quarta-feira, 26 de junho de 2013

“Dinheiro não nasce em árvore” - Por Arethuza Helena Zero



Fala-se muito de mesada, mas será que o seu filho possui maturidade para receber um dinheiro mensalmente? Será que ele conseguirá organizar os gastos de acordo com o valor que receberá?

Para crianças menores de 10 anos, é recomendável dar um dinheiro semanalmente, para que elas não se atrapalhem. A partir dos 11 anos, podemos ousar, e mensalmente pagar uma mesada para os nossos filhos. Mas não esqueça de estabelecer critérios para estipular os valores. Um criança não poderá receber o mesmo valor até se tornar um adolescente.

E se antes de receber a próxima mesada o dinheiro acabar? Você abrirá a carteira e suprirá a falta de dinheiro?

Não esqueça, seu filho precisa saber que “dinheiro não nasce em árvore”! Talvez seja a hora, dele fazer uma lista dos últimos produtos que comprou e analisar se a compra foi feita para realizar um desejo ou uma necessidade. As crianças e os adolescentes precisam saber distinguir os seus desejos e as suas necessidades. Devem aprender o que é gastar e o que é poupar. Sem essas noções, não conseguirão se organizar e constantemente faltará dinheiro, a mesada não será o suficiente.

Os pais precisam saber que o ato de dar uma mesada, semanada ou um dinheiro esporadicamente é fundamental para a Educação Financeira das crianças e dos adolescentes. Porém, algumas regras devem ser estabelecidas para que eles entendam o valor do dinheiro e principalmente compreendam a importância do trabalho dos seus pais.

É preciso estipular as datas para os pagamentos e os valores. Não devemos alterar o valor aleatoriamente. Para aumentar o valor que o seu filho recebe, estipule uma regra, por exemplo, acompanhe algum indicador financeiro e faça o reajuste.

Por isso, se o seu filho gastou todo o dinheiro que recebeu, se optou por comprar o tênis mais caro, deixe que ele descubra que não fez a melhor escolha. Se ele gastou sem analisar as consequencias, ele precisa aprender com o erro e perceber a má administração que fez do dinheiro que recebeu. Você não deve complementar a mesada. Ele terá que esperar o próximo mês, afinal, “dinheiro não nasce em árvore”.

Uma dica importante para quando o seu filho gastar mais do que ganhou, é ajudá-lo a fazer uma planilha e organizar os seus gastos.

Educação Financeira exige disciplina e organização. Sendo assim, os pais não devem ceder e sim, estimular os seus filhos a consumirem com consciência.


Até o próximo!

Arethuza Helena Zero
Consultora e Educadora Financeira, realiza estudos na área de Educação Financeira para crianças e adolescentes. É autora da série Os primeiros Passos da Educação Financeira.
www.educafinanceira.com.br
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www.twitter.com/efinanceira

terça-feira, 25 de junho de 2013

Non Ducor, Duco. - Por Silvia Alambert



Nossa língua portuguesa tem suas raízes no latim e, portanto, ao entendermos a origem e o significado das palavras, torna-se mais fácil entendermos o significado que damos às coisas.
Além do mais, quando se trata de dinheiro, é melhor que você o conduza e não o contrário, já que como trocamos o nosso tempo e energia (trabalho) por ele, que pelo menos seja utilizado de forma consciente.


Nós somos conduzidos por diversos fatores internos e externos - até de forma inconsciente - ao consumo: consumimos porque estamos tristes ou porque estamos felizes, consumimos porque necessitamos ou porque só desejamos, consumimos porque está em liquidação ou mesmo quando o objeto de desejo é considerado caro, em fim, fazemos parte de um sistema que nos leva ao consumo e precisamos cuidar para que nossas escolhas financeiras sejam sábias no presente para que possamos garantir o estilo de vida que desejamos viver no futuro.


Dinheiro vem de DENARIUS NUMMUS que nada mais era do que uma moeda (nummus) marcada com um X (dez em algarismo romano) e, portanto, valia “dez asses”, onde asses significava moeda de cobre.

