terça-feira, 26 de novembro de 2013

Evite as armadilhas do consumo no fim de ano - Por Jogério Nakata



Todo fim de ano é a mesma coisa os consumidores são mais uma vez bombardeados pelo espírito das compras e na maioria dos casos esquecem o verdadeiro espírito de datas como o Natal. Também diante de tanta publicidade na TV, nas revistas e nos outdoors além de decorações natalinas belíssimas não há quem resista e que não esteja disposto a enfrentar longas filas nos supermercados ou nos shoppings centers para estacionar e assim realizar as compras de fim de ano. Tudo isso como se fosse a ultima chance de presentear quem você ama ou de se presentear, mas, nem por isso é motivo para você, meu caro leitor, se descuidar na hora de comprar e exagerar na dose e no bolso nesse final de ano. Para isso preparei algumas dicas que podem ser úteis para que não caia nas armadilhas do consumo desenfreado:

- Primeiramente se você tem dívidas, pague-as primeiramente, pois nenhuma aplicação que faça será capaz de superar os juros cobrados do cheque especial, cartão de credito ou do empréstimo pessoal;
- Pergunte-se: Será que eu realmente preciso disso ou tenho outras prioridades para esse início de ano?
- Pesquise os preços antes de sair de casa, saiba quanto custa aquilo que você quer e seja fiel a seu objetivo e para isso a Internet pode ser sua grande aliada;
- Lembre-se que seu decimo-terceiro deveria ser utilizado para seus investimentos em seus Projetos de Vida, depois para presentear e por ultimo pagar as contas, mas se você se descontrolou não tem jeito agora é hora de quitar os compromissos assumidos e não fazer mais dívidas;

Nesse ponto acima seria interessante falarmos um pouco mais a respeito, pois o brasileiro sempre reclama que não tem dinheiro para pagar as contas do começo do ano, mas tudo isso poderia ser evitado de maneira simples fazendo um bom Planejamento Financeiro separando um valor mensal (R$100,00) ao longo do ano para que quando chegasse a hora de pagar, como exemplo, o IPVA de R$1.200 em Janeiro ele pudesse fazê-lo a vista e com desconto. Então vai outra dica que é: Não deixe as coisas para a ultima hora, pois como sempre ouvimos quem tem pressa come cru, mas também paga caro pelo alimento mal cozido!

- Evite “limpar” o nome para sujá-lo logo depois, pois, segundo pesquisas recentes realizadas pela Boa Vista Serviços S/A, administradora do SCPC, mostra que metade das pessoas que são excluídas dos Cadastros de Proteção ao Crédito retorna à base de dados em até um ano;

- Lembre-se que todo fim de ano as pessoas fazem promessas, mas antes de fazê-las seria importante também refletir se será realmente capaz de cumpri-las dedicando algumas horas a seu Planejamento Financeiro Pessoal e Familiar e colocando-as na ponta do lápis para evitar os desperdícios comuns nesse fim de ano;

- Para aqueles que não têm dívidas não se empolgue demais só porque tem uma boa quantidade de dinheiro em sua conta bancária, aproveite e invista colocando seu dinheiro para trabalhar por você e para você;

- Lojas ou shoppings centers são aromatizadas com essências que estimulam nosso cérebro a comprar e gastar além do que podíamos por isso todo cuidado é pouco;

- E por ultimo espere mais um pouco, pois todo o inicio do ano existem as liquidações de estoque para a reposição de novos produtos.

A mensagem que gostaria de deixar para aqueles que ainda não comprometeram a primeira parcela do décimo terceiro é que se você fizer o que todo mundo faz, conhecido efeito manada, e um bom exemplo disso foi o que aconteceu nas estradas nesse último feriado prolongado com congestionamentos monstruosos onde muitos passaram oito horas na estrada e curtiram meio dia de sol, muito provavelmente terá o que todo mundo têm: MAIS DÍVIDAS.

Desejo que você faça uma boa escolha.



Rogério Nakata é Planejador Financeiro Certificado pelo IBCF - Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros, Embaixador CFP® para o Vale do Paraíba, Agente Autônomo de Investimentos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Palestrante sobre os temas Educação Financeira e Planejamento Financeiro de grandes organizações (www.economiacomportamental.com.br).   

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Quais as consequências no aumento da taxa básica de juros? Por Rogério Nakata

Quando se houve falar de taxa Selic ou no aumento da taxa básica de juros nos perguntamos: O que é que EU tenho a ver com isso?
Meu caro leitor você e eu temos TUDO a ver com o assunto porque a SELIC é a nossa taxa básica de juros que, por sinal, subiu na ultima quarta-feira, após a reunião do Comitê de Política Monetária, para 9,50% ao ano e que serve de referência ou teto para as aplicações financeiras em Renda Fixa, mas também é o custo do dinheiro que os bancos tomam para poder emprestar aos tomadores, ou seja, quando a taxa básica sobe os empréstimos ficam mais caros desestimulando o consumo das famílias que até então estavam se lambuzando com o crédito fácil e farto. Com isso há a diminuição da demanda por produtos/serviços e com isso supostamente teremos uma queda na inflação que está acumulada em 5,86% para o próximo ano e que se encontra acima do centro da meta que é de 4,5% estipulada pelo Banco Central. Lembrando que as taxas médias cobradas às pessoas físicas estão atualmente em 90,34% ao ano, medidas em Agosto de 2013 pela ANEFAC.
Para que você entenda melhor tudo na Economia tem uma relação, pois quando se aumenta a taxa básica de juros as empresas também deixam de tomar crédito, pois ele se torna mais caro e, portanto deixam de investir em produção, na expansão de seu parque fabril e na contratação de mão-de-obra podendo até aumentar o desemprego.
Do lado dos investidores eles preferem aplicar seus recursos em ativos livres de risco como em títulos públicos diminuindo a quantidade de dinheiro em circulação e consequentemente os investimentos na economia real, mas também passam a migrar os investimentos da Renda Variável para a Renda Fixa devido à sua maior atratividade desestimulando os investimentos em Bolsa de Valores que vem ultimamente andando de lado.
O que o governo tenta fazer com esse aumento de 0,50% é sinalizar que está de olho no velho dragão chamado Inflação, mas o sentimento de que as coisas estarão mais baratas poderá ocorrer apenas seis meses depois na ponta para o bolso do consumidor. Até lá, talvez, outras políticas ou iniciativas deverão ser tomadas pela equipe econômica do governo para tentar conter a alta generalizada de preços. Resta saber se será suficiente ou se continuaremos a tampar o sol com a peneira deixando de lado a geração de investimentos necessários na infraestrutura para atender a demanda crescente do país por produtos/serviços além, claro, da diminuição dos gastos públicos que continuam exorbitantemente pesados para a manutenção do país. Tudo isso, sem contar que para o governo não é nada bom ter um ano eleitoral em 2014 com inflação alta, pois, isso pode pesar na hora do voto mostrando a falta de gestão pública sobre um algo que está sobre “controle” desde Junho de 1994.

