelas instituições bancárias.

Engana-se quem pensa que para fazer uma aplicação em Tesouro Direto, renda variável ou os fundos imobiliários, por exemplo, é necessário ter muito dinheiro ou ser experiente no mercado financeiro. Um exemplo simples é o Tesouro Direto que consiste na venda de títulos públicos para pessoas físicas, com a segurança oferecida pela BM&FBOVESPA. Para iniciar uma aplicação nessa modalidade é permitido o investimento a partir de R$ 30,00, e todas as informações e a compra do título podem ser obtidas e realizadas pela Internet.

E posso garantir que se você mudar hábitos dos pequenos gastos, que passam despercebidos no cotidiano, já poderá iniciar seu investimento no Tesouro Direto.

Procure realizar um investimento diferenciado nesse início de ano. Se no ano passado todos os seus recursos estavam disponíveis em caderneta de poupança e o seu rendimento foi praticamente nulo, é hora de mudar. Informe-se, procure conhecer as regras de outros investimentos, pois há ainda onze meses e meio para ter um novo cenário financeiro.

Se entre sua lista de metas para 2014 estão àqueles planos ousados como viajar para o exterior, correr alguma maratona ou parar de fumar, um investimento diferenciado também irá requerer motivação, conhecimento e disciplina. Coloque nas suas metas para este ano se dedicar quinze minutos por dia para entender as variadas possibilidades do mercado financeiro brasileiro. Assim, além de aprender a gerenciar sua renda, também aprenderá o valor real do seu poder de compra  e como ser bem sucedido financeiramente. 

Aproveite esse momento para valorizar dois elementos muito preciosos: o tempo novo que está diante de nós e a valorização do seu patrimônio, que assim como você, também precisa de novos desafios em 2014.

*Mauro Calil é palestrante, educador financeiro, autor dos livros “Separe uma verba para ser feliz” e “A receita do bolo”, e ex- gerente geral do Instituto Nacional dos Investidores (INI).


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