Assim sendo, dinheiro nada mais é do que uma moeda de troca: você troca várias denarius nummus por coisas que você precisa ou apenas deseja.

Já o termo trabalho é originário do latim TRIPALIUM que significa instrumento de tortura. Entenda-se, então, que é aquilo que provoca dor. (Por isso é melhor escolher fazer algo que você ame.)

Consumir vem do latim CONSUMERE que tem como significado desperdiçar, por fim, acabar com, destruir, queimar.

Interessante que a palavra “consumir” passa longe de significar algo positivo, mas mesmo assim soa como algo tão prazeroso aos consumistas de plantão.

Comprar vem do latim COMPARARE.
Não é incrível?
Assim, uma única palavra, originou duas palavras na nossa língua portuguesa e, apesar de darmos significados distintos, ambas significam uma única coisa: COMPARAR.


Da próxima vez que for às compras, então, compare os preços antes de comprar.
Liquidação também é uma derivação de LIQUIDARE, de liquidus, que significa “fluido, líquido”, de liqui, que significa “derreter, escorrer, fluir”.


Liquidação, então, são suas várias denarius nummus originárias de seu tripalium escorrendo pelas mãos quando você vai comparare
Caro, do latim CARUS que significa custoso, dispendioso, mas que também pode significar querido, estimado, prezado.

Prosperar vem do latim PROSPERARE e significa ser bem sucedido, feliz, ditoso e também, florescer, desenvolver-se.


Portanto, e como Aquila non capit muscas (A águia não captura moscas), deixe sua zona de conforto, expanda o seu conhecimento, aja e escolha prosperare.


Não seja conduzido, conduza.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Seus filhos: qual seu legado para eles? Por Bernadette Vilhena


É comum ouvirmos os pais falarem sobre a intenção em formar um bom patrimônio para seus filhos. Uma casa, uma previdência privada, uma quantia na caderneta de poupança e outros produtos que o mercado de investimentos oferece nesse sentido.

Errado? Claro que não! Só que é preciso pensar também em outros aspectos essenciais para eles e que merecem serem cuidados com atenção.

Quero aqui falar sobre dois investimentos extremamente importantes para o futuro de seus filhos:
1-      Aporte de carinho, amor e atenção: a qualidade das relações construídas ao longo dos anos, principalmente na primeira infância são fundamentais para um futuro seguro emocionalmente. Estar próximo para compreender as necessidades afetivas das crianças contribui para que elas se desenvolvam com equilíbrio e segurança. Saber dizer não para que elas trabalhem seu nível de tolerância à frustração, encaminhá-las nos valores morais, mostrar a importância da amizade e do respeito ao próximo. Estas condutas dentre outras são um legado imensurável que os pais deixam para seus filhos;

2-      Educação: a opção por uma escola de qualidade, o acompanhamento do cotidiano de aprendizagem dos seus filhos é outro bem valioso. Através da educação seus filhos serão capazes de construírem sua vida profissional, de se tornarem cidadãos críticos capazes de formarem uma nova nação. A verdadeira educação promove o despertar de consciência, onde nos colocamos como seres promotores do bem coletivo através dos nossos talentos individuais.

A construção desse patrimônio afetivo e intelectual possibilitará que seus filhos entendam a complexidade da vida e se posicionem diante dos desafios com sabedoria. Através deles, também serão capazes de gerir seu patrimônio financeiro com equilíbrio e transmitiram esses comportamentos para seus descendentes.

E quando eles forem adultos, terão a certeza de que seus pais sempre serão um porto seguro para onde poderão voltar quando quiserem partilhar alegrias ou recuperar as forças em momentos difíceis! 

Bernadette Vilhena                                                                   
www.vilhenapedagogiaempresarial.blogspot.com

Pedagoga Empresarial, especialista em Gestão de Pessoas  possui estudos na área de Ergologia, Administração, Educação Corporativa e Desenvolvimento Humano.
Educadora Financeira com foco em comportamento é responsável pela seção Pedagogia Econômica do site Dinheirama. Seus artigos abordam as questões ligadas a Educação Financeira Infantil e a Alfabetização Financeira de adultos.  

sexta-feira, 21 de junho de 2013

O brasileiro ainda está longe da independência financeira - Por Mauro Calil



As mudanças nas regras para o rendimento da poupança completaram um ano e a rentabilidade mostrou-se comprometida, ficando abaixo da inflação. Isso significa que para aqueles que deixaram seu dinheiro investido na caderneta de poupança, não só estagnaram o seu patrimônio, como também não conseguiram manter o mesmo padrão de vida.