Diante de tudo isso você e eu não podemos nos descuidar das decisões tomadas a cada reunião do COPOM, pois, elas afetam não só a maneira de consumir e de endividar-se da população brasileira, mas também nos rumos do crescimento de um país que um dia pretende passar de emergente para desenvolvido, mas também da manutenção dos empregos das famílias que anseiam por prosperidade e estabilidade financeira para que possam tomar decisões de longo prazo sem o temor de grandes instabilidades econômicas decorrentes do descontrole inflacionário.

Rogério Nakata é Planejador Financeiro Certificado pelo IBCF - Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros, Embaixador CFP® para o Vale do Paraíba, Agente Autônomo de Investimentos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Palestrante sobre os temas Educação Financeira e Planejamento Financeiro de grandes organizações. (www.economiacomportamental.com.br)

domingo, 13 de outubro de 2013

Informação e disposição para mudar: a receita para o equilíbrio financeiro - Por Mauro Calil


Nos últimos 20 anos, nosso país passou por um grande processo de desenvolvimento. Esse avanço se disseminou em diversas áreas, como tecnologia, serviços, construção civil, infraestrutura, entre muitas outras. Nosso padrão de consumo melhorou, tivemos mais possibilidades de comprar um imóvel ou um automóvel, foi possível viajar mais, aprender mais. Esse desenvolvimento também nos revelou que ainda precisamos aprender como gerenciar nossos recursos, conhecer mais o nosso sistema econômico e aproveitar as vantagens que as aplicações financeiras possam nos oferecer.

Entretanto, diante de inúmeras fontes de informação, ressalto que um curso de educação financeira pode ser uma escolha eficaz, que nos leva a ter conhecimento de como gerir nosso salário e quais os passos para conseguirmos a tão sonhada estabilidade financeira.

Quando procuramos um curso que nos auxilie a alcançar a tranquilidade financeira, temos a oportunidade de identificar porque não conseguimos fazer o salário durar até o fim do mês, porque recorremos a empréstimos, os motivos pelas quais entramos no cheque especial, porque não conseguimos pagar o valor total da fatura do cartão de crédito, entre outras armadilhas.

Muitas vezes, para quem se encontra nesses casos, estabilidade significa apenas sair de todas essas situações e continuar vivendo do seu salário. Mas isso é um risco, porque se conseguimos quitar as dívidas e não temos nenhum aprendizado da situação, ou não modificamos nossos hábitos, possivelmente cometeremos os antigos erros novamente.

Mudar o comportamento é fundamental. Aprender como fazer o dinheiro trabalhar a seu favor e, principalmente, como garantir um rendimento contínuo são os passos iniciais para que se tenha maiores chances do sucesso financeiro.

E costumo observar que quando os alunos estão iniciando algum curso de educação financeira, todos estão na mesma condição. Com muitas dívidas, seja no cartão de crédito ou cheque especial, morando de aluguel, e, invariavelmente, não sabem como administrar essa crise. 

O importante a partir do momento em que decidimos mudar nossa condição financeira é seguir, com a maior fidelidade possível, os métodos que já são conhecidos como bem sucedidos.  

Ressalto que não existe uma fórmula mágica, ou a garantia de que algum curso pode nos livrar das dívidas e garantir bons lucros. O que posso testemunhar, com certeza, é que se tivermos a vontade da mudança, o conhecimento e a orientação adequada, podemos realizar algo novo e diferente. Constantemente observo o progresso dos alunos que procuram os cursos de educação financeira que ministro. Há um passado muito comum entre todos eles: pouca ou nenhuma reserva financeira, má administração do patrimônio pessoal, dívidas e tentativas de empreendedorismo sem muito sucesso.

Mas seguindo bons exemplos, aplicando a técnica aprendida e trocando experiências, todos conseguiram reverter o seu problema financeiro. E o melhor, ainda disseminam o seu conhecimento.

Por isso, meu conselho para quem precisa de ajuda para equilibrar seu orçamento ou sua vida financeira, seja sozinho ou em família, é muito simples: invista o seu tempo em conhecimento e tenha disposição para a mudança.


Mauro Calil é palestrante, educador financeiro, fundador da Academia do Dinheiro, e autor dos livros “Separe uma verba para ser feliz” e “A receita do bolo”. 

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Dinheiro não nasce em árvore! - Por Arethuza Helena Zero


Basta uma passada rápida por uma livraria e lá encontraremos inúmeros livros e manuais dizendo: “como tornar o seu filho um vencedor”, “como tornar o seu filho um homem de sucesso.” E quando o assunto é dinheiro, também não faltam dicas para os nossos filhos construírem fortunas.
Afinal, o que ensinar aos jovens sobre o dinheiro?

Quando o assunto é a Educação Financeira dos nossos filhos, não há uma fórmula ideal de como devemos agir. Porém, existem boas dicas para nos ajudar nesta tarefa difícil, já que vivemos numa sociedade dominada pelo consumo massivo de bens e serviços.

