quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Aproveite o início do ano para fazer um investimento diferente - Por Mauro Calil


Se todo início de ano temos uma tendência de estabelecermos uma série de novos planos, essa é mais uma oportunidade de darmos um novo rumo ao dinheiro, independente se for aquele que já está aplicado ou aquele que anda sobrando na carteira.

Iniciamos 2014 com muitas mudanças na economia e vale a pena listar algumas delas. Para começar temos uma elevação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que se refletiu muito na alta dos preços dos automóveis, móveis e eletrodomésticos. Os impostos como o IPTU, IPVA, além do material escolar e das contas das férias, geralmente chegam com reajuste nos valores.

Também encerramos 2013 com aumento no custo do orçamento doméstico, ocasionado, entre outras coisas, pela inflação que tornou o preço dos alimentos e bebidas 8,48% mais altos. Pode parecer um cenário desanimador, mas para não enfrentarmos os mesmos problemas financeiros de 2013, esse é um bom momento para fazermos algo novo pelo nosso dinheiro. Pois, dessa forma, temos uma boa perspectiva para os outros meses do ano.

Se notamos que mesmo possuindo o dinheiro aplicado não conseguimos elevar nosso padrão de vida, ou o valor investido não foi capaz de trazer mais conforto ou não realizou algum sonho de consumo, essa é a melhor hora de termos um plano alternativo. Isso se remete a comparar os produtos existentes no mercado financeiro com os oferecidos pelas instituições bancárias.

Engana-se quem pensa que para fazer uma aplicação em Tesouro Direto, renda variável ou os fundos imobiliários, por exemplo, é necessário ter muito dinheiro ou ser experiente no mercado financeiro. Um exemplo simples é o Tesouro Direto que consiste na venda de títulos públicos para pessoas físicas, com a segurança oferecida pela BM&FBOVESPA. Para iniciar uma aplicação nessa modalidade é permitido o investimento a partir de R$ 30,00, e todas as informações e a compra do título podem ser obtidas e realizadas pela Internet.

E posso garantir que se você mudar hábitos dos pequenos gastos, que passam despercebidos no cotidiano, já poderá iniciar seu investimento no Tesouro Direto.

Procure realizar um investimento diferenciado nesse início de ano. Se no ano passado todos os seus recursos estavam disponíveis em caderneta de poupança e o seu rendimento foi praticamente nulo, é hora de mudar. Informe-se, procure conhecer as regras de outros investimentos, pois há ainda onze meses e meio para ter um novo cenário financeiro.

Se entre sua lista de metas para 2014 estão àqueles planos ousados como viajar para o exterior, correr alguma maratona ou parar de fumar, um investimento diferenciado também irá requerer motivação, conhecimento e disciplina. Coloque nas suas metas para este ano se dedicar quinze minutos por dia para entender as variadas possibilidades do mercado financeiro brasileiro. Assim, além de aprender a gerenciar sua renda, também aprenderá o valor real do seu poder de compra  e como ser bem sucedido financeiramente. 

Aproveite esse momento para valorizar dois elementos muito preciosos: o tempo novo que está diante de nós e a valorização do seu patrimônio, que assim como você, também precisa de novos desafios em 2014.

*Mauro Calil é palestrante, educador financeiro, autor dos livros “Separe uma verba para ser feliz” e “A receita do bolo”, e ex- gerente geral do Instituto Nacional dos Investidores (INI).


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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Planejador financeiro, o médico das finanças pessoais. - Por Jogério Nakata



