terça-feira, 23 de julho de 2013

Jovens: futuros candidatos a endividados? Por Arethuza Helena Zero


Atualmente, uma parcela considerável dos jovens possuem dívidas. Quais são as causas das dívidas? As mais diversas! Muitos jovens são imediatistas, impacientes e ansiosos. Dessa forma, na ânsia de realizarem os seus desejos, não conseguem medir as consequências de um consumo exagerado.

Esses jovens precisam acompanhar a turma, a galera, ou seja, precisam estar presentes nas baladas e bares do momento; as suas roupas e seus acessórios, devem acompanhar a tendência, afinal, não podem estar fora de moda. Andar a pé, nem pensar! E quando atenderem o celular, não podem “fazer feio”!
Você sabia que o celular e o carro são os bens que mais levam o consumidor jovem ao endividamento?

O que esses jovens devem esperar de sua vida financeira no futuro?
As atitudes que mencionamos os levarão a um verdadeiro descontrole financeiro. Muitos chegarão no final do mês, sem saber aonde foi parar o dinheiro. Sem contar que, certamente, o salário acabará antes do mês.

Provavelmente, um jovem que se comporta dessa maneira, ainda não ouviu falar em Educação Financeira. Infelizmente, são futuros candidatos a endividados.
A maioria dos jovens não sabe o que fazer com o dinheiro, como gastar, poupar ou investir. Eles não sabem para onde vai o seu dinheiro. A falta de Educação Financeira, os impedem de planejar e estabelecer metas e objetos.
Sabemos que sem disciplina e Educação Financeira, dificilmente os objetivos serão alcançados. Além disso, os jovens sem Educação Financeira, não conseguirão estabelecer objetivos de curto, médio e longo prazos.

Faça um teste:
Coloque no papel quais são os seus objetivos a curto, médio e longo prazos. Em seguida, estime quanto de dinheiro você precisa guardar e por quanto tempo.
Achou difícil? Quais são as reais condições para você alcançar os objetivos que imaginou?
A partir de agora, antes de consumir algum produto ou serviço, faça a seguinte pergunta: “eu realmente preciso disso nesse momento ou posso esperar mais um pouco?”

Não seja imediatista, comece a pensar a longo prazo.
Tenha uma vida tranquila, tanto no presente quanto no futuro!


Até o próximo!

Arethuza Helena Zero

Consultora e Educadora Financeira, realiza estudos na área de Educação Financeira para crianças e adolescentes. É autora da série “Os primeiros Passos da Educação Financeira”.www.educafinanceira.com.brwww.facebook.com/EducaFinanceirawww.twitter.com/efinanceira

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Interpretando o clamor das ruas. Por Rogério Nakata