Uma dica valiosa é “ser o exemplo”. Que tal, você ser o exemplo para o seu filho! Se você é um comprador compulsivo, como poderá exigir que seu filho seja diferente? Se a palavra “poupar” não faz parte do seu vocabulário, como exigirá que seu filho não gaste toda a mesada?

Inúmeras perguntas permeiam a nossa mente quando o assunto é dinheiro. Qual é o momento ideal para falar do assunto? Quando ele precisa aprender a lidar com o dinheiro? Qual é o momento do meu filho efetuar um pagamento? Eu devo dar mesada ou semanada? Quando ele poderá utilizar um cartão de crédito?

Saiba que para construirmos uma relação saudável com os nossos filhos, é importante estipular regras que não devem ser quebradas. Se após muitas conversas com o seu filho e a análise de suas reais necessidades, você decidir pagar uma mesada, por exemplo, lembre-se que ela é um instrumento, uma forma de você contribuir para a Educação Financeira dele. Não vincule o ato de pagar a mesada com uma contrapartida do seu filho.

Por isso, se o boletim escolar não estiver como você sempre sonhou, não é a hora de cortar a mesada. Não devemos vincular a mesada com um bom rendimento escolar. Alguns psicólogos afirmam que ao fazer isso, podemos estimular uma personalidade mercenária em nossos filhos.

Se você estiver descontente com o comportamento de seu filho, pense em outras formas de mostrar a sua insatisfação e dele rever o comportamento. Que tal diminuir o tempo destinado para ficar no computador? Ou quem sabe diminuir o valor do crédito do celular? Cortar o video game? Você não deve vincular o recebimento da mesada ao bom comportamento.

A mesada também não pode representar a compensação da realização de alguma tarefa dentro de casa, pois corremos o risco de nosso filho cobrar por todas as atividades realizadas.

Fala-se muito de mesada, mas será que o seu filho possui maturidade para receber um dinheiro mensalmente? Será que ele conseguirá organizar os gastos de acordo com o valor que receberá?
Para crianças menores de 10 anos, é recomendável dar um dinheiro semanalmente, para que elas não se atrapalhem. A partir dos 11 anos, podemos ousar, e mensalmente pagar uma mesada para os nossos filhos. Mas não esqueça de estabelecer critérios para estipular os valores. Um criança não poderá receber o mesmo valor até se tornar um adolescente.

E se antes de receber a próxima mesada o dinheiro acabar? Você abrirá a carteira e suprirá a falta de dinheiro?
Não esqueça, seu filho precisa saber que “dinheiro não nasce em árvore”! Talvez seja a hora, dele fazer uma lista dos últimos produtos que comprou e analisar se a compra foi feita para realizar um desejo ou uma necessidade. As crianças e os adolescentes precisam saber distinguir os seus desejos e as suas necessidades. Devem aprender o que é gastar e o que é poupar. Sem essas noções, não conseguirão se organizar e constantemente faltará dinheiro, a mesada não será o suficiente.

Os pais precisam saber que o ato de dar uma mesada, semanada ou um dinheiro esporadicamente é fundamental para a Educação Financeira das crianças e dos adolescentes. Porém, algumas regras devem ser estabelecidas para que eles entendam o valor do dinheiro e principalmente compreendam a importância do trabalho dos seus pais.

É preciso estipular as datas para os pagamentos e os valores. Não devemos alterar o valor aleatoriamente. Para aumentar o valor que o seu filho recebe, estipule uma regra, por exemplo, acompanhe algum indicador financeiro e faça o reajuste.

Por isso, se o seu filho gastou todo o dinheiro que recebeu, se optou por comprar o tênis mais caro, deixe que ele descubra que não fez a melhor escolha. Se ele gastou sem analisar as consequências, ele precisa aprender com o erro e perceber a má administração que fez do dinheiro que recebeu. Você não deve complementar a mesada. Ele terá que esperar o próximo mês, afinal, “dinheiro não nasce em árvore”.

Uma dica importante para quando o seu filho gastar mais do que ganhou, é ajudá-lo a fazer uma planilha e organizar os seus gastos.
Educação Financeira exige disciplina e organização. Sendo assim, os pais não devem ceder e sim, estimular os seus filhos a consumirem com consciência.

Até o próximo!


Arethuza Helena Zero

Consultora e Educadora Financeira, realiza estudos na área de Educação Financeira para crianças e adolescentes. É autora da série “Os primeiros Passos da Educação Financeira”.

www.educafinanceira.com.br
www.facebook.com/EducaFinanceira
www.twitter.com/efinanceira

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Reserva financeira traz tranquilidade, mas exige disciplina - Por Mauro Calil



No passado, o sinônimo de reserva financeira era associado a guardar dinheiro embaixo do colchão ou a direcionar todas as economias para a caderneta de poupança. Hoje, as alternativas de investimento aumentaram. Porém, os objetivos continuam os mesmos: ter recursos disponíveis para quaisquer imprevistos da nossa vida.

Mas qual a verdadeira importância da reserva financeira?  O que devemos ter em mente para começar a separar uma quantidade fixa por um período pré -determinado?
                                                                                                                                                                                                                                                                                      
Costumo analisar da seguinte forma: a reserva financeira, ou o colchão financeiro, deve ser feita de modo que ela possa atender nossas despesas necessárias como habitação, alimentação, vestuário, educação, lazer, transporte por um período de um ano.

Mais do quer ter uma média de gastos mensal e multiplicá-la por 12, devemos realmente levantar os gastos efetivos de 12 meses de nossas vidas para termos a previsão anual que será aperfeiçoada continuamente. Teremos então o valor para suprir nossas necessidades e descobrimos o valor ideal da reserva financeira que deveríamos ter.

Para potencializar esse colchão financeiro, é importante colocá-lo em uma aplicação de baixo risco, preferencialmente de renda fixa. Nesse caso, a rentabilidade pode ser prevista, prometida e garantida por quem capta os recursos.