O rendimento da poupança em relação ao IPCA (índice que mede a inflação oficial do país) vem sofrendo uma grande oscilação em um período inferior há um ano. De setembro de 2012 a abril de 2013, a perda foi em torno de 0,10% por mês. Em maio, ocorreu uma pequena recuperação, mas ainda muito tímida. O rendimento da poupança fechou em apenas 0,05% acima da inflação.

Isso reflete uma triste realidade do brasileiro, que ainda não sabe investir e dificilmente alcançará sua independência financeira.

Mesmo com a rentabilidade comprometida, o volume de depósitos ainda surpreende. Nos primeiros cinco meses do ano, a captação liquida da poupança foi de R$ 18,822 bilhões. Somente em maio os depósitos superaram os saques em R$ 5,625 bilhões.

Isso leva-me há um questionamento: "Por que grande parte dos brasileiros ainda insiste em colocar seus rendimentos em uma aplicação que não proporciona um retorno satisfatório e sequer permite a manutenção do padrão de vida?"

A antiga poupança utiliza-se da aura de segurança e de garantias como a isenção do imposto de renda e a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) em caso de intervenção bancária. Nesse último caso, ainda existe o fator do aumento do limite do FGC para R$ 250 mil.

Os investidores acabam procurando a poupança em busca de segurança, para evitar a perda de capital. Para não perderem dinheiro, acabam se afastando da diversificação dos investimentos, como por exemplo, o investimento na Bolsa de Valores. O risco e a oscilação do mercado são sempre apontados como motivo de rejeição.

Para aqueles que não querem correr risco e não desejam ver seu poder de compra reduzido, a poupança também se mostra como um instrumento financeiro ineficiente. Afinal, apesar de não apresentar riscos, ela não potencializa o dinheiro guardado.
Se a inflação se reflete em tudo o que é consumido, é de se esperar que um investimento seja capaz de repor essa alta nos custos de vida. E a poupança não está conseguindo esse retorno.

O caminho mais seguro para combater essa perda e potencializar o patrimônio é conhecer novas alternativas de investimento de forma a vencer a inflação que está elevada. Isso requer apenas informação e orientação adequadas.

Mauro Calil
Palestrante, educador financeiro, fundador da Academia do Dinheiro, e autor dos livros "Separe uma verba para ser feliz" e "A receita do bolo".  














terça-feira, 18 de junho de 2013

“A importância de ter seu próprio planejamento financeiro pessoal” Por Rogério Nakata



A Educação Financeira ainda não é uma matéria ensinada nas escolas, portanto, conhecer sobre o produto chamado dinheiro é fundamental para uma vida financeira mais próspera e tranquila. Conhecer aspectos importantes que influenciam a economia do país também são fundamentais na tomada de decisões de investimentos e ter informações sobre os diversos produtos atualmente disponíveis no mercado como CDB, FIF, PGBL, VGBL,LTN, LFT, ações entre outros pode fazer uma grande diferença entre que tipo de estratégia ou plano adequado deveríamos tomar para garantirmos um capital suficiente para atender as nossas necessidades financeiras no futuro e com o aumento da expectativa de vida planejar-se financeiramente deixou de ser uma opção e sim uma necessidade cada vez mais importante nos dias de hoje, pois de cada 10 aposentados somente um consegue ter sua Independência Financeira. 

Acompanhe no Portal Economia Comportamental e descubra como podemos ajudar.