Estive recentemente fazendo um check-up anual de minha saúde física e conheci o Dr. Klauss um médico tipicamente de família, cabelos todos brancos, esguio, aparentando possuir por volta de seus 80 anos de idade, clinicando, lúcido e de uma atenção que encanta à todos que passam pelo seu simples e tradicional consultório, com móveis antigos, muitos livros de papel em sua estante com portas de vidro, sem computador, impressora ou facebook, alguns remédios fornecidos, imagino, por propagandistas sobre a mesa, estetoscópio no pescoço, um pequeno receituário para descrição de medicamentos aos pacientes, papeis sulfites brancos para anotaçoes porém o que mais me impressionou dos vinte minutos que estive ali não era o rustico consultório e nem de não ter me liberado rapidamente como em outras consultas que já fiz com outros profissionais da saude mas sim o seu profundo interesse em conhecer quem eu era, o que fazia, como era meu estilo de vida, o meu histórico familiar de possíveis doenças, além de medir minha altura e peso mas também tirar pessoalmente minha pressão arterial, ou seja, uma pessoa profundamente interessada em meu Contexto de saúde. Algo bem diferente do que as vezes percebemos quando entramos numa corretora ou em uma agência bancária onde, em muitos casos, existe um maior interesse em conhecer o quanto temos em nossos bolsos para investir ou vender produtos que não precisamos e que não estão alinhados com nossos Projetos de Vida do que uma profunda preocupação com nosso Contexto. Tudo isso talvez pelo enorme número de clientes a serem atendidos ficando praticamente impossível dar uma atenção necessária e merecida como a que obtive com o experiente e prestativo Dr. Klauss. No final  me levou até a porta, agradeci a minuciosa consulta, estendi minhas mãos e recebi caloroso cumprimento juntamente com as seguintes palavras: Nao precisa agradecer, disponha pois esse é o meu trabalho.

É  claro que ao longo de todo o período em que estive em seu escritório não pude deixar de perceber a inevitável e reflexiva comparação desse dedicado profissional apaixonado pela sua atividade com a nossa também apaixonante carreira de Planejador Financeiro Pessoal e Familiar que necessita da mesma riqueza de detalhes para cuidar de um outro tipo de saúde que é a financeira que quando mal gerida pode desencadear uma série de doenças patológicas, emocionais e de ordem social. Possuir um profundo conhecimento e interesse genuíno pelo Contexto do cliente é a razao de ser dos planejadores que nao somente se envolvem mas, se comprometem e estão alinhados com os anseios e Projetos de Vida dessas famílias. Não há interesse em vender produtos mas sim de ajudá-los não só a fazer mais com aquilo que ganham mas de lhes proporcionar um meio pelo qual possam construir as verdadeiras razões pelas quais eles estarão dispostos a se dedicar para a realização de seus Sonhos.  É óbvio que ninguém acorda pela manhã morrendo de vontade em contratar um Planejador Financeiro mas deveria e muito pensar a respeito pois em países com tradição de 4 décadas como nós Estados Unidos é comum os casais buscarem o auxílio de um profissional que possa ajudá-los a dar um primeiro passo nesse mundo complexo do dinheiro e das finanças pessoais pois como Planejadores Financeiros temos a oportunidade de ouvir as pessoas e dedicar integralmente às suas necessidades para que possam obter um melhor  relacionamento com o seu dinheiro buscando não só entender seu Contexto ou a construir um mas, também em questões relacionadas a diminuição ou eliminação do seu endividamento. Um Planejador Financeiro também pode auxilia-lo em questões tributárias, na escolha do melhor regime de comunhão, transferencia de patrimônio para as futuras gerações através de um adequado planejamento sucessório, em assuntos nunca antes detalhados mas de extrema importância como a garantia da proteção do seu patrimônio começando pelo básico que é a segurança imediata daqueles que dependem financeiramente de você além de ajudá-lo a entender o investidor que você é antes de iniciar seus investimentos. Tudo isso é o que esse profissional pode fazer por sua vida e pela sua saúde financeira e por isso é considerado com umas das 30 profissões do futuro segundo o ranking de Carreiras do Futuro segundo a Revista Você S/A e portanto conhecido como o verdadeiro médico das finanças pessoais. Por essa razão quando se tem um problema em seu carro você procura um mecânico e quando está com dor de dente você busca um dentista e não o contrário. Assim para cuidar de suas Finanças Pessoais e de seu Patrimônio Financeiro nada melhor contar com alguem que não se dedica somente a uma árvore mas que conhece a floresta e que possa lhe guiar pelas trilhas e vales e que lhe levará rumo aos seus cobiçados Projetos de Vida alicerçados por um adequado e dinâmico Planejamento Financeiro suportado, por sua vez, por um profissional treinado para essa finalidade que é o Planejador Financeiro Pessoal e Familiar.


Enfim acho que entendo perfeitamente quando o Dr. Klauss diz que é apenas seu trabalho pois a verdadeira recompensa de nossa atividade não está no agradecimento sincero mas assim como o médico está não somente na capacidade de tocar e mudar vidas mas também de preserva-las.