Além da aplicação tradicional em caderneta de poupança, o investidor dispõe de outras opções que também são interessantes. Entre elas, estão o Tesouro Direto, Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Dêbentures, Notas promissórias, Letras de câmbio, Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA)), Letras Hipotecárias, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), operações estruturadas em bolsa de valores ou de mercadorias e futuros (feitas com Derivativos ) e os fundos de renda fixa (que podem conter os produtos listados anteriormente).

Como hoje já temos maior estabilidade das instituições financeiras, possuímos melhores condições de criarmos nossas reservas financeiras e traçarmos um plano do que desejamos fazer para o futuro. A reserva financeira também pode ser vista como um auxílio nos momentos em que possamos perder o emprego ou até mesmo em caso de uma emergência de saúde.

Cabe, portanto, a cada um de nós aprender como criar a reserva financeira, definindo objetivos claros e factíveis. Além disso, é preciso ter conhecimento de educação financeira, dos produtos e serviços disponíveis e começar, desde já, a traçar um futuro próspero e tranquilo.    

*Mauro Calil é palestrante, educador financeiro, fundador da Academia do Dinheiro, e autor dos livros “Separe uma verba para ser feliz” e “A receita do bolo”.


Mais informações
Note! Assessoria de Comunicação
Fernanda Pancheri, Danieli Massone e Daniela Oliveira
(11) 3796-9067

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Seguro Vida, a base do Planejamento Financeiro Pessoal e Familiar. Por Rogério Nakata


Quando falamos sobre a importância do Seguro Vida muitos de nós relutamos em pensar a respeito do assunto. Por se tratar de um tema desconfortável ou por acharmos que nunca irá acontecer nada conosco acabamos, infelizmente, por não dar a atenção merecida a um tema tão importante como esse. Por outro lado, no entanto, duas certezas temos nessa vida: a primeira é de que pagaremos impostos e a outra é que inevitavelmente um dia partiremos dessa para melhor.

Bem, se ainda isso não é suficiente para fazê-lo pensar melhor a respeito vamos elencar alguns dos benefícios sobre a importância do Seguro de Vida no Planejamento Financeiro Pessoal e Familiar:
A primeira delas é que muitos não sabem, mas, o Seguro de Vida é a base do Planejamento Financeiro Pessoal e Familiar, consequentemente, como da mesma forma não construímos uma residência pelo telhado e precisamos de uma estrutura para que a mesma possa ser erguida necessitamos também de uma base financeira sólida, ou seja, de um alicerce que possa nos precaver de eventos indesejados principalmente se você se encontra em uma fase da vida onde existem filhos, cônjuges ou pais que dependem financeiramente de você.

Para gerenciar esse risco existe um instrumento adequado para a proteção de sua família que é o Seguro de Vida que apesar de ser certo de que irá utilizá-lo a data, em si, é incerta.
O Seguro de Vida é importante e porque não dizer fundamental, pois, até acumularmos os recursos necessários para garantir essa proteção precisamos de Segurança Financeira Imediata. Segurança essa que não é composta somente da conclusão da educação dos filhos, mas também deve oferecer condições para que o cônjuge possa se restabelecer, mas ainda nesse pacote devem-se incluir as despesas póstumas, aquelas ocorridas após uma fatalidade e que podem ser supridas com um Auxílio Funeral, mas também gastos com inventário e porque não dizer com Sonhos que poderiam ser interrompidos senão fosse um adequado Seguro de Vida.

Mitos descabidos, como deixar o dinheiro para o “Ricardão” ou frases do tipo como: “Eles que se resolvam após minha partida”, são de longe, atitudes responsáveis de indivíduos que às vezes se esquecem de que existem outras pessoas que nem pediram para vir para esse mundo, mas que estão aqui por causa deles.
Em alguns casos muitos valorizam mais seus bens materiais investindo alguns milhares de reais para o seguro de seu automóvel e se esquecem de proteger o bem mais precioso que está dentro dele, que é ele mesmo e sua família.

Uma pergunta importante que deve ser feita para saber se esse benefício é importante para você e sua família é: Caso aconteça algo com você amanhã como seria a vida financeira dessas pessoas que você tanto ama e que dependem única e exclusivamente de sua fonte de renda? Será que elas conseguiriam se manter com suas próprias pernas ou viveriam dependentes da ajuda de parentes, amigos ou de caridade? Será que eles teriam que voltar ao mercado de trabalho para poderem manter suas necessidades financeiras básicas ou, de repente, assumirem um negócio próprio que mal conhecem?

O Seguro de Vida é lembrado somente quando o segurado ou a família necessitam do mesmo semelhante a quando se está numa estrada e seu automóvel tem um incidente e necessita de um auxílio mecânico ou de um guincho e se lamenta por não ter se precavido ou se conforta por ter dispendido um dinheiro que valeu a pena. Tudo isso porque o segurado mesmo em vida pode, em caso de uma invalidez por acidente ou doença, também utilizar esse recurso para manutenção de sua saúde em virtude da incapacidade para desenvolver sua atividade profissional remunerada. Além disso, poderá contar com outros benefícios adicionais como a Assistência Viagem que cobre situações de assistência médica, odontológica e até farmacêutica no exterior em viagem, remoções inter-hospitalares, hospedagem de acompanhantes em caso de hospitalização do beneficiário, dentre outras vantagens oferecidas como complemento do seguro.

O que muitos não percebem é que além de ser uma forma de garantir o presente, o seguro também serve como poupança contra uma grave emergência antecipada e que no futuro essa relação de dependência pelo mesmo pode ser substituída por um bom plano de investimento que garantirá a renda necessária para atender seus compromissos financeiros em sua merecida aposentadoria. Nessa outra fase da vida os gastos já não serão tão expressivos como eram anteriormente onde você tinha filhos pequenos que necessitavam de alimentação, educação, saúde e vestuário e de financiamentos com imóveis ou com automóveis, por exemplo, mas serão revertidos para despesas médicas e com viagens a lazer.