Rogério Nakata é Planejador Financeiro Certificado pelo IBCF - Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros, Embaixador CFP® para o Vale do Paraíba, Agente Autônomo de Investimentos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Palestrante sobre os temas Educação Financeira e Planejamento Financeiro de grandes organizações.  http://www.economiacomportamental.com.br

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Informação ou mudança de comportamento - Por Mauro Calil


Ter informações não quer dizer necessariamente entendê-las. Ler o prospecto de um fundo de investimento, por exemplo, não significa que o investidor saiba realmente onde está colocando seu dinheiro. Quer ver como isso é verdade?

Muitos investidores, quando optam por investir em um fundo via banco, não têm ideia se o valor pago em taxa de administração, por exemplo, é caro ou barato. Pagar 3% de taxa de administração em um fundo de ações ou um fundo multimercado, com gestão ativa, pode ser barato. Já pagar 1% desta mesma taxa em um fundo de renda fixa, cuja carteira é composta por 60% por títulos públicos e os outros 40% em títulos do próprio banco é muito caro, pois não exige gestão nenhuma do banco.

Estes são apenas dois exemplos fictícios que, na minha opinião, ilustram muito bem o custo de uma aplicação financeira e que mostram a diferença entre ter informação e saber usá-la. Saber que um fundo cobra 3% de taxa de administração é fácil, mas se isso é bom ou ruim, é outra história.

Ao optar por um fundo de investimento, outras questões devem ser avaliadas, como risco do fundo escolhido e histórico de rentabilidade. Mas será que, ao ler que determinado fundo aplica 30% em ações e 70% em renda fixa, o investidor saberá identificar quais os riscos deste investimento? Ou se esta é a melhor opção para seu perfil?
Para que o poupador consiga digerir tudo isso e avaliar o que é melhor para ele, entra a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) em campo, com instruções que visam deixar tudo mais transparente.

Neste ponto, faço uma associação com a questão atual das sacolinhas plásticas utilizadas em supermercados. Como não há mudança comportamental, o assunto vira lei. No caso dos fundos de investimentos, como não há consciência do próprio dono do dinheiro para avaliar o que é melhor para ele mesmo, a CVM editou normas que obrigarão às instituições a darem informações mais detalhadas e de fácil entendimento a todos sobre os fundos de investimento.

Quero deixar bem claro que não sou contra regras e leis e que, se for para ajudar, tanto melhor que se façam leis. Porém, ressalto que essa transparência de informações que será exigida de nada adiantará se o investidor não ler e entender o estatuto do fundo de investimento. De nada adiantará se o poupador continuar apenas se dirigindo ao gerente do banco para perguntar o que é melhor.

Já há muito tempo os prospectos de fundos de investimentos levam para os interessados a seguinte frase: “rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura”. No entanto, se fizermos uma pesquisa com investidores de fundos e perguntarmos o que isso significa na prática, acredito que poucos saberão explicar. E mais, muitos dirão que antes de optar por esse ou aquele investimento olharam somente a rentabilidade dos últimos meses ou ano, ou seja, a rentabilidade passada.

Por isso, mais do que qualquer norma ou lei, é fundamental que o investidor saiba o que deve ser levado em consideração ao escolher uma aplicação e o que as informações representam para o custo e o retorno do investimento e para o perfil do investidor. E isso, somente a mudança de comportamento do próprio investidor pode resolver.


Mauro Calil 
Palestrante, educador financeiro, fundador da Academia do Dinheiro, e autor dos livros “Separe uma verba para ser feliz” e “A receita do bolo

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Empresas dão dicas financeiras a funcionários - por Rogério Nakata


O não-pagamento das contas e a falta de planejamento financeiro podem fazer com que o trabalhador não exerça sua função com tranquilidade. Pensando nisso, diversas organizações já oferecem treinamentos sobre educação financeira ao seus colaboradores. Reportagem de Bruno Monteiro para a WebTVCN.