De uma coisa todos nós sabemos quando viemos para esse mundo é que um dia partiremos dessa para melhor e a outra que pagaremos impostos. A pergunta é: Será que precisavam ser tantos impostos assim? Só para se ter uma ideia temos quase 90 impostos que permeiam desde a nossa receita à nossa transferência de bens em caso de falecimento, ou seja, desde que nascemos pagamos imposto.
Só o ano passado segundo um placar gigantesco chamado de Impostômetro situado na Junta Comercial em São Paulo registrou mais de 1 trilhão e 700 bilhões de reais pagos em impostos no Brasil. A carga tributária pesada e considerada uma das maiores do mundo chega a representar 36,2% do PIB, maior até do que a média da União Europeia, mas também em comparação a nossos vizinhos como Argentina (33,5% PIB) e Uruguai (27,18%).
Somos segundo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) dentre os 30 países pesquisados o de pior retorno em melhorias e benefícios à sua população. Diante disso fica fácil entender, sem ser político, o clamor das ruas que não se queixam por 20 centavos de desconto na passagem de ônibus, mas sim do retorno precário dos impostos pagos de forma assídua e porque não dizer imposta.
O clamor não está em criar mais um centro educacional, mas sim em prover educação de qualidade às escolas que já existem, em remunerar melhor aqueles que ensinarão o futuro da nação: as crianças e adolescentes, que hoje se perguntam o que é uma manifestação?
Mesmo sem saber direito o que é uma manifestação todos temos o motivo de se indignar ao pagar 4 vezes mais por um smartphone que poderia ser razoavelmente vendido por um preço mais justo sem a necessidade de se trabalhar 160 horas contra 27,5hs de um americano para adquirir um mesmo aparelho. E porque pagar 203 mil reais em um Camaro Amarelo se este mesmo veículo custa 65 mil reais nos EUA? Um Honda Fit fabricado em terras brasileiras mais precisamente em Sumaré, SP custa à bagatela de 52 mil reais contra o mesmo carro que exportando para o México fica em R$31.400, ou seja, R$20 mil a menos.
O pior disso tudo é que os mais pobres acabam pagando mais do que os ricos porque a nossa carga tributária é baseada em cima do consumo e não sobre a renda, ou seja, uma pessoa que ganha até dois salários mínimos pode pagar 48% de impostos contra quem ganha 30 salários mínimos e que paga 26%. Como queremos incentivar o consumo e o crescimento econômico de um país com tamanha desigualdade não só de renda, mas também de tributos cobrados. Trabalhamos 155 dias só para o pagamento de impostos e uma pessoa de 40 anos até seus 72 pagará 29 anos de sua vida só em impostos.  
Bem o problema como dissemos não está em pagarmos mais tributos, pois existem países que pagam muito mais como a Finlândia 43% do PIB e Dinamarca 45% do PIB, mas está no RETORNO e na GESTÃO desses recursos que ao longo de muitos anos arrecadamos muito e investimos pouco na educação, na saúde e no bem-estar das famílias brasileiras. Somos um dos países que mais consegue arrecadar em impostos de todas as Receitas Federais do mundo, pois não é a toa que os computadores e sistemas da Receita Federal brasileira são chamados de T-Rex, uma analogia a um dos maiores predadores da pré-história e não há logotipo mais intimidador do que um leão para mostrar toda a sua força ao abocanhar sua presa, o contribuinte.

O clamor das ruas não está na construção de mais estádios e sim na manutenção das santas casas, dos hospitais, do sistema de ensino, na segurança pública, na pavimentação de ruas e estradas, no reavivamento das estradas de ferro e não na construção de trens balas ou na distribuição de pão e circo à população de um país que ainda anseia pela ordem e pelo progresso.

Rogério Nakata

Rogério Nakata é Planejador Financeiro Certificado pelo IBCF - Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros, Embaixador CFP® para o Vale do Paraíba, Agente Autônomo de Investimentos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Palestrante sobre os temas Educação Financeira e Planejamento Financeiro de grandes organizações.
www.economiacomportamental.com.br

Porque insisto em colocar os gastos no papel? Por Mauro Calil



Para aqueles que trabalham ou lecionam sobre educação financeira há um conselho unânime, uma regra básica a ser seguida à risca. Quem deseja ter sucesso financeiro ou equilibrar as contas precisa colocar todos os gastos no papel.

Visualizar os gastos é importante e o modo de fazer isso é muito particular. Pode-se fazer em uma planilha no computador ou em um caderno. Pode-se também registrar os gastos diariamente ou reunir todos os comprovantes e registrar de uma só vez no controle no final de semana. Dessa maneira a forma não importa muito, mas a regularidade e a fidelidade nos dados, inclusive dos centavos, irão revelar como anda sua vida financeira. 

Isso pode parecer um discurso repetitivo, mas o detalhamento dos nossos gastos é como se fosse uma radiografia das nossas finanças. Quando detalhamos e visualizamos todas nossas despesas, conseguimos enxergar com o que gastamos, quais são os desperdícios, quais são nossas obrigações mensais e como é o nosso padrão de consumo.

Tenho o costume de dizer que um bom planejamento financeiro, que nos dê segurança, precisa considerar o que acontece em cada fase da nossa vida, pois em cada uma delas haverá diferentes demandas, necessidades, estímulos e desejos. E para que todas, ou grande parte delas, possam ser supridas da melhor forma possível é ideal ter uma estratégia pré-definida. Aos 20 anos você pode desejar cursar uma universidade, fazer uma viagem, comprar um carro. Já aos 30 anos você quer uma casa, por exemplo, e assim sucessivamente.