Rogério Nakata é Planejador Financeiro Certificado pelo IBCF - Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros, Embaixador CFP® para o Vale do Paraíba, Agente Autônomo de Investimentos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Palestrante sobre os temas Educação Financeira e Planejamento Financeiro de grandes organizações. (www.economiacomportamental.com.br)

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Falando de dinheiro em família. Por Arethuza Helena Zero


Ter uma família e viver em harmonia com ela é algo maravilhoso, não é mesmo? Mas acredito que muitos concordarão que não é fácil. Afinal, cada membro de nossa família possui seus sonhos, seus desejos, suas preferências e suas necessidades. É nesse momento que aparecem as dificuldades.
Como aceitar os desejos dos outros? Os desejos têm objetos distintos e variam de intensidade. Além disso, podem perder sua importância, pois estão sujeitos a mudanças. Os desejos das pessoas, geralmente, não coincidem. Dessa forma, é em casa que começamos a aprender interagir com as diferenças, inclusive, do ponto de vista das finanças.
Para satisfazer as necessidades e os desejos, normalmente precisamos de dinheiro. Para muitas famílias, o maior desafio é satisfazer todas as necessidades dos seus membros , sem chegar no fim do mês no vermelho. Como fazer para que o dinheiro recebido seja suficiente para pagar todas as contas?
Certamente você já presenciou os seus pais aflitos conversando sobre a falta de dinheiro. Como você se comportou?
É muito importante você saber o quanto a sua família ganha e quanto ela gasta. Certamente você ainda não trabalha, não possui uma renda, afinal, lugar de criança é na escola. Mas saiba que você pode contribuir ativamente na organização do orçamento de sua família, mesmo que ela não discuta o assunto com você. Quem sabe você não se torna a mola propulsora para que mudanças comecem acontecer em sua casa!
Infelizmente, muitos pais ainda preferem preservar os seus filhos dessas preocupações. Dessa forma, impedem o amadurecimento e o aprendizado de algo fundamental para a sua vida adulta, a administração de seu dinheiro e o controle dos gastos.
Se é em casa que adquirimos e aprendemos a maior parte do conhecimento que utilizaremos na vida adulta, parece contraditório não falarmos de como lidar com dinheiro em família. O assunto não pode ser um tabu em família.
As famílias precisam aprender a discutir juntos esse tema. Uma família unida pode administrar positivamente suas finanças e organizar adequadamente seu orçamento doméstico.
Numa família, as decisões tomadas por um membro, reflete na vida de todos os outros. Por isso, a importância de que as decisões sejam negociadas, discutidas e principalmente compartilhadas, levando em consideração as necessidades individuais e coletivas. Antes de sair pedindo presentes para os seus pais, seria responsável e solidário de sua parte verificar se o que você deseja cabe no orçamento familiar.
Independentemente do tamanho da renda de sua família, é necessário manter um equilíbrio financeiro necessário para garantir que o orçamento familiar siga um padrão sustentável. O que isso significa?
Significa gastar apenas o que pode ser gasto e nunca mais do que poderia!
Mas se a regra parece tão simples, por que a maioria das pessoas não consegue fazer isso na prática?
Pense nisso!
Arethuza Helena

Consultora e Educadora Financeira, realiza estudos na área de Educação Financeira para crianças e adolescentes. É autora da série “Os primeiros Passos da Educação Financeira”.
www.educafinanceira.com.br
www.facebook.com/EducaFinanceira
www.twitter.com/efinanceira

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Aposentar se torna cada vez mais um grande desafio financeiro. Por Rogério Nakata


Quantas pessoas você conhece que se prepararam para poder gozar de uma aposentadoria tranquila e digna?
Será que as simulações realizadas pelas instituições financeiras são adequadas a sua realidade e levam realmente em consideração seus fatores de risco pessoais que vão desde a sua capacidade de geração de receita até a sua merecida aposentadoria, mas, também a sua capacidade de se manter disciplinado até atingir seu objetivo?
Primeiramente gostaria de analisar alguns pontos importantes. Há um tempo um dos participantes de um reality show recebeu R$1,5 milhão de prêmio por sua permanência na casa mais vigiada do país e que serviria para dar uma boa entrada em uma outra casa, ou melhor, em um imóvel em Belo Horizonte. Agora você deve pensar: uma pessoa com 1 milhão e meio de reais na conta é considerada rica ou milionária? Sim, você é um milionário, porém, isso pode ajudar, mas talvez não possa ser suficiente, por exemplo, para lhe proporcionar uma boa aposentadoria. Tudo isso porque, infelizmente, muitas instituições ao simularem um plano para sua aposentadoria não lhe mostram que existem alguns fatores determinantes para que possa manter sua renda mensal necessária para uma época onde os gastos mais expressivos poderão ser com remédios e plano de saúde, mas também com viagens e lazer.
Um dos fatores determinantes é a quantidade de recursos acumulados para seu objetivo, ou seja, para que tenha uma ideia de quanto precisará acumular para a aposentadoria basta fazer um cálculo breve que é multiplicar por 334 vezes a renda mensal necessária para se manter nessa fase da vida, ou seja, se você anseia uma receita de R$7.000 por mês o valor acumulado deverá ser de aproximadamente R$2.340.000 (R$7.000 x 334), ou seja, para esse valor desejado você precisará de uma aplicação financeira que renda 0,30% a.m. Para chegar a esse percentual basta dividir R$7.000 por R$2.340.000 e multiplicar por 100 para encontrar o rendimento mensal de sua aplicação.
Um aspecto também relevante é a inflação, ou seja, se ela é o grande vilão de nosso poder de compra diminuindo nosso consumo imagine o que pode fazer com os nossos investimentos quando esta é desprezada.
Isso significa que se ao aposentar você não quiser comprometer seu principal ou se “descapitalizar” deverá resgatar de uma aplicação que lhe proporcione uma rentabilidade de aproximadamente 0,70% a.m. somente 0,30% desta para manutenção de seu padrão de vida, pois é necessário descontar a inflação de 0,4% a.m. além do Imposto de Renda no resgate de 15%, auferida em investimentos de Longo Prazo, para que possa manter seu patrimônio acumulado.
Outro agravante é que de cada 10 aposentados somente 1 consegue se manter com seus próprios recursos sendo que a maior parte continua trabalhando ou depende de ajuda ou da sorte de ter filhos que possam auxiliar nas despesas mensais. O problema disso tudo é que o comprometimento dessa receita pode afetar não somente o futuro dos filhos, mas com certeza dos netos já que aquilo que poderia ser investido para o futuro dos mesmos precisa ser despendido para as necessidades do aposentado.
E quanto aproximadamente gastarei em minha aposentadoria?
Estudos mostram que os gastos do primeiro ano de aposentado podem ser maiores do que os dos próximos anos, pois como aposentado ninguém quer viver nas farmácias ou nos hospitais, mas sim aproveitar o tempo livre para viajar, participar de festas, eventos e porque não continuar trabalhando em tempo parcial em prol de auxiliar pessoas carentes ou prestar consultoria sobre o que sabem, transmitindo toda a experiência acumulada ao longo de décadas de vida.
Segundo a Agência de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos, as pessoas com idades entre 65 e 74 gastam 33% de seus orçamentos com moradia; 12% com saúde; 13% com alimentação (com um terço disso indo para refeições fora de casa); 5% com entretenimento e 17% com transporte, incluindo viagens de lazer.