Rogério Nakata é Planejador Financeiro Certificado pelo IBCF - Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros, Embaixador CFP® para o Vale do Paraíba, Agente Autônomo de Investimentos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Palestrante sobre os temas Educação Financeira e Planejamento Financeiro de grandes organizações.
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Assista a entrevista e participe desta iniciativa!


quarta-feira, 12 de junho de 2013

Escola: um ambiente que favorece a Educação Financeira - Por Arethuza Helena Zero


Quando o assunto é Educação Financeira, devemos destacar que a escola pode desempenhar um papel de extrema relevância nesse processo. Ela é o ambiente mais completo e propício para educar financeiramente crianças e adolescentes.
Mas, para que a inserção da disciplina Educação Financeira ocorra de forma coerente e sustentável no currículo escolar, é necessário, educar primeiramente, os professores e gestores. É de fundamental importância que eles compreendam o processo, para que os conceitos sejam transmitidos adequadamente aos estudantes e assim, aprendidos.
O caminho para a construção de uma sociedade mais consciente, sobre as questões que envolvem o uso do dinheiro, deve ser percorrido de forma cuidadosa, além disso, ele é longo. Por isso, é de extrema importância habilitar Instituições de Ensino, Educadores e especialmente os Pais. Todos devem colaborar nesse processo de aprendizagem.
Educação Financeira é um assunto multidisciplinar, pois envolve discussões referentes a mudanças de comportamentos e hábitos; ao uso consciente do dinheiro e dos recursos disponíveis no planeta; envolve temas de Economia, entre outros. Dessa forma, qual seria o ambiente mais adequado para a transmissão desse conhecimento?
Possivelmente, a sua resposta será: a escola!
A inserção da Educação Financeira como disciplina na grade curricular de Instituições de Ensino de todo o país, pode ser o caminho para a resolução de diversos problemas que estão se tornando crônicos em nossa sociedade.
Por isso, mais uma vez destacamos a importância da participação de todos no processo. É preciso instruir e instrumentalizar os discentes, os docentes e os pais. Todos precisam desenvolver uma consciência crítica sobre o tema.
Sabemos que as famílias raramente incluem as crianças e os adolescentes em discussões relacionadas às finanças familiares. Dessa forma, normalmente a criança e o adolescente não aprendem a lidar com o dinheiro.
O aluno, em nenhum momento pode achar que a Educação Financeira o obrigará apenas a guardar dinheiro, que ele não poderá mais consumir supérfluos, as famosas “besteiras”, que terá que fazer planilhas e cálculos para controlar o orçamento. Se isso ocorrer, certamente o processo de aprendizagem não será prazeroso.
É fundamental que os alunos aprendam a estabelecer metas e objetivos (de curto, médio e longo prazo). Dessa forma, poderão construir sonhos e com planejamento realizá-los. Com planejamento terão a noção de quanto custa o que desejam realizar, quanto poderão guardar e em quanto tempo realizarão.
Muitos adultos que não tiveram acesso a esse conhecimento, transformaram muitos sonhos em pesadelos. E hoje, possuem uma vida de instabilidade econômica, volubilidade nas finanças pessoais, com significativas repercussões tanto em sua vida pessoal, como na da sociedade.
Até o próximo!

Arethuza Helena Zero
Consultora e Educadora Financeira, realiza estudos na área de Educação Financeira para crianças e adolescentes. É autora da série Os primeiros Passos da Educação Financeira.

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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Animal de estimação também requer planejamento financeiro - Por Bernadette Vilhena


Companhia fiel, diversão toda hora, estímulo da autonomia e responsabilidade das crianças, melhoria da autoestima, promoção da interação social, redução do stress e ainda contribui para a estabilidade emocional. Essas são algumas vantagens de ter um animal de estimação.
Antes de escolher um animal de estimação é preciso pensar qual será o mais adequado à família e ao estilo de vida. Algumas perguntas podem nortear esse momento:

* Por que queremos um bicho de estimação?
* Tenho ambiente adequado para acomodá-lo?
* O que faremos quando sairmos de férias?
* Temos condições financeiras para cuidar do bichinho?