Mas independente do sonho que cada um de nós possui, devemos compreender que o dinheiro pode chegar até nós de diversas formas. Pode ser pelo nosso trabalho, renda extra, mesada dos pais, herança etc. Mas ele pode acabar e faltar em uma velocidade muita rápida. E aí vêm as conclusões mais óbvias, como, por exemplo, o salário acaba antes de chegar o final do mês e não conseguimos honrar todos os nossos compromissos.

É nesse momento em que nos perguntamos: “Para onde está indo o dinheiro?”. O início do sucesso do planejamento financeiro será com uma planilha detalhando todos os seus gastos. Muitos pensam só nos gastos mais altos, como a parcela do carro ou da casa, um curso etc, mas deixam passar o cafezinho, o happy-hour e algum presente de aniversário inesperado, por exemplo. Se o dinheiro do cafezinho, do pãozinho e de tantos outros gastos pequenininhos não forem computados, todo mês será igual ao anterior: com falta de dinheiro e torcendo para que o mês seguinte e o salário cheguem logo (um desejo que não faz desaparecer as dívidas).

A prática no início pode parecer penosa, mas garanto que esse é o passo inicial do processo de enriquecimento. Não custa nada lembrar que como qualquer outra atividade em nossa vida, formar um bom patrimônio requer disciplina e tempo. O correr do tempo não está em nossas mãos, mas a disciplina nas nossas finanças pode ser controlada desde já.

Pense nisso e comece a executar o seu sucesso financeiro.  

      
Mauro Calil
Palestrante, educador financeiro, fundador da Academia do Dinheiro, e autor dos livros “Separe uma verba para ser feliz” e “A receita do bolo”.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

A sustentabilidade do Planeta e do seu Bolso - Por Arethuza Helena Zero



Será que ainda existe uma pessoa que acredita que os recursos naturais existentes no planeta são inesgotáveis? É possível continuarmos explorando os recursos naturais e gerando lixo por um tempo indefinido? Certamente você sabe as respostas para essas perguntas. E os seus recursos financeiros, são vastos? Você acredita que eles são infinitos?

Quando o homem parou e fez os cálculos precisamente, computando em quilômetros quadrados as florestas desmatadas e em toneladas a quantidade de lixo gerada, a reposta veio imediatamente. O planeta não suportará por muito tempo a exploração de seus recursos.

Assim como o planeta não suporta o uso excessivo e desmedido dos recursos, o seu bolso também precisa que os recursos financeiros sejam utilizados de maneira sustentável.
Se projetarmos o uso dos recursos do planeta para décadas e séculos, veremos que o déficit se multiplicará exponencialmente, ou seja, algo precisa ser feito para que o planeta não seja destruído.

Hoje, muitas iniciativas das empresas para preservar o meio ambiente estão virando moeda de troca de alto valor. As ações de reflorestamento, por exemplo, podem ser trocadas por créditos de carbono.

Se a empresa reduz em uma tonelada a emissão de dióxido de carbono na atmosfera, por exemplo, ganha um crédito de carbono. O certificado pode ser vendido no mercado internacional, para empresas que poluem a atmosfera com os seus processos produtivos e não conseguem reduzir as emissões aos níveis exigidos.

Quando falamos em dinheiro, as pessoas fazem exatamente ao contrário. Ou seja, vivem acima do “orçamento sustentável”, sendo assim, o déficit gerado por esse comportamento leva ao endividamento.

Lembre-se que, quanto maior é o endividamento, menor é a disponibilidade de dinheiro para realizar seus projetos de vida. É fundamental reverter esse ciclo para que qualquer pessoa, família, empresa ou país viva de forma sustentável.

O planeta precisa de socorro, precisamos de ações que busquem a sustentabilidade. Isso não é diferente com o seu bolso, pois somente com uma mudança de comportamento, você poderá ter uma vida financeira sustentável.


É preciso refletirmos sobre os nossos hábitos e atitudes em relação ao dinheiro para mantermos uma vida financeira saudável.

Continue seguindo nossas dicas!