Rogério Nakata é Planejador Financeiro Certificado pelo IBCF - Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros, Embaixador CFP® para o Vale do Paraíba, Agente Autônomo de Investimentos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Palestrante sobre os temas Educação Financeira e Planejamento Financeiro de grandes organizações (www.economiacomportamental.com.br)

PIB, Educação e Qualidade de Vida do Brasileiro - Por Jogério Nakata



PIB ou Produto Interno Bruto nada mais é que a soma de todas as riquezas produzidas no país sejam por empresas nacionais ou estrangeiras. Pode-se dizer que um país está em recessão técnica quando há queda por pelo menos dois trimestres consecutivos no índice significando um mau sinal no rumo da política econômica adotada por um país.
Com o “Pibinho” de 1% em 2012 e com a expectativa de crescermos menos do que podíamos e necessitaríamos, resultando muito provavelmente num PIB de 2,5% nesse ano, surge novamente o sentimento desagradável de que estamos dando mais um novo “voo da galinha”. Somente neste terceiro trimestre já estamos com o pior desempenho (-0,5%), segundo o IBGE, e em comparação a países que estão no centro da crise como França e Itália com -0,1%, Espanha com 0,1%, Alemanha 0,3% e Estados Unidos que voltou a crescer com um PIB no trimestre de 0,7% mostra que o Brasil continua “andando de lado”.

Muitos não sabem, mas apesar do PIB representar o crescimento do país ele não reflete o mais importante que é o aumento da Qualidade de Vida das famílias brasileiras, ou seja, não são levados em consideração atributos importantes como distribuição de renda, investimentos em educação, saúde, saneamento básico, etc.

Quando tratamos de investimentos produtivos continuamos deixando a desejar, pois, o investimento atual não passa de 19% do PIB, sendo que até nossos vizinhos investem mais do que o Brasil como é o caso do Chile e da Colômbia com 27% do PIB e Peru com 30% do PIB. A falta de investimentos adequados além de impedir o crescimento do país faz com que tenhamos um reflexo direto na inflação, pois, sem investimentos em infraestrutura, em educação, em portos, aeroportos, rodovias, ferrovias e hidrovias o custo de produção, mão-de-obra e transporte encarecem os produtos e serviços vendidos ao consumidor final. Além disso, torna-se ainda mais difícil a destinação de recursos por parte do setor privado para a instalação de novas fábricas ou ampliação de seu parque industrial em função dessa incerteza gerada que poderia ser estancada pelo próprio Estado. Somados a isso, ainda contamos com uma carga tributária de 34% do PIB, que é do dobro da de nossos vizinhos mostrando que toda essa arrecadação ainda parece ser insuficiente para resolver os gargalos do desenvolvimento. Poupando pouco, arrecadando muito, mas gastando mais ainda para manter uma máquina inchada, lenta e porque não dizer burocrática limita, com isso, a agilidade nos negócios postergando ou até cancelando investimentos, mudando por parte do empresariado, as velas e direcionando o vento para outros países vizinhos que fazem seu devido dever de casa e que apesar de serem menores do que o nosso não se intimidam em continuar superando desafios e crescendo ano após ano.

No caso da Educação a pesquisa apresentada essa semana pelo PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) mostra que dentre as 65 nações pesquisadas estamos em 58º. lugar no desempenho escolar, ou seja, salientando mais uma vez que estamos longe do ideal perdendo não só na formação educacional, mas também profissional desses estudantes.  O Brasil investe apenas 5,3% do PIB. Só para se ter uma ideia, o investimento realizado em um aluno norte-americano é seis vezes maior do que a quantia que é aplicada na educação de um estudante brasileiro, aí o resultando e a comparação com outros países, conforme dados do PISA, em um de três dos quesitos avaliado sendo um deles a Matemática:

1º. Lugar – Xangai (China) 613 pontos
2º. Lugar – Cingapura 573 pontos
3º. Lugar – Hong Kong (China) 561 pontos
4º. Lugar – República da China 560 pontos
5º. Lugar – Coréia 554 pontos
58º. Lugar – Brasil 391 pontos.

Infelizmente isso mostra que o investimento em Educação continua precário, pois, com base em dados de 2010 a média da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) de investimento por aluno foi de US$9.014,00 enquanto que o Brasil, um pouco mais de um quarto disso, US$2.571,00 por aluno.

