quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Dinheiro não nasce em árvore! - Por Arethuza Helena Zero


Basta uma passada rápida por uma livraria e lá encontraremos inúmeros livros e manuais dizendo: “como tornar o seu filho um vencedor”, “como tornar o seu filho um homem de sucesso.” E quando o assunto é dinheiro, também não faltam dicas para os nossos filhos construírem fortunas.
Afinal, o que ensinar aos jovens sobre o dinheiro?

Quando o assunto é a Educação Financeira dos nossos filhos, não há uma fórmula ideal de como devemos agir. Porém, existem boas dicas para nos ajudar nesta tarefa difícil, já que vivemos numa sociedade dominada pelo consumo massivo de bens e serviços.

Uma dica valiosa é “ser o exemplo”. Que tal, você ser o exemplo para o seu filho! Se você é um comprador compulsivo, como poderá exigir que seu filho seja diferente? Se a palavra “poupar” não faz parte do seu vocabulário, como exigirá que seu filho não gaste toda a mesada?

Inúmeras perguntas permeiam a nossa mente quando o assunto é dinheiro. Qual é o momento ideal para falar do assunto? Quando ele precisa aprender a lidar com o dinheiro? Qual é o momento do meu filho efetuar um pagamento? Eu devo dar mesada ou semanada? Quando ele poderá utilizar um cartão de crédito?

Saiba que para construirmos uma relação saudável com os nossos filhos, é importante estipular regras que não devem ser quebradas. Se após muitas conversas com o seu filho e a análise de suas reais necessidades, você decidir pagar uma mesada, por exemplo, lembre-se que ela é um instrumento, uma forma de você contribuir para a Educação Financeira dele. Não vincule o ato de pagar a mesada com uma contrapartida do seu filho.

Por isso, se o boletim escolar não estiver como você sempre sonhou, não é a hora de cortar a mesada. Não devemos vincular a mesada com um bom rendimento escolar. Alguns psicólogos afirmam que ao fazer isso, podemos estimular uma personalidade mercenária em nossos filhos.

Se você estiver descontente com o comportamento de seu filho, pense em outras formas de mostrar a sua insatisfação e dele rever o comportamento. Que tal diminuir o tempo destinado para ficar no computador? Ou quem sabe diminuir o valor do crédito do celular? Cortar o video game? Você não deve vincular o recebimento da mesada ao bom comportamento.

A mesada também não pode representar a compensação da realização de alguma tarefa dentro de casa, pois corremos o risco de nosso filho cobrar por todas as atividades realizadas.

Fala-se muito de mesada, mas será que o seu filho possui maturidade para receber um dinheiro mensalmente? Será que ele conseguirá organizar os gastos de acordo com o valor que receberá?
Para crianças menores de 10 anos, é recomendável dar um dinheiro semanalmente, para que elas não se atrapalhem. A partir dos 11 anos, podemos ousar, e mensalmente pagar uma mesada para os nossos filhos. Mas não esqueça de estabelecer critérios para estipular os valores. Um criança não poderá receber o mesmo valor até se tornar um adolescente.

E se antes de receber a próxima mesada o dinheiro acabar? Você abrirá a carteira e suprirá a falta de dinheiro?
Não esqueça, seu filho precisa saber que “dinheiro não nasce em árvore”! Talvez seja a hora, dele fazer uma lista dos últimos produtos que comprou e analisar se a compra foi feita para realizar um desejo ou uma necessidade. As crianças e os adolescentes precisam saber distinguir os seus desejos e as suas necessidades. Devem aprender o que é gastar e o que é poupar. Sem essas noções, não conseguirão se organizar e constantemente faltará dinheiro, a mesada não será o suficiente.

Os pais precisam saber que o ato de dar uma mesada, semanada ou um dinheiro esporadicamente é fundamental para a Educação Financeira das crianças e dos adolescentes. Porém, algumas regras devem ser estabelecidas para que eles entendam o valor do dinheiro e principalmente compreendam a importância do trabalho dos seus pais.