Prepare-se, pois segundo pesquisas recentes muitas das pessoas que estão lendo essa matéria chegarão aos 100 anos de idade e como viver dos 65 ao seu centésimo ano de vida sem qualquer reserva financeira? Para isso é preciso repensar a aposentadoria e seu estilo de vida atual para que possa usufruir de tudo aquilo que acumulou ao longo de anos de disciplina e dedicação ao seu Projeto de Vida chamado Aposentadoria Sustentável.

Rogério Nakata é Planejador Financeiro Certificado pelo IBCF - Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros, Embaixador CFP® para o Vale do Paraíba, Agente Autônomo de Investimentos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Palestrante sobre os temas Educação Financeira e Planejamento Financeiro de grandes organizações. (www.economiacomportamental.com.br)

terça-feira, 20 de agosto de 2013

De onde vem o dinheiro dos adultos? Por Arethuza Helena Zero


Você já parou para pensar de onde vem o dinheiro dos adultos? Como os seus pais conseguem pagar as despesas de sua casa, como a conta de água, energia elétrica, telefone, entre outras? De onde vem o dinheiro para os seus pais pagarem o presente que você pediu de aniversário? Como eles pagaram a última viagem de férias?
De onde vem o dinheiro dos adultos? Pergunto mais uma vez!
Você respondeu que o dinheiro vem do Banco ou quem sabe de uma Fábrica?
Resposta errada!
Você respondeu que o dinheiro vem do trabalho?
Resposta certa! Realmente, o dinheiro dos adultos vem do trabalho!
Você provavelmente já viu os seus pais tirarem dinheiro do banco, sacarem o dinheiro de um caixa eletrônico, por exemplo. Saiba que para ele ter o direito de utilizar aquele dinheiro, ele trabalhou para conquistá-lo.
O dinheiro não caiu do céu!
Um indivíduo que trabalha, recebe o seu salário de acordo com a função desempenhada e as atividades desenvolvidas. É esse dinheiro que será trocado por bens (alimentos, roupas, brinquedos, etc) e serviços (dentista, manicure, médico, escola, etc) que você e sua família necessitam ou desejam.
Entender o ciclo do dinheiro é fundamental para começarmos a falar de Educação Financeira.
Por isso, comece valorizando o trabalho dos seus pais. Ele é necessário para que você e sua família consigam realizar os sonhos!
Você ainda não trabalha, mas pode ajudar a sua família. Quer saber como? Veja três ações que podem fazer a diferença:
Empenhe-se nas suas obrigações escolares!
Após o almoço e jantar, que tal retirar o seu prato da mesa?
Quando acordar, arrume a sua cama!
Até o próximo!

Arethuza Helena Zero

Consultora e Educadora Financeira, realiza estudos na área de Educação Financeira para crianças e adolescentes. É autora da série “Os primeiros Passos da Educação Financeira”.
www.educafinanceira.com.br
www.facebook.com/EducaFinanceira

www.twitter.com/efinanceira

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

A realização dos sonhos no longo prazo. Por Mauro Calil


Quando desejamos comprar um bem imediatamente, geralmente consultamos nosso saldo bancário ou nosso limite do cartão de crédito. Mas para a maior parte das pessoas, os sonhos que têm um custo maior, como imóvel, carro, viagem para o exterior, curso de especialização, acabam sendo parcelados. E dessa forma acabam tomando grande parte do nosso orçamento e por um longo período.

Sem dúvida nenhuma o planejamento é o melhor aliado nessas situações. E se for feito de modo coerente, as chances de conseguir honrar seus pagamentos sem afetar sua qualidade de vida, será muito maior.

Primeiramente, avalie os motivos do seu sonho de consumo de longo prazo.  Claro que um imóvel é um sonho inerente ao ser humano, pois tem um significado mais profundo, a segurança. Já no caso de um carro novo, avalie se melhorará a eficiência no seu trabalho, se poderá atender mais clientes etc. Se deseja cursar uma graduação ou uma especialização, é importante estimar as vantagens profissionais e qual a porcentagem de aumento salarial que isso poderá  trazer.

Após entender a necessidade que o bem ou serviço desejado terá para você, é preciso traçar uma estratégia para alcançá-lo. Se ele for de um alto valor e você não dispõe do dinheiro todo para adquiri-lo, é prudente que se analise sua capacidade financeira e entenda cada meio de compra em longo prazo. Meios como financiamento, consórcio, leasing ajudam a realizar os sonhos, mas precisam ser bem avaliados, pois cada um possui taxas de juros e  de administração diferenciadas, além dos prazos para a obtenção do bem.