Bem mas o que isso tem haver com nosso Planejamento Financeiro? Podemos dizer que tudo, ou seja, isso demonstra que a cada dia que passa teremos que ser mais “individualistas” na forma como lidamos com nosso dinheiro aprendendo a fazer mais com menos, a fazer mais com aquilo que ganhamos, a depender menos das instituições públicas e privadas, a verificar com mais atenção e a realizar os ajustes em nossos Orçamentos Financeiros Pessoais e Familiares, a identificar e eliminar ralos e desperdícios, portanto, será cada vez mais necessário que controlemos nossas vidas financeiras assumindo a direção e o banco do motorista ao invés de estarmos simplesmente sentados no banco do carona assistindo como meros telespectadores os fatos a nossa volta.


Rogério Nakata é Planejador Financeiro Certificado pelo IBCF - Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros, Embaixador CFP® para o Vale do Paraíba, Agente Autônomo de Investimentos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Palestrante sobre os temas Educação Financeira e Planejamento Financeiro de grandes organizações (www.economiacomportamental.com.br)

Novas atitudes nos investimentos para um novo 2014 - Por Mauro Calil



Quando nos propomos a alguma mudança na nossa carreira, no ambiente de trabalho, em casa com a família, enfim, em todos os ambientes em que circulamos, precisamos de algumas ferramentas como uma estratégia bem definida para atingir nossos alvos. Mas se para realizar cada sonho ou meta sempre usamos o mesmo caminho, teremos grandes chances de sempre conseguir o mesmo resultado e não acontecer nada de novo.

Com o dinheiro que você ganha é exatamente igual. Se sempre forem feitas as mesmas escolhas, há uma grande possibilidade de que nada mude. Apesar de vivermos uma história de estabilidade econômica nacional, ao mesmo tempo somos influenciados pelas decisões e mudanças mundiais.

Ao chegarmos no final do ano, é comum reavaliarmos tudo o que fizemos durante os últimos 12 meses e definir objetivos para o ano seguinte. Aproveite o momento de balanço, analise as conquistas financeiras do período e se proponha a fazer diferente em 2014 para maximizar o retorno do seu dinheiro.

Adotar uma atitude diferente para aproveitarmos o que há de mais eficiente em nosso sistema financeiro pode não ser muito fácil no início. Afinal, analisar resultados de empresas, relatórios emitidos pelo Banco Central, acompanhar os juros praticados pelo mercado parece não ser muito estimulante. Mas com curiosidade e uma boa dose de disciplina podemos passar do patamar de passivos poupadores para ativos investidores.

Geralmente, nossos compromissos financeiros não costumam sofrer grandes mudanças. Sempre estamos pagando algum tipo de conta para morar, para nos alimentarmos, para nos deslocarmos diariamente, nos momentos de  diversão etc. Mas a mudança começa no momento em que decidimos como iremos pagar todas essas despesas.

Um simples exemplo que sempre menciono é sobre o pagamento de juros. Precisamos criar o hábito de racionalizar sobre o pagamento de juros embutidos nas parcelas e sempre que possível, realizar o pagamento à vista. A grande parte dos juros cobrados acaba dobrando o valor pago no bem adquirido. Se prestarmos atenção, podemos reverter esses valores em uma aplicação de renda fixa. Com isso, além de não pagarmos juros abusivos, valorizamos nosso dinheiro e ainda contribuímos para o aumento do nosso patrimônio.

Para quem já é um investidor e acompanha o mercado regularmente, esse é o momento para rever sua carteira de investimentos. Para isso, basta acompanhar os balanços das empresas, trocar informações com outros investidores, ler sobre o movimento do mercado financeiro, acompanhar os indicadores macroeconômicos etc. Dessa forma podemos ter uma perspectiva melhor e reconhecer detalhes para o próximo ano.

O sucesso dependerá apenas da disposição para aprender mais e buscar alternativas confiáveis que possam nos auxiliar. Em 2014, seus compromissos financeiros serão os mesmos, porém, é possível que com pequenas mudanças seus resultados possam ser diferentes e promissores. E pela frente temos um novo período para aprender mais, corrigir as falhas e, certamente, colher melhores resultados. 

   *Mauro Calil é palestrante, educador financeiro, autor dos livros “Separe uma verba para ser feliz” e “A receita do bolo”, e ex- gerente geral do Instituto Nacional dos Investidores (INI).
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