É preciso estipular as datas para os pagamentos e os valores. Não devemos alterar o valor aleatoriamente. Para aumentar o valor que o seu filho recebe, estipule uma regra, por exemplo, acompanhe algum indicador financeiro e faça o reajuste.

Por isso, se o seu filho gastou todo o dinheiro que recebeu, se optou por comprar o tênis mais caro, deixe que ele descubra que não fez a melhor escolha. Se ele gastou sem analisar as consequências, ele precisa aprender com o erro e perceber a má administração que fez do dinheiro que recebeu. Você não deve complementar a mesada. Ele terá que esperar o próximo mês, afinal, “dinheiro não nasce em árvore”.

Uma dica importante para quando o seu filho gastar mais do que ganhou, é ajudá-lo a fazer uma planilha e organizar os seus gastos.
Educação Financeira exige disciplina e organização. Sendo assim, os pais não devem ceder e sim, estimular os seus filhos a consumirem com consciência.

Até o próximo!


Arethuza Helena Zero

Consultora e Educadora Financeira, realiza estudos na área de Educação Financeira para crianças e adolescentes. É autora da série “Os primeiros Passos da Educação Financeira”.

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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Reserva financeira traz tranquilidade, mas exige disciplina - Por Mauro Calil



No passado, o sinônimo de reserva financeira era associado a guardar dinheiro embaixo do colchão ou a direcionar todas as economias para a caderneta de poupança. Hoje, as alternativas de investimento aumentaram. Porém, os objetivos continuam os mesmos: ter recursos disponíveis para quaisquer imprevistos da nossa vida.

Mas qual a verdadeira importância da reserva financeira?  O que devemos ter em mente para começar a separar uma quantidade fixa por um período pré -determinado?
                                                                                                                                                                                                                                                                                      
Costumo analisar da seguinte forma: a reserva financeira, ou o colchão financeiro, deve ser feita de modo que ela possa atender nossas despesas necessárias como habitação, alimentação, vestuário, educação, lazer, transporte por um período de um ano.

Mais do quer ter uma média de gastos mensal e multiplicá-la por 12, devemos realmente levantar os gastos efetivos de 12 meses de nossas vidas para termos a previsão anual que será aperfeiçoada continuamente. Teremos então o valor para suprir nossas necessidades e descobrimos o valor ideal da reserva financeira que deveríamos ter.

Para potencializar esse colchão financeiro, é importante colocá-lo em uma aplicação de baixo risco, preferencialmente de renda fixa. Nesse caso, a rentabilidade pode ser prevista, prometida e garantida por quem capta os recursos.

Além da aplicação tradicional em caderneta de poupança, o investidor dispõe de outras opções que também são interessantes. Entre elas, estão o Tesouro Direto, Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Dêbentures, Notas promissórias, Letras de câmbio, Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA)), Letras Hipotecárias, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), operações estruturadas em bolsa de valores ou de mercadorias e futuros (feitas com Derivativos ) e os fundos de renda fixa (que podem conter os produtos listados anteriormente).

Como hoje já temos maior estabilidade das instituições financeiras, possuímos melhores condições de criarmos nossas reservas financeiras e traçarmos um plano do que desejamos fazer para o futuro. A reserva financeira também pode ser vista como um auxílio nos momentos em que possamos perder o emprego ou até mesmo em caso de uma emergência de saúde.

Cabe, portanto, a cada um de nós aprender como criar a reserva financeira, definindo objetivos claros e factíveis. Além disso, é preciso ter conhecimento de educação financeira, dos produtos e serviços disponíveis e começar, desde já, a traçar um futuro próspero e tranquilo.    

*Mauro Calil é palestrante, educador financeiro, fundador da Academia do Dinheiro, e autor dos livros “Separe uma verba para ser feliz” e “A receita do bolo”.