Uma posse responsável envolve também um planejamento financeiro. Quando não levamos em conta esse aspecto fundamental algumas surpresas podem ser desagradáveis.
As despesas começam na compra, caso você não adote um bichinho em abrigos especializados. Adequar o ambiente em certos casos também será necessário. As idas ao veterinário, as vacinas obrigatórias, a alimentação, cuidados com a higiene...
Os animais de estimação movimentam bilhões em todo o mundo. Dados da ANFAL PET (Associação Nacional de Fabricantes de Alimentos para Animais) dizem que em brinquedos, acessórios e alimentação o brasileiro gasta anualmente por volta de 819 milhões de reais.
Mesmo sem cometer exageros, cuidar de um bicho aumenta as despesas. Dependendo da raça os custos de manutenção mensais são maiores. Por exemplo, se a opção é por um cachorro de pelo longo, a despesa com banho e tosa serão o dobro se a decisão for por um cachorro de pelo curto.
Assim, o planejamento financeiro é muito bem vindo. A dica para evitar surpresas desagradáveis é: faça uma lista de todas as despesas mensais que terá, informe-se sobre os custos com amigos ou em um Petshop confiável.
O ideal é decidir em família sobre a vontade de cuidar de um bichinho. Com entendimento e respeito as condições financeiras familiares, ter um animal de estimação será uma experiência muito significativa para todos!

sexta-feira, 7 de junho de 2013

A autossabotagem financeira - Por Mauro Calil



Quando nos dispomos a aprender algo novo ou precisamos adquirir algum tipo de conhecimento, na verdade estamos criando oportunidades para gerar mudanças. Com o nosso patrimônio funciona da mesma forma. Se tomamos a decisão de enriquecer, precisamos mudar nossas atitudes e também nosso modo de pensar.
Buscar informações sobre as melhores aplicações, instituições, prazos, rentabilidade, fazer cursos e entender o mercado em geral já se tornou mais fácil, visto que existem muitas ferramentas disponíveis, como publicações especializadas, portais na internet e inúmeros profissionais do mercado financeiro que opinam sobre o assunto diariamente.
Mas em contrapartida, mesmo após tomar conhecimento de como gerir o dinheiro de forma inteligente ainda há um percentual muito grande da população que tem dificuldade em colocar as lições em prática. Quais poderiam ser essas barreiras que impedem o alcance de nossa felicidade e independência financeira?
Quando decidimos mudar nossa situação financeira temos que abandonar velhos hábitos, aprender novos conceitos e experimentar novas soluções. Afinal, o que já fazemos não dá o resultado esperado, devemos parar de nos autossabotar financeiramente.
Um comportamento financeiro inadequado não é privilégio de nenhum grupo específico. Independente se a renda é de um ou 10 salários mínimos, sempre haverá as mesmas crenças limitando a prosperidade financeira. Pensar que o dinheiro não proporciona felicidade, que ter muito dinheiro nos torna uma pessoa de pouco caráter, ou que ser milionário é apenas possível para poucos são apenas as crenças mais comuns que atrasam nossa felicidade financeira.
A falta de motivação externa é outra barreira que impede o sucesso financeiro. Ter um bom exemplo para ser seguido nos impulsiona de forma inteligente a adotar os mesmos padrões de quem conseguiu zerar ou diminuir suas dívidas e mudou completamente seu padrão de vida.
Frequentemente, nas aulas ou reuniões da Academia do Dinheiro, tomo conhecimento de histórias de pessoas que pararam de se sabotar e conseguiram sair da condição de devedor e hoje já  possuem um patrimônio de qualidade. São pessoas que trocaram experiências, conseguiram identificar os obstáculos na sua vida financeira, e além de derrubar as velhas crenças, assumiram uma nova postura em relação ao dinheiro. Por isso, sugiro que façamos algumas perguntas para nos auxiliar nesse processo. “Quais crenças limitam nosso desenvolvimento?”, “Quais os passos que devo tomar para modificar minha situação financeira?”, “Quais escolhas devo fazer em relação ao meu dinheiro para que seja possível realizar meus sonhos?”, “Quais obstáculos que devo identificar no meu planejamento?”, e finalmente, “Quais as atitudes que devo evitar?”. 
A falta de disciplina, sem dúvida, também atrapalha qualquer meta de se tornar um milionário, pois se não há um foco claro do que se deseja, torna-se muito mais complicado escolher qual o caminho mais adequado a se seguir.
Outra característica que sempre observo e que tem a capacidade de destruir o patrimônio é que sempre achamos que merecemos recompensas. Claro que merecemos, mas também nesse quesito precisamos pensar em uma recompensa permanente, que nos traga uma felicidade financeira duradoura e não passageira. 
Na realidade, esses gastos, às vezes imperceptíveis, que nos trazem uma felicidade imediata acabam desestruturando nosso orçamento. Pois nenhuma aplicação financeira nos trará resultados se continuamos com pensamento e ações limitantes.
Ouvir quem já alcançou o sucesso financeiro, além de um incentivo, é a prova que seguindo os passos certos e ter orientação profissional adequada são os melhores recursos para o crescimento patrimonial. 
Pense nisso!
*Mauro Calil é palestrante, educador financeiro, fundador da Academia do Dinheiro, e autor dos livros "Separe uma verba para ser feliz" e "A receita do bolo
Mais informações
NoteAssessoria de Comunicação
Fernanda Pancheri, Danieli Massone e Daniela Oliveira
(11) 3796-9067