E como o sonho é a longo prazo, o tempo, o conhecimento e  a disciplina são  fatores decisivos. Vamos procurar entender porque eles são tão importantes. Quando decidimos realizar nosso desejo de ter um imóvel ou um automóvel, por exemplo, não é prudente nos envolvermos pelas ofertas do mercado. É preciso traçar um plano de como realizá-lo, verificar quanto dinheiro se tem disponível e qual a necessidade.

Quando temos nossa avaliação de ganho e pagamento pré-definida é muito importante possuirmos mecanismos financeiros que nos possibilite rentabilidade sem grandes riscos. Por isso, reforço a necessidade de definirmos nosso perfil de investidor, pois cada sonho deve possuir uma estratégia pré-definida para ser  alcançado. 

Além da internet e dos livros é muito bom trocar experiências com quem tem o mesmo sonho que você e que também já tenha cometido erros. Aulas de educação financeira e grupos de disseminação do conhecimento igual ao que temos na Academia do Dinheiro é um bom exemplo de como qualquer um de nós pode alcançar a estabilidade financeira.


Seja muito disciplinado. Isso nos motiva e nos impulsiona a fazer tudo melhor. A disciplina com o dinheiro funciona da mesma forma, e pode tornar o seu sonho uma realidade de consumo melhor, com segurança e tranquilidade.

      
*Mauro Calil é palestrante, educador financeiro, fundador da Academia do Dinheiro, e autor dos livros “Separe uma verba para ser feliz” e “A receita do bolo”.


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Não coma o marshmallow! O poder de postergar a gratificação. Por Rogério Nakata




Em um vídeo na Internet bastante interessante o palestrante Joachim de Posada mostra uma pesquisa feita por um professor na Universidade de Stanford que fez uma pesquisa com crianças de 4 à 6 anos de idade mostrando a dificuldade que muitas delas tinham de resistirem de comer, por apenas alguns minutos, ao estarem diante de uma guloseima.
A guloseima que na realidade era um marshmallow deveria permanecer ali, sem ser comido, por torturosos 15 minutos até que o professor retornasse a sala e ai sim a criança poderia saboreá-lo e como recompensa pela disciplinada e resistência à tentação açucarada receberia mais um delicioso e fofinho doce branco. O interessante ao longo desse vídeo é perceber as reações e sentimentos dessas crianças diante do desafio onde muitas nem aguardavam o professor sair da sala e já avançavam sobre a guloseima se deliciando com o mesmo, outros, porém, olhavam, cheiravam, levantavam da cadeira ou davam voltas pela sala resistindo bravamente para que depois pudessem ser recompensadas com o saboroso prêmio. Diante disso, a pesquisa pode constatar o poder de postergar a gratificação, ou seja, mesmo sendo difícil e desafiador aguardar o momento certo para que as coisas aconteçam e assim possam ser remuneradas pelo seu sacrifício pode valer muito a pena.

Trazendo isso para as Finanças Pessoais podemos verificar muitas pessoas que se quer aguardam 15 minutos antes de uma tentação e tomam decisões que podem ser prejudiciais para o resto da vida. Seja ao comprar alguma coisa que não precisava com o dinheiro que não tinha, às vezes, até para impressionar as pessoas que não gostam como não deixar as aplicações financeiras crescerem suficientemente para que possam ser utilizadas, no momento certo, para a realização de um Projeto de Vida inicialmente proposto. Quantas famílias que acompanho ao verem um montante de dinheiro em sua conta bancária resolvem arrumar o sofá, trocar de celular ou de carro sendo que o objeto dessa poupança programada era para a sua aposentadoria ou para a faculdade dos filhos e que num passe de mágica comem o marshmallow antes do tempo e por isso são penalizadas por não deixarem os juros sobre juros ou juros compostos trabalharem por elas e para elas. O pior é que muitas se lambuzam com crédito farto e fácil no presente para viver de migalhas no futuro. Devemos sim, em minha opinião, viver o presente com a sabedoria de que haverá necessidades adiante que precisarão ser planejadas AGORA, por essa razão, postergar a gratificação faz parte do processo de construir um futuro mais tranquilo e seguro. Sabemos que tudo que é demais é prejudicial, pois, até água bebida abundantemente pode afogar uma pessoa, mas que se não tomarmos sequer um copo por dia ou substituirmos por refrigerantes e sucos com conservantes, estes, poderão nos causar sérios problemas de saúde adiante. Nada melhor e mais prazeroso do que aprender a construir novos hábitos que trarão além da disciplina resultados não só no campo financeiro, mas também nas demais áreas de sua vida.

Para finalizar, essa pesquisa que citei de cada 3 crianças 2 comeram o marshmallow, ou seja, não postergaram a gratificação, queriam já, imediatamente, mesmo sabendo que poderiam receber em dobro se aguardassem um pouco mais. O mais impressionante dessa pesquisa e que após 15 anos ao retornar com as crianças que esperaram o professor retornar para comer a guloseima e ganhar seu segundo marshmallow verificou-se que aquelas que não haviam comido o doce eram as que tiveram as melhores notas escolares, eram as que tinham os melhores relacionamentos com familiares e amigos e que conseguiam as melhores vagas no mercado de trabalho em comparação àquelas que se anteciparam ao “sacrifício”.

A pergunta que queria lhes deixar é: Será que com a fartura de crédito e de promoções não estamos nos lambuzando antes do prêmio? Será que não estamos querendo antecipar a gratificação antes de realmente merecê-la e pior será que não estamos criando para o futuro uma geração de endividados que só a Educação Financeira e o Planejamento Financeiro podem ajudar a mudar essa triste história e assim construir uma vida mais digna e próspera? 
Pense nisso.