Mais informações
Note! Assessoria de Comunicação
Fernanda Pancheri, Danieli Massone e Daniela Oliveira
(11) 3796-9067

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Seguro Vida, a base do Planejamento Financeiro Pessoal e Familiar. Por Rogério Nakata


Quando falamos sobre a importância do Seguro Vida muitos de nós relutamos em pensar a respeito do assunto. Por se tratar de um tema desconfortável ou por acharmos que nunca irá acontecer nada conosco acabamos, infelizmente, por não dar a atenção merecida a um tema tão importante como esse. Por outro lado, no entanto, duas certezas temos nessa vida: a primeira é de que pagaremos impostos e a outra é que inevitavelmente um dia partiremos dessa para melhor.

Bem, se ainda isso não é suficiente para fazê-lo pensar melhor a respeito vamos elencar alguns dos benefícios sobre a importância do Seguro de Vida no Planejamento Financeiro Pessoal e Familiar:
A primeira delas é que muitos não sabem, mas, o Seguro de Vida é a base do Planejamento Financeiro Pessoal e Familiar, consequentemente, como da mesma forma não construímos uma residência pelo telhado e precisamos de uma estrutura para que a mesma possa ser erguida necessitamos também de uma base financeira sólida, ou seja, de um alicerce que possa nos precaver de eventos indesejados principalmente se você se encontra em uma fase da vida onde existem filhos, cônjuges ou pais que dependem financeiramente de você.

Para gerenciar esse risco existe um instrumento adequado para a proteção de sua família que é o Seguro de Vida que apesar de ser certo de que irá utilizá-lo a data, em si, é incerta.
O Seguro de Vida é importante e porque não dizer fundamental, pois, até acumularmos os recursos necessários para garantir essa proteção precisamos de Segurança Financeira Imediata. Segurança essa que não é composta somente da conclusão da educação dos filhos, mas também deve oferecer condições para que o cônjuge possa se restabelecer, mas ainda nesse pacote devem-se incluir as despesas póstumas, aquelas ocorridas após uma fatalidade e que podem ser supridas com um Auxílio Funeral, mas também gastos com inventário e porque não dizer com Sonhos que poderiam ser interrompidos senão fosse um adequado Seguro de Vida.

Mitos descabidos, como deixar o dinheiro para o “Ricardão” ou frases do tipo como: “Eles que se resolvam após minha partida”, são de longe, atitudes responsáveis de indivíduos que às vezes se esquecem de que existem outras pessoas que nem pediram para vir para esse mundo, mas que estão aqui por causa deles.
Em alguns casos muitos valorizam mais seus bens materiais investindo alguns milhares de reais para o seguro de seu automóvel e se esquecem de proteger o bem mais precioso que está dentro dele, que é ele mesmo e sua família.

Uma pergunta importante que deve ser feita para saber se esse benefício é importante para você e sua família é: Caso aconteça algo com você amanhã como seria a vida financeira dessas pessoas que você tanto ama e que dependem única e exclusivamente de sua fonte de renda? Será que elas conseguiriam se manter com suas próprias pernas ou viveriam dependentes da ajuda de parentes, amigos ou de caridade? Será que eles teriam que voltar ao mercado de trabalho para poderem manter suas necessidades financeiras básicas ou, de repente, assumirem um negócio próprio que mal conhecem?

O Seguro de Vida é lembrado somente quando o segurado ou a família necessitam do mesmo semelhante a quando se está numa estrada e seu automóvel tem um incidente e necessita de um auxílio mecânico ou de um guincho e se lamenta por não ter se precavido ou se conforta por ter dispendido um dinheiro que valeu a pena. Tudo isso porque o segurado mesmo em vida pode, em caso de uma invalidez por acidente ou doença, também utilizar esse recurso para manutenção de sua saúde em virtude da incapacidade para desenvolver sua atividade profissional remunerada. Além disso, poderá contar com outros benefícios adicionais como a Assistência Viagem que cobre situações de assistência médica, odontológica e até farmacêutica no exterior em viagem, remoções inter-hospitalares, hospedagem de acompanhantes em caso de hospitalização do beneficiário, dentre outras vantagens oferecidas como complemento do seguro.