Arethuza Helena Zero

Consultora e Educadora Financeira, realiza estudos na área de Educação Financeira para crianças e adolescentes. É autora da série “Os primeiros Passos da Educação Financeira”.
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Até o próximo!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O ciclo vicioso do endividamento - Por Berandette Vilhena



O comportamento de endividamento, sentimento de culpa e frustração tem sido muito comum em nossos dias. Tal modelo permanece mesmo que saibamos sobre o princípio básico das finanças pessoais: gastar menos do que se ganha. Mas nossos instintos consumistas são altamente estimulados diariamente!

A questão envolve comportamento. Compramos para satisfazer necessidades primárias, para obter prazer ou aliviar as dores. Com qual motivo faz sentido para você? Sua última compra foi feita para atender qual tipo de necessidade? Essa pergunta é para provocar um momento de conhecimento dos seus motivos para comprar e assim evidenciar ocasiões em que existe consumismo no lugar de consumo consciente.

Lembre-se que o consumo consciente traz consigo os benefícios de uma compra bem feita e prazerosa, já o consumismo geralmente carrega a culpa, o arrependimento e endividamento.

Ficarmos atentos aos nossos comportamentos nos leva dia a dia a uma vida mais saudável financeiramente. O principal é buscar a coerência interior. Quando algo não vai bem é provável buscarmos preencher o vazio ou disfarçar as insatisfações comprando. Motivações emocionais se sobrepõem as racionais em muitos momentos. Ficamos presos em situações repetitivas. A razão disso é nosso padrão interno, crenças pessoais.

Para sair dessas situações primeiramente é preciso olhar para si e procurar encontrar os motivos: eles são gatilhos para esses comportamentos não desejados.  
Abraços a todos!

Bernadette Vilhena                                                                   
www.vilhenapedagogiaempresarial.blogspot.com


Pedagoga Empresarial, especialista em Gestão de Pessoas  possui estudos na área de Ergologia, Administração, Educação Corporativa e Desenvolvimento Humano.
Educadora Financeira com foco em comportamento é responsável pela seção Pedagogia Econômica do site Dinheirama. Seus artigos abordam as questões ligadas a Educação Financeira Infantil e a Alfabetização Financeira de adultos.












quarta-feira, 3 de julho de 2013

Filhos, estes nossos pequenos grandes vendedores - Por Silvia Alambert



Costumo dizer que os filhos são os nossos melhores vendedores. Eles nos vendem tudo. Cheios de técnicas e artimanhas, eles são capazes de convencer os pais desatentos a comprarem desde coisinhas alimentícias antes do jantar até ingressos de R$ 700,00 em shows ou games infindáveis. Ao final das contas, eles conseguem fazer com que os pais embarquem nos desejos desenfreados de consumo deles e fazem com que os pais também sobreponham esses desejos como sendo uma prioridade e esteja um nível acima de qualquer necessidade da família, sem se importarem se com essa atitude eles estarão afetando o orçamento e mesmo o futuro financeiro da família. 

Os pais devem entender que eles são dotados de poderes mágicos para fazer com que os filhos entendam sobre as relações de consumo, já que são eles os detentores do dinheiro. Acontece, porém, que no ritmo frenético em que as coisas acontecem e a supervalorização do TER, os pais - por também estarem buscando a realização de sonhos a qualquer preço - abrem mão de pensarem no futuro financeiro da família a fim de realizarem sonhos de consumo de maneira imediata e desorganizada. 

Assim, os filhos vão criando uma imagem distorcida com relação à linguagem das relações entre trabalho, dinheiro e consumo.

Quando a família trabalha essas relações junto aos filhos, todo mundo ganha e a criança passa a ser mais determinada com as coisas que realmente tem importância e que farão diferença na vida dela. Temos alguns exemplos de crianças dentro do programa, mas este foi um bem marcante em virtude da tranquilidade da aluna ao expor ao grupo porque a opção de viagem de férias foi postergada naquele ano: “Estamos terminando de reformar a nossa  casa e isso gasta muito dinheiro. Meu quarto vai ser lindo e eu já estou escolhendo os objetos que eu quero.”

Quem ama, também educa financeiramente.

Silvia Alambert
Educadora Financeira
Diretora Executiva – Brasil
The Money Camp