Rogério Nakata é Planejador Financeiro Certificado pelo IBCF - Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros, Embaixador CFP® para o Vale do Paraíba, Agente Autônomo de Investimentos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Palestrante sobre os temas Educação Financeira e Planejamento Financeiro de grandes organizações. (www.economiacomportamental.com.br)

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

EDUCAÇÃO FINANCEIRA COM ARETHUZA HELENA ZERO




O que seu filho precisa saber antes de receber mesada

A mesada é a principal ferramenta da educação financeira de crianças e adolescentes. Ela também é uma das principais fontes de dúvidas e equívocos dos pais.
Não há um consenso entre os especialistas sobre a idade certa para a criança receber mesada. Porém, algumas lições devem ser ensinadas aos filhos antes deles receberem o primeiro dinheirinho. 
Você pode ajudar o seu filho a se tornar um adulto responsável, um consumidor consciente, um grande empreendedor, e o mais importante, um adulto que conseguirá manter uma vida financeira sustentável.
É importante introduzir desde cedo, alguns conceitos relacionados ao valor e ao uso do dinheiro.

Desejo ou Necessidade
Comece ensinando-o a diferença entre desejo e necessidade!
Faça com que ele entenda o significado dessas palavras. Para isso, em situações cotidianas, enfatize esses conceitos. Mostre ao seu filho que ele precisa escovar os dentes, por exemplo, além disso, que uma alimentação saudável é necessária para manter a saúde. Faça uma lista de compras em conjunto para verificar os produtos que estão faltando e deverão ser comprados.  Aproveite o momento para mostrar que muitos produtos comprados são supérfluos, ou seja, desnecessários.
Evite o desperdício de alimentos em casa. Para isso, comece elaborando uma lista de compras com apenas o necessário para a sua família. Não esqueça que os alimentos possuem uma data de validade e devem ser consumidos nesse período.

A importância de poupar, cuidar e doar
Comece a falar sobre o ato de poupar e doar. Aposto que se o seu filho abrir as gavetas encontrará roupas que poderiam ser usadas por outras crianças. Mostre que ele pode doar um tênis ou um brinquedo, pois no mundo há muitas crianças que não possuem o mínimo para atender as necessidades básicas.
Ensine o seu filho a cuidar dos objetos, brinquedos, roupas e sapatos. Sem contar, do material escolar. Faça com que ele cuide dos cadernos, dos livros, da mochila, entre outros. No próximo ano, outras crianças poderão utilizar os livros e ele poderá usar a mesma mochila, por exemplo. Alguns itens da lista de material escolar não precisam ser comprados todos os anos, mas, para que isso aconteça, é preciso de cuidado.

Dinheiro e Afeto
Na ânsia de realizar todos os desejos e sonhos de seus filhos, muitos pais agem sem pensar, presenteando os filhos sem nenhum critério. Especialistas recomendam que os filhos sejam presenteados em datas comemorativas, como aniversário ou Natal. É fundamental que o seu filho aprenda a esperar pela realização de um desejo, mesmo que se trate de algo barato.
Se o seu filho aprender essas lições, quando começar a ganhar a mesada, ficará mais fácil entender a importância do dinheiro, da boa administração, além da importância de doar.
 Até o próximo!

Arethuza Helena Zero
Consultora e Educadora Financeira, realiza estudos na área de Educação Financeira para crianças e adolescentes. É autora da série “Os primeiros Passos da Educação Financeira”.
www.educafinanceira.com.br
www.facebook.com/EducaFinanceira

www.twitter.com/efinanceira

terça-feira, 23 de julho de 2013

Jovens: futuros candidatos a endividados? Por Arethuza Helena Zero


Atualmente, uma parcela considerável dos jovens possuem dívidas. Quais são as causas das dívidas? As mais diversas! Muitos jovens são imediatistas, impacientes e ansiosos. Dessa forma, na ânsia de realizarem os seus desejos, não conseguem medir as consequências de um consumo exagerado.

Esses jovens precisam acompanhar a turma, a galera, ou seja, precisam estar presentes nas baladas e bares do momento; as suas roupas e seus acessórios, devem acompanhar a tendência, afinal, não podem estar fora de moda. Andar a pé, nem pensar! E quando atenderem o celular, não podem “fazer feio”!
Você sabia que o celular e o carro são os bens que mais levam o consumidor jovem ao endividamento?

O que esses jovens devem esperar de sua vida financeira no futuro?
As atitudes que mencionamos os levarão a um verdadeiro descontrole financeiro. Muitos chegarão no final do mês, sem saber aonde foi parar o dinheiro. Sem contar que, certamente, o salário acabará antes do mês.

Provavelmente, um jovem que se comporta dessa maneira, ainda não ouviu falar em Educação Financeira. Infelizmente, são futuros candidatos a endividados.
A maioria dos jovens não sabe o que fazer com o dinheiro, como gastar, poupar ou investir. Eles não sabem para onde vai o seu dinheiro. A falta de Educação Financeira, os impedem de planejar e estabelecer metas e objetos.
Sabemos que sem disciplina e Educação Financeira, dificilmente os objetivos serão alcançados. Além disso, os jovens sem Educação Financeira, não conseguirão estabelecer objetivos de curto, médio e longo prazos.

Faça um teste:
Coloque no papel quais são os seus objetivos a curto, médio e longo prazos. Em seguida, estime quanto de dinheiro você precisa guardar e por quanto tempo.
Achou difícil? Quais são as reais condições para você alcançar os objetivos que imaginou?
A partir de agora, antes de consumir algum produto ou serviço, faça a seguinte pergunta: “eu realmente preciso disso nesse momento ou posso esperar mais um pouco?”

Não seja imediatista, comece a pensar a longo prazo.
Tenha uma vida tranquila, tanto no presente quanto no futuro!


Até o próximo!

Arethuza Helena Zero

Consultora e Educadora Financeira, realiza estudos na área de Educação Financeira para crianças e adolescentes. É autora da série “Os primeiros Passos da Educação Financeira”.www.educafinanceira.com.brwww.facebook.com/EducaFinanceirawww.twitter.com/efinanceira