terça-feira, 4 de junho de 2013

Empresários já percebem a importância da Educação Financeira nas empresas e em eventos como as SIPATs - Por Rogério Nakata


Os empresários já percebem as mudanças positivas no comportamento de seus colaboradores quando estes passam a tomar novas atitudes e criam hábitos saudáveis com relação ao uso do dinheiro e administram melhor seus recursos financeiros.  Pelo menos é esse o feedback que temos das palestras e cursos sobre o tema Educação Financeira e a Importância do Planejamento Financeiro Pessoal e Familiar que fazemos junto às empresas que atendemos e constatamos algumas estatísticas importantes como:
  • 74% das famílias não poupam se quer R$1,00 por mês daquilo que ganham;
  • De cada 10 pessoas com dívidas 7 são por uso sem controle do dinheiro de plástico conhecido como cartão de crédito;
  • 21,5% dos consumidores, atualmente inadimplentes, são originados de carnês juntos as grandes redes lojistas;
  • O resultado do endividamento no caso dos financiamentos de automóveis, segundo a PEIC (Programa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor - realizado pela Confederação do Comércio) é de 26,7% para aqueles que ganham acima de 10 salários mínimos;
  • Aproximadamente 8 de cada 10 brasileiros tem dívidas no cheque especial;
  • Uma de cada 3 famílias brasileiras gastam mais do que aquilo que ganham.

Com tudo isso, as empresas passam a ver a Educação Financeira e o Planejamento Financeiro como investimentos com retorno garantido ao fornecê-los a seus colaboradores que passarão a assumir o controle sobre suas finanças pessoais dando maior foco e concentração as suas atividades fabris, além de passarem a valorizar aquilo que ganham aprendendo a fazer mais com menos, diminuindo seu nível de endividamento a percentuais satisfatórios. Com isso evitam um grande comprometimento de seu Orçamento Financeiro Pessoal e Familiar que pode afetar sua motivação no trabalho e consideravelmente sua Qualidade de Vida. Tudo isso porque eliminando as dívidas os colaboradores passarão a direcionar seus recursos financeiros não só para suas despesas fixas mensais, mas para os investimentos que serão importantes para a realização de seus Projetos de Vida.

Para as SIPATs (Semanas Interna de Prevenção de Acidentes) surgiu a oportunidade para falar do tema Educação Financeira como mais uma ferramenta para evitar os riscos de acidentes por desatenção às atividades produtivas de uma empresa onde salas, auditórios, refeitórios sempre estão lotados para aprenderem um pouco mais sobre o assunto dinheiro. É muito comum quando se fala da parte do corpo do ser humano que mais dói quando é mexida que é o bolso, TODOS, sem exceção, quererem aprender um pouco mais sobre como cuidar melhor do seu rico dinheirinho, mas também a como sair das dívidas, se vale à pena financiar ou comprar a vista um imóvel, o que ocorre em nossa microeconomia quando se aumenta constantemente as taxas básica de juros pelo Banco Central e principalmente o que nós temos a ver com tudo isso.