O que muitos não percebem é que além de ser uma forma de garantir o presente, o seguro também serve como poupança contra uma grave emergência antecipada e que no futuro essa relação de dependência pelo mesmo pode ser substituída por um bom plano de investimento que garantirá a renda necessária para atender seus compromissos financeiros em sua merecida aposentadoria. Nessa outra fase da vida os gastos já não serão tão expressivos como eram anteriormente onde você tinha filhos pequenos que necessitavam de alimentação, educação, saúde e vestuário e de financiamentos com imóveis ou com automóveis, por exemplo, mas serão revertidos para despesas médicas e com viagens a lazer.


Rogério Nakata é Planejador Financeiro Certificado pelo IBCF - Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros, Embaixador CFP® para o Vale do Paraíba, Agente Autônomo de Investimentos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Palestrante sobre os temas Educação Financeira e Planejamento Financeiro de grandes organizações. (www.economiacomportamental.com.br)

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Falando de dinheiro em família. Por Arethuza Helena Zero


Ter uma família e viver em harmonia com ela é algo maravilhoso, não é mesmo? Mas acredito que muitos concordarão que não é fácil. Afinal, cada membro de nossa família possui seus sonhos, seus desejos, suas preferências e suas necessidades. É nesse momento que aparecem as dificuldades.
Como aceitar os desejos dos outros? Os desejos têm objetos distintos e variam de intensidade. Além disso, podem perder sua importância, pois estão sujeitos a mudanças. Os desejos das pessoas, geralmente, não coincidem. Dessa forma, é em casa que começamos a aprender interagir com as diferenças, inclusive, do ponto de vista das finanças.
Para satisfazer as necessidades e os desejos, normalmente precisamos de dinheiro. Para muitas famílias, o maior desafio é satisfazer todas as necessidades dos seus membros , sem chegar no fim do mês no vermelho. Como fazer para que o dinheiro recebido seja suficiente para pagar todas as contas?
Certamente você já presenciou os seus pais aflitos conversando sobre a falta de dinheiro. Como você se comportou?
É muito importante você saber o quanto a sua família ganha e quanto ela gasta. Certamente você ainda não trabalha, não possui uma renda, afinal, lugar de criança é na escola. Mas saiba que você pode contribuir ativamente na organização do orçamento de sua família, mesmo que ela não discuta o assunto com você. Quem sabe você não se torna a mola propulsora para que mudanças comecem acontecer em sua casa!
Infelizmente, muitos pais ainda preferem preservar os seus filhos dessas preocupações. Dessa forma, impedem o amadurecimento e o aprendizado de algo fundamental para a sua vida adulta, a administração de seu dinheiro e o controle dos gastos.
Se é em casa que adquirimos e aprendemos a maior parte do conhecimento que utilizaremos na vida adulta, parece contraditório não falarmos de como lidar com dinheiro em família. O assunto não pode ser um tabu em família.
As famílias precisam aprender a discutir juntos esse tema. Uma família unida pode administrar positivamente suas finanças e organizar adequadamente seu orçamento doméstico.
Numa família, as decisões tomadas por um membro, reflete na vida de todos os outros. Por isso, a importância de que as decisões sejam negociadas, discutidas e principalmente compartilhadas, levando em consideração as necessidades individuais e coletivas. Antes de sair pedindo presentes para os seus pais, seria responsável e solidário de sua parte verificar se o que você deseja cabe no orçamento familiar.
Independentemente do tamanho da renda de sua família, é necessário manter um equilíbrio financeiro necessário para garantir que o orçamento familiar siga um padrão sustentável. O que isso significa?
Significa gastar apenas o que pode ser gasto e nunca mais do que poderia!
Mas se a regra parece tão simples, por que a maioria das pessoas não consegue fazer isso na prática?
Pense nisso!
Arethuza Helena

Consultora e Educadora Financeira, realiza estudos na área de Educação Financeira para crianças e adolescentes. É autora da série “Os primeiros Passos da Educação Financeira”.
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