Portanto, falar de Educação Financeira ajuda aos colaboradores a entenderem a importância de administrarem seus recursos financeiros fazendo com que eles aprendam a controlar a ansiedade pelo consumo desenfreado passando a ter seu próprio dinheiro, através do estímulo à poupança, para comprarem aquilo que precisam ao invés, de adquirirem seus bens com recursos de terceiros financiando as grandes instituições financeiras ou agiotas com o pagamento de altos juros.  Além disso, o assunto Educação Financeira deixa de ser um tema sem importância ou fora do budget para contratação por parte das empresas, mas surge como uma oportunidade de aumentar os lucros das mesmas levando mais Qualidade de Vida a seus funcionários e suas famílias dando-lhes a responsabilidade por se tornarem donos de seus destinos financeiros aumentando seus desempenhos no ambiente de trabalho

Rogério Nakata

Planejador Financeiro Certificado pelo IBCF - Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros, Embaixador CFP® para o Vale do Paraíba, Agente Autônomo de Investimentos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Palestrante sobre os temas Educação Financeira e Planejamento Financeiro de grandes organizações.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Crédito fácil, crédito caro - por Mauro Calil


A recente estabilidade da economia brasileira e a melhora nos índices de desemprego do País são alguns dos fatores que deixaram o crédito no País muito mais fácil. Consequentemente, os brasileiros consomem mais e também fazem mais empréstimos. E um tipo de empréstimo que se destaca pela agilidade e facilidade de se ter dinheiro no bolso é o crédito pessoal, feito por empresas financeiras.

Para conquistar tantos clientes, as financeiras usam argumentos fortes e atuam diretamente no emocional das pessoas, na fragilidade da falta de dinheiro, da vergonha de pedir emprestado para parentes e na pressa para conseguir estes recursos.

Via de regra, a comunicação destas empresas diz: dinheiro na hora, sem burocracia e sem consulta ao Serviço de Proteção ao Crédito. Ou seja, dinheiro fácil. Só que dinheiro fácil, na minha opinião, é sinônimo também de crédito caro. 

Em uma rápida pesquisa ao site do Banco Central, é possível comprovar o que estou dizendo, basta dar uma olhada nas taxas de juros cobradas em operações de crédito pessoal. Os juros podem chegar a 17% ao mês e a mais de 500% ao ano. Outro detalhe: saber as taxas cobradas por essas empresas nem sempre é fácil. Muitos sites, por exemplo, não são claros e não entregam esta informação facilmente.

Assim, a venda do produto (o empréstimo) é baseada no valor das parcelas e na renegociação, ou seja, se a dívida é de R$ 10 mil, pague-a no ato e pague à financeira pequenas parcelas por mês. Funciona na base do ‘cabe no bolso’ e não em quanto é o valor da dívida. E, no final, é comum ter 60%, 80%, 100% ou mais de juros ao ano nas parcelas pequenas.

Com base em dados, em fatos, digo que recorrer ao empréstimo pessoal por meio de financeiras deve ser a última alternativa ao endividado. É quase o último passo antes de ir a um agiota. Usa os serviços de financeiras quem não tem mais crédito com ninguém, nem com parentes ou amigos.

Os juros, muito altos, ficam entre o cartão de crédito e os do cheque especial. Por isso, antes de seguir este caminho, minha sugestão é vender bens, como carro, casa, eletrodomésticos etc, ou também tentar sanar as dívidas já assumidas em outras linhas de crédito, mais baratas, para retomar as rédeas da vida financeira.
Enfim, antes de recorrer ao crédito pessoal por meio de financeiras, seja para adquirir um bem, para pagar outra dívida ou qualquer outra finalidade, avalie se este é o melhor caminho. A pressa somada à cultura do ‘quanto posso pagar por mês’ tornam o dinheiro muito caro e quem sai perdendo é justamente quem acha que está ganhando.


Mauro Calil
Palestrante, educador financeiro, fundador da Academia do Dinheiro, e autor dos livros “Separe uma verba para ser feliz” e “A receita do bolo”.  www.calilecalil.com.br